Análise Arkade: salvando a humanidade com Jettomero: Hero of the Universe

30 de setembro de 2017

Análise Arkade: salvando a humanidade com Jettomero: Hero of the Universe

No mundo dos games, é comum salvarmos a raça humana de aliens e robôs gigantes destruidores… mas e que tal se pudéssemos SER um robô gigante? Essa é a proposta de Jettomero: Hero Of The Universe, game totalmente “fora da caixa” que você conhece melhor em nossa análise completa!

Um herói solitário

Jettomero é o nome de nosso protagonista, um robô gigante e desmemoriado que acha que sua missão é salvar a humanidade. Ele não sabe exatamente porque deve fazer isso, mas este é seu propósito.

Análise Arkade: salvando a humanidade com Jettomero: Hero of the Universe

O problema é que a humanidade não está mais na Terra: depois de uma invasão alienígena, os humanos se espalharam pelo espaço, colonizando diversos planetas diferentes. Como entender melhor com o que estamos lidando é uma parte importante da trama, iremos viajar por diversos sistemas solares, salvando (ou não) seres humanos em dezenas de mundos diferentes.

Análise Arkade: salvando a humanidade com Jettomero: Hero of the Universe

Conforme explora outros mundos, nosso herói vai encontrando outras criaturas gigantes, e, obviamente, acredita que sua missão é eliminá-las. Sempre que um desses monstros é derrotado, um breve puzzle no estilo caça-palavras nos apresenta um pouco mais da história de Jettomero e da debandada dos humanos ao espaço, o que traz algumas revelações bem impactantes ao nosso desajeitado robozão.

Salvando a raça humana. Ou não.

Apesar de suas intenções serem nobres, Jettomero tem um pequeno problema. Na real é um grande problema: ele é um robô gigante indestrutível. E ele também é um pouco desastrado, de modo que, ao pousar em um planeta, ele mais destrói coisas do que as protege. Logo ele começa a ser alvo de mísseis e bombas sempre que pousa… o que não é realmente um problema, considerando que ele é indestrutível.

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Claro que ele não causa o caos por querer, e conforme vai tropeçando em prédios e colidindo com naves, Jettomero vai soltando comentários simpáticos e se desculpando aos pobres humanos que (supostamente) estão sendo pisoteados.

Confira meia hora de gameplay para entender um pouco de como o game funciona:

Em termos de gameplay, Jettomero: Hero Of The Universe é simples até demais: simplesmente voamos com o robô de um planeta à outro, “salvando” seres humanos e buscando os monstros gigantes que dão sequência aos flashbacks que desenvolvem a história. As batalhas em si são duelos de raios laser, mas o que a gente de fato joga é só um mini-game de quick time events.

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Não há muito o que fazer nos planetas além de destruir coisas e coletar células de combustível (que você usa para decolar). Também é possível coletar novas peças para o seu robô  –cabeças, braços, pernas e troncos — que são apenas itens cosméticos, e mudam o visual dele.

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Geralmente há uma criatura gigante em cada sistema solar, então depois que encontrar e derrubar o bicho, você já pode voar até o buraco de minhoca mais próximo para visitar outro sistema, se quiser.

Um jogo relaxante

Sendo bem sincero, há bem pouco o que se fazer em Jettomero. Simplesmente explore um sistema solar até encontrar um monstro, derrote-o, vá para outro sistema solar e repita o processo. Em termos de conteúdo, o jogo deixa bastante a desejar, e repete mais do que deveria o pouco que tem.

Análise Arkade: salvando a humanidade com Jettomero: Hero of the Universe

Porém, jogar Jettomero é uma experiência extremamente relaxante. Não sei explicar, mas é simplesmente muito prazeroso voar com um robô gigante pelo espaço sideral, curtindo a trilha sonora super atmosférica e causando destruição acidental aqui e ali.

Grande parte disso se deve ao carisma do robô: é simplesmente impossível não gostarmos de Jettomero e do seu jeitão inocente, meio pateta, se desculpando por tudo e andando todo molenga. Ele é como uma criança aprendendo a andar… uma criança com centenas de metros de altura e que deve pesar algumas toneladas, mas ainda assim, uma criança.

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Também é fácil se deixar levar pela estética futurista-retrô do game. Jettomero parece saído de um filme de ficção científica dos anos 20, e o visual cel shaded deixa tudo com uma cara de história em quadrinhos que é muito simpática. Ah, e o game ainda tem um Photo Mode super maneiro, com filtros que o deixam ainda mais estiloso!

Conclusão

Jettomero é um jogo esquisitão, simples até demais e um bocado repetitivo. Porém, ele também é relaxante, carismático e gostoso de jogar. Tenho certeza que este é o tipo de jogo que não é para todo mundo, mas deve agradar quem curte experiências diferenciadas, que sejam meio “fora da caixa”.

Análise Arkade: salvando a humanidade com Jettomero: Hero of the Universe

Como jogo, eu acho que a proposta foi bem mal aproveitada. Mas como experiência, como algo para se jogar sem pressa, só curtindo a rotina solitária e simpática de um robô que só quer fazer o bem, Jettomero: Hero of the Universe é facilmente recomendável.

Acho que no fim das contas, a aventura espacial de Jettomero tem a mesma vibe de Journey e Abzû (ainda que seja completamente diferente deles): é o tipo de jogo mecanicamente simples, mas com uma jornada tão agradável que é difícil a gente não gostar. Eu pelo menos, curti, e já quero um bonequinho do Jettomero para deixar na minha mesa. <3

Jettomero: Hero of the Universe foi lançado em 15 de setembro, e está disponível para PC (via Steam) e Xbox One por um precinho bem camarada. A versão PC está totalmente em português brasileiro. No Xbox, já há um patch planejado para acrescentar nosso idioma ao game.

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