Análise Arkade: Wulverblade é pancadaria sangrenta embasada por fatos históricos

6 de fevereiro de 2018

Análise Arkade: Wulverblade é pancadaria sangrenta embasada por fatos históricos

Que tal um beat ‘em up com gameplay retrô, visual pra lá de estiloso e que de quebra ainda te dá uma aulinha de História? Este jogo é Wulverblade, e nossa análise dele você confere agora!

Um jogo histórico

Wulverblade se baseia em acontecimentos reais para nos contar sua história. O período histórico em questão gira em torno da invasão da Bretanha pelos Romanos, que rolou no ano 43 d.C.

Roma vinha tentando sem sucesso conquistar a Grã-Bretanha há tempos, e não obtinham sucesso graças às linhas de defesa dos bretões, que incluíam guerreiros de tribos bárbaras realmente durões.

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O raivoso trio de protagonistas pronto pra briga!

E adivinha só quem são os protagonistas de Wulverblade: 3 guerreiros bárbaros durões, que irão lutar até a morte para defender sua pátria munidos apenas de suas armas, seus escudos e sua coragem.

Conforme vai jogando, você vai destravando vídeos que mostram um pouco dos locais nos quais batalhas históricas foram travadas, bem como monumentos e curiosidades geográficas da região.

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Tipo assim.

É um adendo interessante e, neste ponto, Wulverblade me lembrou um pouco Never Alone, que nos ensinava muita coisa sobre a cultura dos povos do Ártico durante seu gameplay.

Porradaria, desmembramentos e decapitações

Claro que isso é um adendo, que pode inclusive ser totalmente ignorado se o que você quer é simplesmente distribuir umas porradas, seguindo quase sempre para a direita e coletando bons e velhos pedaços de carne achados em locais insalubres para recuperar um pouco de vida.

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Carne assada: ainda a melhor refeição para os brucutus porradeiros.

Pois é, Wulverblade tem um gameplay simples e direto, que remete imediatamente à clássicos como Final Fight e Golden Axe. Aqui não há upgrades, árvores de habilidades, fases procedurais nem nada muito moderno ou complexo: o lance é simplesmente seguir para a direita, estraçalhando todo mundo que aparecer no seu caminho. Ao final da fase, derrote o chefão, siga para a próxima área e repita o processo.

O negócio é tão old school que os personagens até parecem estereótipos dos jogos de ação e pancadaria de antigamente: Caradoc é o personagem médio com bom balanceamento entre força e velocidade; Brennus é o típico tank grandalhão lento e forte e Guinevere é a garota cujo poder menor é compensado pela velocidade e agilidade.

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Ao contrário dos jogos de antigamente, porém, Wulverblade é bem mais violento: o sangue jorra solto nas batalhas, com membros e cabeças voando o tempo todo. Uma de suas habilidades especiais te coloca em modo berserk, e outra ainda faz com que um bando de lobos ataque os inimigos! E o mais louco é que, conforme os membros caem, você ainda pode juntá-los do chão e arremessá-los nos inimigos!

Embora seja perfeitamente possível jogar sozinho, como em todo bom beat ‘em up — o ideal é reunir mais 2 amigos para curtir a pancadaria em modo cooperativo (multiplayer somente local). E se por acaso vocês precisarem de mais sangue e pancadaria ao fim da campanha, também podem curtir um modo Arena para encarar hordas de inimigos cada vez mais poderosos!

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O ataque dos lobos sempre deixa uma pilha sangrenta de corpos.

Como nem tudo são flores, Wulverblade tem um ou outro probleminha pentelho: há poucos checkpoints, o que te obriga a rejogar trechos relativamente longos caso morra no final de uma fase. Os chefões, embora visualmente estilosos, rendem batalhas meio chatas, simplesmente porque a barra de energia deles se esvazia com uma lentidão absurda. É o famoso boss tipo “esponja de balas”… sem as balas.

Audiovisual

Embora tenha todo esse clima de beat ‘em up retrô, Wulverblade não se apresenta na forma de (mais um) game em pixel art, como tanto indies da atualidade. Pelo contrário, seu visual é um cartooon cheio de estilo e personalidade, lembrando um pouco o trabalho da Klei Entertainment na saudosa série Shank.

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Belos efeitos de luz e uso criativo de parallax dão um charme extra ao jogo.

A trilha sonora também não deixa a desejar, sendo um apanhado de faixas instrumentais com uma levada bem tribal, condizente com o clima bárbaro do jogo. E, embora a história se desenrole através de telas estáticas, o jogo é todo dublado (em inglês, claro), cheio de gritos de guerra e diálogos carregados de raiva e selvageria.

Conclusão

Wulverblade é um jogo que claramente foi feito com carinho e cuidado, não só pela sua acuidade histórica, mas também pelo capricho que encontramos em sua direção de arte, e no design como um todo.

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A simplicidade do gameplay — e a falta de upgrades e novas habilidades — pode aborrecer a galera mais jovem, mas quem cresceu jogando os beat ‘em ups clássicos vai se sentir em casa neste mix de pancadaria e carnificina que tem visual moderno, mas alma de antigamente.

Wulverblade está disponível para PC, Playstation 4, Xbox One e Nintendo Switch. O game não possui suporte ao nosso idioma, estando 100% em inglês.

3 Respostas para “Análise Arkade: Wulverblade é pancadaria sangrenta embasada por fatos históricos”

  • 6 de fevereiro de 2018 às 19:44 -

    Hezrom Vieira

  • Já está na lista de desejos!

    • 9 de março de 2018 às 16:01 -

      Renato Helieser

    • massa

  • 19 de fevereiro de 2018 às 08:28 -

    Marcos Delai

  • Bem interessante. Vai pra lista de aquisições.
    Só corrijam o texto “que rolou no século 43 d.C”; acho que o correto é ANO 43 d.C”.
    ;)

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