Análise Arkade: O carismático tiroteio psicodélico de Lovely Planet

12 de abril de 2016

Análise Arkade: O carismático tiroteio psicodélico de Lovely Planet

Enquanto vemos games cada vez mais cinematográficos e prometendo experiências além de nossos consoles sendo lançados, ainda existem games existem simplesmente para serem jogados ali, sem compromisso. E esse é o caso do descompromissado Lovely Planet, um game que preza por ser apenas divertido e desafiante.

Desenvolvido pelo estúdio QuickTequila e distribuído pela tinyBuild, Lovely Planet é uma mistura psicodélica de FPS com Puzzle que parece fofo, mas pode te fazer arrancar os cabelos depois de varias tentativas falhas em seus cenários desafiadores.

Uma ideia nada usual

Análise Arkade: O carismático tiroteio psicodélico de Lovely Planet

A primeira vista, Lovely Planet parece um jogo simples: em uma grande mistura de tiro em primeira pessoa, puzzle e com toques de aventura em plataformas, o game possui uma identidade única e cria gradativamente desafios para o jogador que for se aventurar por seu mundo.

O game possui uma leve e subliminar história para que se possa acompanhar, e por isso não explica bem o que nós estamos fazendo atirando em diversos obstáculos vermelhos pelo cenário, que mais parece um parque infantil suspenso, e seus adversários — também vermelhos — que atiram em você para atrapalhar o seu objetivo, que é chegar no final de cada fase no menor tempo possível.

Aliás, as fases de Lovely Planet são construidas no melhor estilo Hotline Miami, Super Meat Boy e games dessa vertente speedrun: em uma corrida contra o tempo, somos apresentados à um percurso pré-definido com rotas que nos fazem quebrar a cabeça em dados momentos, somado ao fato de ser exigida habilidade em certos momentos, para pular ao mesmo tempo em que se mira, atira e desvia de outros projéteis, por exemplo.

Vale frisar que o game é essencialmente um FPS, mas não lembra em nada um — pelo menos os mais recentes. Em vez de estratégias como usar cover e ter que precisar recarregar, o game lembra mais os antigos first person shooters, com um “combate” ágil, muita coisa pra se desviar e uma arma com munição infinita.

Análise Arkade: O carismático tiroteio psicodélico de Lovely Planet

Uma certeza é que as centenas de fases do jogo, divididas em cinco mundos, testarão sua perícia com os controles — e sua paciência também. Vale a pena explorar os pequenos segredos que o jogo carrega também.

Gráficos? Prefiro chamar de arte

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A coisa que mais chama a atenção em Lovely Planet, sem dúvidas, é sua parte gráfica. Cenários bem coloridos, projéteis voando por aí, além de um estilo gráfico que preza pela simplicidade é algo incomum de se encontrar hoje em dia. E esse objetivo é bem alcançado aqui.

O jogo não possui objetos super modelados, nem texturas primorosas, mas possui uma identidade visual forte, que lembra, e muito, o clássico Katamari Damacy. A psicodelia visual é o ponto forte aqui, e gera um pouco de “alivio”, mesmo com todas as suas cores berrantes, em um mercado abarrotado de jogos acinzentados.

As músicas do game também não fogem a regra no que se diz “fora do usual”. Enquanto os efeitos sonoros são mínimos — sons de projeteis ou de pulos, por exemplo –, as músicas criadas pelo artista Calum Bowen acompanham o jogador por cada mundo e são sempre extravagantes, ajudando no clima divertido e alegre do jogo, com muita influência de J-Pop e agradando até mais o ortodoxo dos ouvintes.

Simplicidade que vale a pena

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Lovely Planet é daquele tipo de game te conquista de primeira, mas claro, se você der uma chance pro seu visual e clima fora do comum. Apesar da estética ser o grande trunfo, o game também brilha no seu gameplay, que é uma mistura simples e rápida de aprender, porém difícil de se dominar por completo.

Desafio é a palavra chave desse título. E se você curte bater seus próprios recordes, aliado a uma boa jogabilidade e um climão agradável, mas pouco comum ao gênero, é certeza que Lovely Planet irá agradar.

Lovely Planet foi lançado do dia 5 de abril de 2016 para Playstation 4, Xbox One e Wii U, além de estar disponível anteriormente para PC.

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