Análise Arkade: Encare um riquíssimo futuro distópico em Seven: The Days Long Gone

13 de dezembro de 2017

Análise Arkade: Encare um riquíssimo futuro distópico em Seven: The Days Long Gone

Existem games de stealth, com a premissa de chegar a certos objetivos sem ser visto. Existem games de RPG, com amplas árvores de habilidade, itens, armas e etc. Com grandes tramas e muita exploração. E existem ainda games isométricos, que juntam hordas de inimigos para serem enfrentados e uma boa dose de estratégia. E existe Seven: The Days Long Gone, um game que mistura tudo isso em uma coisa só!

Então venha agora conosco e confira nossa análise completa dessa inusitada mistura de gêneros!

Um distópico futuro tecnocrático sem esperanças

Análise Arkade: Encare um riquíssimo futuro distópico em Seven: The Days Long Gone

Seven: The Days Long Gone conta a história de um mundo futurista distópico controlado por um poderoso império Tecnocrático. Esse mundo surgiu das ruínas de uma antiga civilização, que há muito abandonaram o planeta após uma terrível guerra contra seres interdimensionais conhecidos como Demônios. Das ruínas desse conflito, a humanidade cresceu e prosperou, até atingir uma nova era, em que o próprio conceito de humanidade foi abalado.

Pessoas de todas as raças contendo implantes tecnológicos. Informações e tecnologias novas surgindo a todo momento e marcando a vida de todos. O que logo gerou a desigualdade. Relíquias e poderes da antiga civilização que dominava o planeta agora se mistura com o próprio DNA da humanidade, o que deu vida a poderosas facções e ao poderoso Império Vetrall que domina tudo e todos.

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E no meio de tudo isso está Teriel, um experiente ladrão que é literalmente aprisionado a um destino que ele não queria. Durante um de seus roubos ele é possuído por um antigo demônio chamado Artanak, que faz com que o ladrão seja preso e enviado para a Ilha de Peh, um enorme presídio cheio de criminosos perigosos, monstros e muitos segredos. A missão de Teriel agora é (e ele não tem outra escolha a não ser segui-la) encontrar a antiga Arca dos Anciões, uma máquina abandonada que foi usada pela antiga civilização para abandonar o planeta. E cabe a você sobreviver a todas as tramas, mentiras e conspirações que envolvem esse poderoso artefato.

Misturando vários gêneros em um só

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Como já dito, o game tem elementos de diferentes gêneros misturados, a começar pelo Stealth. O game permite que o jogador aja da forma que bem entender, não sendo exclusivamente em stealth, porém com vantagens ao se jogar dessa forma. Sendo Teriel um ladrão, sua especialidade é a furtividade, sendo capaz de atacar inimigos por trás, usar e criar armadilhas e poder se esconder, escalar para evitar ser detectado, hackear, roubar e muito mais.

Aliado isso está o forte elemento RPG do game. Seven é um game gigantesco, com um enorme mapa totalmente explorável cheio de missões principais, secundárias e até pequenas quests que sempre surgem em meio a seu caminho, muitas envolvendo tomadas de decisão que alteram o andamento das coisas. Chega até a ser difícil se manter focado nas quests principais com tanta coisa para se fazer.

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O game conta com muitas armas, habilidades, armaduras e itens diferentes que o jogador pode encontrar em todo lugar. Não há porém progressão de level para Teriel, seu poder depende apenas de seus equipamentos, sem ter por exemplo restrições de utilização, como não poder usar uma arma por não ter força ou destreza suficiente. Com isso, o jogador tem que sempre renovar seus equipamentos até estar pronto para encarar qualquer perigo. Mas não apenas isso, o jogador ainda pode coletar itens e transformá-los em recursos para construir partes e upgrades para seus equipamentos. O leque de possibilidades é imenso e se o jogador explorar bem tudo o que pode fazer, conseguirá muitos equipamentos bons.

Um mapa gigantesco e difícil de se explorar

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Como já dito, o mapa do game é simplesmente imenso, toda a ilha de Peh é explorável, desde suas pequenas cidades formadas por grupos de prisioneiros, a cada parte selvagem dela, como florestas e pântanos. Mas o mapa do game não é grande apenas horizontalmente, como também verticalmente. Cada cenário do game é formado por muitíssimas estruturas altas e de design complexo. Uma coisa que o game merece muito ser elogiado é pelos seus cenários.

Mas há um ponto negativo nisso, que é a dificuldade de exploração desse mapa. O game possui perspectiva isométrica, que ajuda a ver bem os arredores enquanto exploramos, apesar de não deixar que consigamos observar muito longe. E toda a verticalidade desse mapa muitas vezes torna a exploração complicada. Isso aliado a tela do mapa, que não é muito precisa. Muitas vezes ao consultarmos um mapa vemos um objetivo bem próximo, mas na prática, há talvez uma montanha, ou até um imenso penhasco bem no meio do caminho. E para chegar nesse objetivo muitas vezes é preciso dar uma enorme e demorada volta pelo cenário.

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Para facilitar um pouco as coisas, existem pontos de viagem rápida espalhados pelo mapa, mas que são disponíveis apenas se o jogador hackear o centro de controle das linhas de transporte, liberando assim alguns dos pontos de viagem rápida. Porém, para utilizá-los, o jogador deve ir até o terminal desses pontos para poder viajar. Não é que a exploração do game seja ruim, mas muitas vezes se torna maçante por causa de todas as voltas que precisam ser dadas ou então até se encontrar o caminho certo a ir.

Um mundo que parece saído de Blade Runner misturado com Fallout

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Seven: The Days Long Gone é um game muito belo. Eles tem gráficos levemente em cel-shaded e personagens bem detalhados, apesar de serem pequenos modelos em 3D na tela. O ponto alto do game é sem dúvida alguma seus cenários, gigantescos, cheios de profundidade e muitíssimos detalhes em cada parede, estrutura e até em escombros.

O visual do game tem dois grandes contrastes, que são as cidades e bases inimigas principais, com alturas vertiginosas, muita luz, neon e muita vida, com dezenas de NPCs indo e vindo pra lá e pra cá. E o outro é o lado decadente nesse mesmo cenário, com florestas infestadas de monstros, favelas cheias de poluição e ruínas antigas infectadas não só por venenos e monstros, mas pela própria tecnologia. Cada cenário do game é realmente belíssimo e único.

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O departamento sonoro do game também manda muito bem, além das músicas, normalmente presentes em cenas de combates, os sons ambientes tem bastante importância. Pois não só os sons que o jogador faz influenciam seus arredores, chamando atenção de inimigos, como os sons de outros personagens e de inimigos também revelam suas presenças. Assim, é sempre importante que o jogador fique atento aos sons a seu redor. Além de praticamente todo personagem do game ser dublado. A dublagem do game está em inglês, mas felizmente o game conta com menus e legendas 100% em português brasileiro!

Conclusão

Análise Arkade: Encare um riquíssimo futuro distópico em Seven: The Days Long Gone

Seven: The Days Long Gone é um game de muitas qualidades e que coloca muita atenção em seus detalhes. Andar agachado em um lugar público, por exemplo, chama a atenção dos NPCs, que irão denunciá-lo a algum soldado próximo, e eles cuidarão de você com muita violência! O game entrega uma grande aventura que mistura stealth e RPG de forma bem satisfatória e livre, permitindo que o jogador use o método de abordagem que quiser sem ser penalizado por isso.

Ainda assim, o game acaba se auto-prejudicando um pouco por conta justamente de sua riqueza de detalhes, que em alguns momentos tornam a progressão lenta ou confusa, exigindo que o jogador explore mais do que o necessário para descobrir qual caminho deve tomar ou as vezes o que deve fazer. Ainda assim, é um game bem divertido e com tanta coisa para se fazer que o jogador pode rapidamente ficar perdido em meio a tantas missões!

Seven: The Days Long Gone foi lançado no dia 1º de dezembro exclusivamente para PCs.

(Esta análise foi escrita com base numa cópia do game fornecida pelos nossos parceiros da Nuuvem)

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