Análise Arkade: Shadowrun Hong Kong é mais do mesmo, sem ser sempre o mesmo.

7 de setembro de 2015

Análise Arkade: Shadowrun Hong Kong é mais do mesmo, sem ser sempre o mesmo.

Shadowrun continua vivo, e em seu novo capítulo, nos leva até a escuridão de neon de Hong Kong. Escolha a sua classe e vem conferir mais este capítulo da série conosco.

Desde os tempos de Super Nintendo até a era do Kickstarter, a série Shadowrun tem seus adeptos e sempre entregou competentes games envolvendo estratégia, visão isométrica e tramas complexos. Novamente você irá controlar mercenários com habilidades específicas, em um projeto que contou com o apoio financeiro e sugestivo da base de fãs no site de crowdfunding.

Foram oas fãs que decidiram o tema do jogo, inclusive. Hong Kong bateu Berlim em votação e se tornou a nova sede dos “jogos”. Mesmo assim, a intenção, apesar do novo cenário, era a de superar Dragonfall, o capítulo anterior. Será que conseguiram? Vem com a gente conferir!

As luzes da cidade acesa…

Análise Arkade: Shadowrun Hong Kong é mais do mesmo, sem ser sempre o mesmo.

Quem joga Shadowrun já espera por uma cidade escura, com muito neon e cheia de becos perigosos, dignos da vigilância de um Batman. Mas ao invés de contar com o morcego solitário virando a noite atrás de bandidos, temos no lugar um grupo de personagens em um ambiente extremamente hostil, violento e de visual único.

Hong Kong, escolhido pelos próprios jogadores em enquete, encaixou como uma luva no contexto artístio do game, já que suas ruas escuras, comuns em filmes de pancadaria e bem representada nos games em Sleeping Dogs, apresenta um mundo onde chove sem parar e que pede atenção em cada beco atravessado.

No geral, é o mesmo Shadowrun de sempre, mas não podemos apenas afirmar ser “mais do mesmo”: embora a visão isométrica, o clima escuro e os personagens sejam os mesmos, não tem como não dar méritos a ambientação tensa e no cuidado com os detalhes.

Casos de Família

Análise Arkade: Shadowrun Hong Kong é mais do mesmo, sem ser sempre o mesmo.

A trama em Hong Kong envolve dois irmãos e um contato realizado pelo pai adotivo, há muito desaparecido, que os leva até a Ásia, colocando o jogador em meio aos combates costumeiros da franquia e aprofundando-o na história logo de cara, em um ritmo não muito comum a jogos do gênero.

E colocar o jogador logo na ação é um elemento comum neste Shadowrun. Eu, que represento o time dos jogadores que não tem muita paciência de customizar um personagem, seja na aparência, seja nos atributos, não me senti “de saco cheio” ao montar meu personagem. Alguns cliques, e em alguns poucos minutos já estava inserido na ação. Isso ajuda muito a novatos, que se interessam pela arte do jogo, mas que não tem noção de como se jogar algum jogo da franquia. Falando em novatos, se esta é a sua primeira vez em Shadowrun, tome cuidado para não se enjoar com os combates, sempre iguais, não trazendo a diversidade de outros RPGs.

Porém o que sempre me chamou atenção na série e não foi diferente em Hong Kong, é o ambiete. Desde o Super Nintendo, quando este que vos escreve era apenas uma criança que só sabia jogar Top Gear, a ambientação sempre me chamou atenção. O mundo cyberpunk é muito bem feito e ajuda muito a segurar o jogador quando ele está sem muita paciência para apreciar o gameplay.

Muita coisa para pouco tempo

Análise Arkade: Shadowrun Hong Kong é mais do mesmo, sem ser sempre o mesmo.

Outra característica da franquia que continua presente em Hong Kong é seu gameplay old school. É muita conversa, muitos NPCs, muitos objetivos, muitas linhas de texto para acompanhar. Isto é uma característica, se é bom ou ruim, vai da experiência de cada um. Porém vamos já avisando que o que você vai conversar por aqui é barbaridade.

O “mundo aberto” do jogo traz muitas alternativas de gameplay e não é comum o jogador ficar perdido em meio ao próprio jogo, esquecendo da campanha em meio a tantas missões paralelas e no mundo do jogo, que tem muita coisa para ser examinada e conhecida.

Os menus do jogo também lembram bastante jogos clássicos, e assim como falei anteriormente, temos algo bem simplificado, mas sem ser simplista. A intenção é de fato trazer a mesma experiência para os fãs da série, mas sem deixar os novatos de fora e mesmo sem muitos tutoriais, não tem como ficar perdido no jogo sem um mínimo de força de vontade.

O som também te coloca no clima

A trilha deste Shadowrun não é memorável, pois esta não é sua intenção. Porém cumpre muito bem o objetivo proposto de ajudar na ambientação do game, também apresentada pela história e pelo visual. O barulho da chuva, sempre presente em filmes com alguma tensão também envolve e também nos mantém presos na Hong Kong cyberpunk do jogo.

Igual, mas diferente

Shadownrun: Hong Kong é do tipo de jogo que “não mexe por estar ganhando”. Porém Hong Kong buscou, mesmo em meio ao “mais do mesmo”, inserir atualizações interessantes no já elogiado visual e ambientação, além de ser um game mais atrativo para interessados em potencial, em comparação com seus antecessores.

Em relação a Dragonfall, o game mantém o grau de evolução e o mesmo nível de qualidade. A lição que tiramos aqui é: seja o mesmo game, mas não seja sempre o mesmo jogo.

Shadowrun: Hong Kong está disponível para PC, Linux e Mac.

Uma resposta para “Análise Arkade: Shadowrun Hong Kong é mais do mesmo, sem ser sempre o mesmo.”

  • 8 de setembro de 2015 às 15:28 -

    Kubrick Stare Nun

  • Leva a mau não, mas achei esse review super raso. Não fala nada sobre a estória e os elementos de RPG hardcore que são justamente o pontos altíssimos do antecessor Dragonfall. Dah a impressão de que só jogou o jogo uns 15 minutos. :/

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