Análise Arkade: Encare um simpático, mas cruel shooter de navinha no indie Blue Rider

17 de agosto de 2016

Análise Arkade: Encare um simpático, mas cruel shooter de navinha no indie Blue Rider

Embarque em sua nave, equipe suas armas, e prepare-se para o tiroteio frenético e bem difícil no indie argentino Blue Rider! Confira nossa análise do game!

Bullet Hell disfarçado de um jogo bonitinho

Análise Arkade: Encare um simpático, mas cruel shooter de navinha no indie Blue Rider

Blue Rider é um game que surpreende. Quando você olha as imagens do game, pode acabar achando que se trata de um simples shoot ‘em up com visual cartunesco e personagens com visuais até que bonitinhos, mas rapidamente essa impressão cai por terra, pois quando você se acostuma com a facilidade, Blue Rider libera uma verdadeira tempestade de tiros pra cima de você e um enorme desafio a se enfrentar.

O game é um shooter 3D muito simples, ele se inspira muito nos clássicos do gênero de “navinha”, em que temos uma navezinha no fundo da tela enfrentando vários inimigos que aparecem no topo. A diferença é que aqui temos uma total perspectiva 3D, e podemos girar a nave e atacar (e ser atacado) num ângulo de 360º. Na verdade, nós giramos o mundo em si, com a nave sempre apontando para o topo da tela.

Análise Arkade: Encare um simpático, mas cruel shooter de navinha no indie Blue Rider

A primeira vista, o game pare ser muito fácil, o visual do game num todo é bem cartunesco, com cenários de vários tipos diferentes e um visual bem colorido. O próprio Blue Rider pilota sua pequena nave contra seus inimigos em naves vermelhas, amarelas e laranjas e com o tiroteio. Enquanto os tiros da navezinha azul do jogador são rápidos e constantes, os inimigos dão tiros bem lentos. Os tiros dos inimigos são pequenas esferas luminosas ou mísseis que voam lentamente em sua direção, e são facilmente evitados apenas movendo a nave para o lado, mas não é assim por muito tempo.

Pois conforme você avança no game, tudo vai ficando muito, muito mais difícil! Os inimigos aparecem aos montes, de todos os lados, mais fortes e muito mais resistentes, e quando você se dá conta, está completamente cercado por uma verdadeira chuva de tiros e sem esperança de sair de lá ileso, ou até mesmo vivo! E sabe o que mais? Você só tem apenas uma vida por fase!

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É exatamente isso, você tem apenas uma vida para ir do início ao fim de uma fase, se morrer, já era, tem que recomeçar a fase desde o início! E isso se torna ainda pior pois a sorte é um fator que pode te ajudar ou te prejudicar demais no game. Ao se matar inimigos, eles podem aleatoriamente dropar itens de cura e bombas, a arma secundária de sua nave. Mas o fato de ser aleatório faz com que as vezes os inimigos dropem vários itens de cura, e as vezes não dropem absolutamente nenhum, com a tendência sendo a deles droparem muito pouco.

Por conta disso, o game pode acabar sendo especialmente cruel com o jogador. Comigo, o que mais acontecia era conseguir vários itens de cura no início de uma fase, quando ainda está fácil, e nenhum item quanto mais perto do final da fase eu chego. Ah, e no final de cada fase ainda tem uma boss battle!

Se Dark Souls fosse um shooter, seria parecido com Blue Rider

Os bosses do game são um enorme desafio a parte. Após você ter um imenso trabalho de passar por uma fase sem morrer, tentando chegar ao final se tomar danos, ou as vezes tentando não morrer, você ainda precisa encarar o chefão da área. E aí tudo muda, os bosses são gigantes, e cada um tem uma forma totalmente diferente do anterior de atacar. Uns são mais fáceis, outros mais difíceis, mas todos são muito trabalhosos e cruéis.

O game possui apenas 9 fases, mas tem uma enorme longevidade graças a sua elevada dificuldade, você certamente vai precisar de muitas tentativas para passar de uma fase, principalmente para passar dos chefões. Em raríssimos momentos, você consegue uma vida extra, se você morrer, volta imediatamente para o tiroteio no lugar em que morrer, mas um pouco mais fraco, mas não conte muito com isso, pois é realmente muito raro se conseguir uma vida extra.

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Assim como nos clássicos shoot ‘em ups, existem upgrades para as armas da navinha azul. A arma primária consiste em tiros que quando melhorados ficam mais fortes e mais numerosos, divididos em dois tipos: Vermelho e azul. A arma vermelha dá tiros mais fracos, porém mais espalhados, cobrindo uma ampla área e atingindo vários inimigos de uma vez. E a arma azul dá tiros mais fortes e rápidos, porém concentrados em uma só direção. O jogador pode trocar de arma ao coletar os power ups nos cenários do game.

A arma secundária consiste de mísseis com alto poder de fogo, também divididos em dois tipos, mas apenas com uma diferença entre ambos: Um deles atira múltiplos mísseis em direções diferentes, cobrindo uma maior área, e o outro atira múltiplos mísseis em linha reta, causando mais dano em um ponto concentrado.

Gráficos e Sons

Análise Arkade: Encare um simpático, mas cruel shooter de navinha no indie Blue Rider

Como já foi dito, Blue Rider possui um visual bem simples e cartunesco, mas bem agradável, com cores vivas e cenários variados. Os cenários são sequências das áreas anteriores, ou seja, se uma fase termina em floresta, a próxima começa em uma floresta e entra em outro tipo de território, como um deserto, seguindo para cenários aquáticos e etc.

Os cenários demoram um pouco para se alterar no game, com uma sequência de três fases em meio a rochedos e desertos, tornando essa sequência meio entediante visualmente, com pouca real diferença no visual de uma para a outra, mas quando entramos em um novo tipo de paisagem, o game se renova e fica bem mais legal. Tal como num game antigo, onde a simples troca de cenários de uma fase para outra deixava as coisas mais legais.

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O game manda muito bem na trilha sonora, com temas normalmente leves mas com identidade, que facilmente grudam na cabeça. Os sons ambientes do game acabam ficando suprimidos, tudo o que realmente ouvimos são os tiros e explosões, mas as naves mal fazem sons, o que deixa as coisas um pouco estranhas quando estamos em áreas sem inimigos, como se o game não tivesse nenhum som além de sua trilha sonora.

Conclusão

Análise Arkade: Encare um simpático, mas cruel shooter de navinha no indie Blue Rider

Blue Rider não possui enredo, ele é um game que vai direto para a ação. Não sabemos os nomes ou razões para as batalhas do game, mas como esse nem é o objetivo do game, então podemos relevar, afinal, a proposta é entregar um shooter simples, porém muito desafiador, e nisso, o game se dá muito bem.

Se você está querendo um indie com alta dose de desafio, e é claro, se você gosta de shooter de navinha, então dê uma chance para Blue Rider, criado por nossos hermanos no estúdio argentido da Ravegan!

Blue Rider foi lançado no dia 3 de março para PCs, e no dia 26 de julho para PS4 Xbox One.

2 Respostas para “Análise Arkade: Encare um simpático, mas cruel shooter de navinha no indie Blue Rider”

  • 17 de agosto de 2016 às 18:19 -

    Alexo Maravalhas

  • Fase 5 nessa molezinha toda? Por favor! kkk Não tem vidas, mas tem energia.. leva tiros e não explode de cara! rss Vai jogar Zanac no MSX, fecha e volta pra falar comigo rssshttps://www.youtube.com/watch?v=lRR7N363wPcBrincadeiras à parte, bacana o jogo. Fazem faltas esses jogos de “nave”!

  • 18 de agosto de 2016 às 21:29 -

    Erik

  • Gostei muito do jogo, me lembrou Gatling Gears que eu joguei até desmanchar o controle do Xbox.Vou pegar com certeza.

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