Análise Arkade – Quantum Sky, o interessante intermediário com cara de premium

15 de setembro de 2017

Análise Arkade - Quantum Sky, o interessante intermediário com cara de premium

A Quantum segue, passo a passo, firmando a sua marca em meio ao competitivo mercado de smartphones, e para 2018 a empresa aposta em dois produtos. Teremos, em novembro, o Quantum V, que conferimos de perto há alguns dias, e o Quantum Sky, que é a evolução natural em relação a seu antecessor do ano passado, o Quantum Fly.

Conferimos o aparelho de perto no dia de seu lançamento, mas depois recebemos para review um exemplar do Quantum Sky, para passarmos um tempo com ele em mãos e conferir se, de fato, a Quantum mandou bem em seu novo smartphone.

Especificações Técnicas

  • Tela IPS LCD de 5,5 polegadas com resolução Full HD (1080 x 1920 pixels) – Gorilla Glass 3
  • Chipset Mediatek MT6755 Helio P10 Octa-Core 2 GHz
  • GPU ARM Mali-T860 MP2
  • 4 GB de RAM
  • 64 GB interno, expansível via microSD
  • Câmera principal de 13 megapixels (Sony IMX 258)
  • Câmera frontal de 16 megapixels (Samsung S5K3P3)
  • Leitor de impressões digitais, em botão na parte inferior e frontal do aparelho.
  • Dual-SIM
  • 154,5 x 76,5 x 8,3 mm
  • 182 gramas
  • Bateria de 4.010 mAh
  • Sistema operacional Android 7.0 Nougat

Elegância e sofisticação na medida certa

A Quantum continua caprichando na apresentação de seu smartphone. Ao invés de oferecê-lo em uma caixa simples, como todos os seus concorrentes, o Sky chega em uma caixa bem elegante, com o aparelho á mostra assim que se tira a caixa, e seus acessórios e manuais guardados em compartimentos internos. Tal iniciativa dá uma cara de premium para o aparelho e o deixa bastante apresentável.

Seu design também segue esta linha, com bastante minimalismo, oferecendo apenas os botões laterais de volume, o botão home, que também serve como desbloqueio de digitais, um desenho grande, mas sem muitos relevos para a câmera, e apenas o Q da marca estampado, deixando-o sofisticado e muito atraente, especialmente para os fãs de itens minimalistas.

Vale lembrar também que o Sky acompanha junto ao aparelho uma capa de silicone transparente e uma película oficial, com a opção de comprar outros itens, ou outros modelos de capa, no site oficial da empresa. A Quantum disse em sua apresentação que havia feito uma pesquisa com o consumidor brasileiro a respeito de suas preferências e, apesar de não ter mencionado acessórios, é possível ver que eles querem agradar o consumidor brasileiro, bastante apegado a este tipo de item, logo de cara.

E no dia a dia?

Apesar da capa e da proposta premium de aparelho e embalagem, o Sky se posiciona entre os intermediários, e temos sim um intermediário bem interessante. Começando pela manutenção da decisão de manter o Android 7 quase que puro, salvo mínimas adaptações, e a soma do aplicativo da Quantum feito para a comunidade em volta de seus produtos. Como já mencionei algumas vezes, tenho preferência pelo Android puro, especialmente em aparelhos intermediários e de entrada, pois assim temos uma tendência menor de problemas com engasgos e exageros de aplicativos, que enchem rapidamente qualquer memória.

O aparelho oferece o essencial para quem busca o famoso “celular que não custa muito, mas que não me dá dor de cabeça”. Com 4GB de RAM e 64GB de memória interna (54GB disponíveis), o aparelho é funcional para o uso médio do brasileiro, sem oferecer maiores problemas: assistir vídeos, jogar alguns games, acessar redes sociais e conversar no WhatsApp ou semelhantes. O Android 99% puro mencionado acima também ajuda na estabilidade, e a promessa de atualização para o Android 8 é uma boa notícia para seus donos.

Outra qualidade a se reparar no Sky está em sua aparência. Construído com alumínio utilizado pela indústria aeronáutica, ele demonstra ser bem confiável para o dia a dia, oferecendo uma impressão de robustez e, trazendo com isso, confiança para o usuário. E, a bateria, de 4.010 mAH se mostrou muito interessante, já que acompanha bem o dia a dia, te deixando mais livre da tomada. E também achei uma solução interessante o carregamento rápido proposto pela Quantum, já que não se trata de uma tecnologia específica, e sim o bom e velho USB 2.0 que foi otimizado, garantindo, em testes, uma recarga de zero a 33% em apenas 15 minutos.

O único problema encontrado aqui foi na navegação. Com o botão home físico, o Sky perdeu os botões de voltar e de aplicativos abertos virtuais, que foram realocados para um sensor. Até aí, tudo bem, o problema é que ao invés dos tradicionais ícones que os representam, temos apenas dois pontinhos, que não tem iluminação e torna a navegação mais complicada. A sensação que temos é a de simular uma experiência com iPhone, no qual tudo se resolve com o botão Home, mas em um Android, que conta com uma navegação totalmente diferente. Dá pra se adaptar? Dá, mas foi bem esquisita essa questão.

Vamos tirar selfies?

Verdade seja dita: embora os smartphones já são as nossas câmeras pessoais, é cada vez maior a necessidade de que as câmeras de selfie cumpram o papel de boas fotos. No país da selfie, o Sky propõe uma câmera frontal com mais megapixels do que a sua traseira, o que significa selfies com maior definição, seja para redes sociais (local onde quase todas elas vão), ou mesmo para algo que necessite de maior cuidado, como uma revelação.

Porém, é na traseira que temos todos os recursos disponíveis. Lá temos a opção de ativar o modo profissional e regular a câmera ao seu gosto, caso tenha conhecimentos ou queira apenas aprender a melhorar seus cliques, e possibilidade de filmar em Full HD. A Quantum nos enviou estas imagens, fotografadas com o Sky, para conferirmos o potencial da câmera:

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Claro, se você for um fotógrafo, profissional ou amador, ou curte se aventurar entre os recursos mais avançados da câmera, você poderá extrair muita coisa boa do Sky. Agora, para o usuário comum, espere uma câmera de intermediário. Boa, claro, mas que não consegue se equiparar aos modelos top de linha. Porém, vale salientar que isso não é uma crítica negativa, já que pelo seu preço e de acordo com o seu público alvo, ela cumpre muito bem seu objetivo de oferecer fotos com boa definição de cores e que dificilmente irão trazer problemas para as postagens nossas de cada dia.

Agora é hora de assistir vídeos, jogar jogos e curtir um som

Como central multimídia, o Sky é exatamente o que ele é: competente. Com ele você vai poder ver vídeos no Youtube em Full HD sem grandes problemas, ouvir músicas em uma saída de som simples, e jogar alguns games sem grandes dificuldades. É possível ajustar cor, brilho e contraste, assim como na TV, através do Miravision, o que ajuda a personalizar o que se vê.

Para as músicas, o óbvio: fones de ouvido. Não espere um som acima da média por aqui, com os auto falantes servindo apenas a sua função básica de emitir sons, seja de aplicativos ou em chamadas de viva-voz. O som tem bom volume e é bem detalhado, na questão de ouvir todos os sons sem dificuldades, mas apenas isso.

E, sobre os games, o Sky dá conta tranquilamente de jogos simples, como os da Sega Forever, por exemplo. Joguei Comix Zone e Sonic the Hedgehog e tudo ocorreu de maneira simples, fluída e divertida. Já games mais pesados, como o Batman da Telltale, rodaram com maior dificuldade, precisando, se o jogo oferecer tal recurso, administrar seus gráficos. A aventura de Batman rodou com quedas de frames e mesmo não sendo um jogo de ação, não traz uma experiência satisfatória. Mas lembre, estamos falando de um meio de tabela, que não tem por obrigação rodar tudo no mais extremo possível, sendo então uma boa alternativa para os jogos do dia a dia da maioria das pessoas, como os casuais que vivem chamando atenção no Google Play.

Um bom intermediário com cara de premium

O legal de usar o Sky é que você tem uma experiência premium em preço de intermediário. Não se trata de uma promessa não cumprida de um super aparelho com configurações medianas, e sim de um produto honesto, que busca ser uma boa companhia para atividades essenciais do dia a dia, mas sem deixar de lado um design mais elegante.

A Quantum continua a acertar a oferecer uma versão de Android 99% pura, pois isso ajuda a manter um dispositivo mais estável e confiável, e suas ideias, apesar de simples, buscam trazer o consumidor brasileiro mais para perto, como uma abertura maior de opções com a câmera ou mesmo os brindes, que acompanham capinha e película. A Quantum disse ter ouvido o consumidor brasileiro em pesquisa e, embora não tenha ainda oferecido o “smartphone ideal”, demonstrou que, com boas intenções, é possível sim entregar algo que supra expectativas corriqueiras dos nossos dias.

O Quantum Sky se encontra à venda pelo preço sugerido de R$1.349 á vista.

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