Análise Arkade: Trazendo humor e adrenalina em Tales from the Borderlands – Catch a Ride (Season 1, Ep. 3)

1 de julho de 2015

Análise Arkade: Trazendo humor e adrenalina em Tales from the Borderlands - Catch a Ride (Season 1, Ep. 3)

O terceiro episódio da divertidíssima série Tales from the Borderlands finalmente está aqui, e você pode conferir o que achamos de Catch a Ride bem aqui na Arkade!

A trama de Tales from the Borderlands se estendeu com Atlas Mugged, segundo episódio do game, aonde tivemos um interessante retorno do iconico vilão de Borderlands 2, a jornada em busca ao Projeto Gortys e um desfecho tão surpreendente quanto o do primeiro episódio.

Eis que chega Catch a Ride, se tornando um divisor de águas para a série ao introduzir mais personagens na mistura — novos e conhecidos –, enquanto desenvolve a trama e seus protagonistas ao colocar um caminho bem definido para o provável futuro de cada um deles.

Mas antes de discutirmos Catch a Ride, fica o aviso de spoiler por possíveis pontos de enredo que aconteceram nos últimos episódios. Mas se ainda está na duvida se deve comprar Tales from the Borderlands, confira as duas análises que fizemos no passado:

Análise Arkade: Voltando à Pandora com Tales from the Borderlands – Zer0 Sum (Season 1, Ep. 1)

Análise Arkade: A hilária jornada de Tales from the Borderlands – Atlas Mugged (Season 1, Ep. 2)

Análise Arkade: Trazendo humor e adrenalina em Tales from the Borderlands - Catch a Ride (Season 1, Ep. 3)

SAINDO DE UMA ENRASCADA

O desfecho de Atlas Mugged te coloca para escolher entre a cruz e a espada, decidindo se Rhys irá confiar em Fiona para sair do fim iminente ou deixar que Handsome Jack controle a situação, e por sua vez, Rhys também. A minha escolha foi baseada na confiança, algo que não consigo ver com Handsome Jack (talvez seja pelo seu histórico envolvendo a morte de muita gente). O game continua baseada nessa escolha e te coloca em um obstáculo a mais para sair do gigantesco prédio que protegia o misterioso Gortys Project.

A história continua com Rhys, Fiona, Sasha, Vaughn, o simpático Loader Bot e a estranha bola do Gortys Project fugindo de Vasquez e August. Até que encontramos grandes problemas na forma da nova vilã, Vallory. A partir daí o enredo se desenrola ao introduzir mais dois personagens na tramas, todos interessantes e perfeitos para dar o contraste que estávamos precisando na loucura desenfreada dos protagonistas e seus respectivos parceiros.

Análise Arkade: Trazendo humor e adrenalina em Tales from the Borderlands - Catch a Ride (Season 1, Ep. 3)

Sem explicar muito por fazer parte de uma das surpresas do episódio, temos a participação de Ashley Johnson, conhecida pelo seu papel em The Last of Us interpretando Ellie, que ironicamente contracena mais uma vez com seu parceiro, Troy Baker, o Joel do mesmo game que agora interpreta Rhys em Tales from the Borderlands. A participação dela é um dos grandes pontos positivos no game, levando em conta todos os riscos que o personagem teve para se tornar algo irritante e chato, mas Johnson conduz com leveza, diversão e muito humor para acentuar o que já estamos acostumados no game.

UM ÓTIMO ROTEIRO E EXCELENTES INTÉRPRETES

Ashley Johnson não é a única que faz um estupendo trabalho em sua atuação, todos os personagens fazem um trabalho consistente no episódio. Como já discutimos várias vezes, humor é um elemento dificil nos videogames por causa da fluidez em torno do timing de uma piada, a entonação na hora de fazer a piada encontrando o “punch-line”, além do próprio roteiro que precisa manter um fluxo de linhas após linha repletas de humor.

Análise Arkade: Trazendo humor e adrenalina em Tales from the Borderlands - Catch a Ride (Season 1, Ep. 3)

E Tales from the Borderlands faz isso entrando em harmonia com seus intérpretes enquanto os roteiristas tentam encaixar cada pedaço de informação recheada dos vários conceitos e ideias de humor, seja pela comédia pastelão em uma perseguição de carro, por algo mais sutil e irônico encontrado nos diversos diálogos do game, ou simplesmente indo para uma direção mais visual, com imagens que são engraçadas pela situação encontrada. E mesmo aproximando diferentes gêneros Tales from the Borderlands não dá a sensação que quer forçar a comédia a quem está recebendo, fazendo rir pelos seus próprios méritos e não pela manipulação.

ADICIONANDO MECÂNICAS NA JOGABILIDADE

Diferentes dos outros jogos da Telltale Games, Tales from the Borderlands decidiu inovar um pouco em sua conhecida jogabilidade para adicionar alguns elementos relacionados aos personagens, principalmente no caso da Fiona. Desta vez a protagonista recebe uma nova forma de agir no combate, com esse episódio tendo um foco especial em cenas de ação envolvendo a Fiona, utilizando as inspirações iniciais encontradas na franquia de Borderlands.

Análise Arkade: Trazendo humor e adrenalina em Tales from the Borderlands - Catch a Ride (Season 1, Ep. 3)

Agora o jogador consegue escolher o que ela vai fazer para acabar com o inimigo. A mecânica é bem simples: O jogo te dá duas opções e uma imagem de conclusão daquela ação, você escolhe uma delas e vê a cena se desenrolar. Um fator interessante é que a imagem de conclusão não te dá informações o bastante para estragar a surpresa da cena, te dando uma dica de como ela vai terminar e deixando para você encaixar as peças do quebra-cabeça para decidir se aquela opção é a que você quer fazer com o inimigo.

Essa funcionalidade acabou sendo adicionada para trazer um pouco mais da ação que o universo de Borderlands tem em geral e como veremos nos próximos episódios, algo que não vemos tanto nos jogos mais recentes da Telltale por motivos óbvios. O lado positivo é que ela foi bem implementada e traz algo de novo para a mesa, nem que seja um elemento puramente visual pelo fato da Telltale não se importar tanto com jogabilidade e níveis de desafio na hora de desenvolver os seus jogos.

Análise Arkade: Trazendo humor e adrenalina em Tales from the Borderlands - Catch a Ride (Season 1, Ep. 3)

CONCLUSÃO

Tales from the Borderlands continua consistente e hilário em todas as formas possíveis, com Catch a Ride sendo o melhor episódio da série até o momento, repleto de diálogos extremamente dinâmicos que não perdem o passo, cenas de ação que conseguem te deixar tenso pela adrenalina e também por não conseguir parar de rir, e por fim um enredo interessante que continua complementando o universo de Borderlands de uma forma que jamais imaginava.

Por tudo isso Tales from the Borderlands se torna um exercício prazeroso e com mínimas falhas, além de ser facilmente o melhor jogo que a Telltale está desenvolvendo no momento pelo quão familiar ela consegue ser ao participar da história de Borderlands, familiaridade que as vezes é dificil de encontrar em sua adaptação de Game of Thrones. Agora resta esperar o quarto episódio da série, que se as cenas do próximo episódio indicam, nos levará para lugares e situações ainda mais inacreditáveis.

Tales from the Borderlands – Episode 3: Catch a Ride foi lançado no dia 23 de Junho e está disponível para o PC, Xbox One, Xbox 360, PS4, PS3 e nos dispositivos móveis iOS e Android.

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