Brink (PC, PS3, X360) Review: um FPS bonito mas com falhas graves

14 de junho de 2011

Brink (PC, PS3, X360) Review: um FPS bonito mas com falhas graves

Brink é um FPS que conseguiu criar muito hype com sua enorme campanha de marketing, que nos bombardeou com dezenas de trailers empolgantes e belas imagens nos últimos meses. O game tinha potencial, pois aliava um visual único a uma mecânica de jogo inspirada pelo parkour e uma história de anarquia e revolucão regada a muito tiroteio e competitividade.

Infelizmente, boa parte deste potencial foi desperdiçada e Brink, o game que prometia ser um dos grandes lançamentos deste ano, é apenas um FPS razoável, que inova em algumas coisas, mas escorrega em aspectos fundamentais, que acabam comprometendo o resultado final do game.

A história de Brink prometia ser bastante densa, mas é rasa feito uma colher de chá, e acompanha uma cidade flutuante chamada The Ark, que é divivida entre duas facções: os guardiões e os rebeldes. Porém, o desenvolvimento da trama é mínimo, e tudo o que acontece parece uma mera desculpa para te fazer cumprir os objetivos que o game propõe.

Já de início você escolhe um lado e pode customizar seu personagem em um sistema repleto de opções. O design do jogo é algo digno de nota, pois há centenas de roupas, máscaras, cabelos, tatuagens, e mais um monte de itens que você pode colocar no seu personagem, para deixá-lo “a sua cara”.

Você pode escolher diferentes tamanhos de personagem, e isso vai influenciar na jogabilidade, tal como na velocidade, força e resistência. Armas maiores e pesadas só podem ser carregadas por caras grandes, mas os baixinhos e magrelos são mais ágeis na hora de se virar utilizando as habilidades de parkour.

Brink (PC, PS3, X360) Review: um FPS bonito mas com falhas graves

Brink apresenta quatro classes de personagens, cada um com uma habilidade específica, mais ou menos como em Team Fortress. Medics curam aliados, engineers consertam coisas e desarmam bombas, soldiers explodem portas e os operatives invadem sistemas para completar missões. Como o foco do jogo – mesmo no modo single player – é o trabalho em equipe, balancear seu time é essencial para cumprir os diversos objetivos simultâneos que o jogo propõe.

O sistema de upgrades do game funciona da mesma maneira que um RPG: você adquire pontos de experiência e pode trocá-los por novas habilidades. Existem 50 tipos diferentes de habilidades destraváveis, mas apenas um terço delas são específicas para cada classe, as demais são genéricas, e podem ser utilizadas por qualquer tipo de personagem.

A inteligência artificial do game deixa muito a desejar. Cumprir todas as missões jogando sozinho será uma tarefa árdua, pois sua equipe constantemente ficará perdida, correndo em círculos, ou simplesmente olhando para o local onde uma ação deveria ser realizada. Verdade seja dita, a IA de Brink é realmente ruim, e torna as partidas offline extremamente frustrantes.

Brink (PC, PS3, X360) Review: um FPS bonito mas com falhas graves

Felizmente, um FPS não se faz só de partidas offline, portanto ao ingressar no modo multiplayer, as coisas melhoram bastante. Neste caso, a premissa do game até fica interessante, pois é possível fugir do esquema típico “mata-mata” e encarar o modo campanha online, onde os jogadores se dividem entre rebeldes e guardiões. Cada time deve cumprir objetivos específicos e, logicamente, atrapalhar a vida do grupo adversário.

A jogabilidade de Brink é sólida e bem funcional. O sistema de parkour flui de maneira bem dinâmica, apesar de não ter toda variedade de movimentos vistos nos trailers do jogo. Este sistema lembra um pouco o esquema de jogo de Mirror’s Edge. Porém ao contrário deste, onde você quase nunca disparava uma arma, em Brink você vai ter que atirar, e muito, para ajudar seu time a cumprir as missões. A variedade de armas – todas customizáveis – garante uma boa diversão para os fãs de um bom tiroteio.

O problema é que alguns cenários foram mal planejados, e não aproveitam o potencial que uma jogabilidade baseada em parkour oferece. Mirror’s Edge era cheio de corrimãos, pranchas e hastes que estimulavam o jogador a ousar e explorar novas possibilidades. Em Brink os mapas são repletos de corredores estreitos e “gargalos” que não te deixam nenhuma opção acrobática para passar, restando apenas a boa e velha caminhada a pé, sem muita novidade.

Brink (PC, PS3, X360) Review: um FPS bonito mas com falhas graves

A escassez de mapas, aliada à pouca criatividade das missões, deixa o jogo um tanto repetitivo. O game conta com apenas 8 mapas, e mesmo o modo competitivo online não apresenta grande variedade. Mesmo que você busque uma maneira super legal de chegar até seu objetivo, saltitanto e pulando muros, o objetivo em si sempre será mais do mesmo, variando entre explodir coisas, hackear sistemas ou proteger instalações.

A parte gráfica de Brink consegue ser boa e ruim ao mesmo tempo. Boa porque o visual do game esbanja estilo, usando uma paleta de cores muito bem escolhida e exibindo designs caprichados para personagens, armas e acessórios. Porém, algumas texturas são bem feias quando vistas de perto, e as quedas de framerate são notáveis até mesmo na versão para PC. Isso é um detalhe que pode não incomodar muita gente, mas após termos jogado Crysis 2, ficamos bem mais exigentes neste quesito.

Em resumo, Brink é um jogo que tinha muito potencial, mas não conseguiu sustentar o hype da divulgação, e acabou se mostrando apenas um game bom, e todos sabemos que de FPS bons o mercado (e também o inferno!) está cheio. Os detalhes que mais incomodam – poucos mapas, texturas pobres e inteligência artificial fraca – dão a impressão de que o game foi finalizado às pressas, o que não deve ser verdade, visto que seu lançamento foi adiado mais de uma vez.

Os fãs de FPS certamente vão encontrar alguma diversão nas partidas online, e o sistema de customização de personagens é bem abrangente, mas, no conjunto da obra, Brink realmente deixa a desejar.

26 Respostas para “Brink (PC, PS3, X360) Review: um FPS bonito mas com falhas graves”

  • 14 de junho de 2011 às 09:42 -

    Marcos Garcia

  • Só para constar, o grupo LulzSec, responsável por alguns dos ataques contra a Sony, invadiu o sistema da Bethesda e está ameaçando divulgar dados das contas dos mais de 200 mil usuários a menos que a Bethesda coloque o chapéu usado pelo avatar deles do twitter (@LulzSec) :)

  • 14 de junho de 2011 às 10:09 -

    Renan

  • Tanto hype…. É uma pena, parecia que seria um jogo perfeito.

    • 19 de fevereiro de 2012 às 15:48 -

      KING OF KINGS

    • esse é o perigo do hype

  • 14 de junho de 2011 às 11:30 -

    Bruno

  • Mas o pior de tudo foi que eu peguei original pra xbox ¬¬

    • 14 de junho de 2011 às 12:50 -

      rucosta

    • Por isso que o meu xbox é pirata eu gastei 5 reais e depois usei com frisbee com os meu cachorros!!!! kkkkk

      • 14 de junho de 2011 às 15:22 -

        Bruno

      • kkkkkkkkkkkkkkkkkk’

      • 19 de fevereiro de 2012 às 15:49 -

        KING OF KINGS

      • cara vc tem xbox e ainda perde tempo comprando cd original? tsc tsc

  • 14 de junho de 2011 às 11:37 -

    RyogaBr

  • eu tambem comprei cara porra que arrependimento eim e amigos meus me alertaram mas fui teimoso, jogo chato, complexo e dificil o hp dos inimigos é grande e eles te matam rapidinho
    por isso que eu ja to meio cabreiro com esse jogo da bethesda que ta pra vir ai tambem, unicas franquias que da pra confiar pela hype eh call of duty e battlefield que por mais que seja ruim ainda tem uma tradição e preocupação em agradar o jogador.e esse brink nao foi o primeiro a fazer isso com agente eu comprei o medal of honor tambem e é a mesma coisa um jogo horrivel

    • 14 de junho de 2011 às 11:48 -

      Bruno

    • Medal of Honor é legal cara. Só achei curto d+

      • 14 de junho de 2011 às 13:16 -

        RyogaBr

      • a cara mas fizeram um hype enorme dizendo que ia ser igual battlefield velho e o jogo era linear demais cheio de bugs cara ja joguei muitos fps ruins cara de qualquer estilo mas eu sempre terminava os jogos o medal of honor e o brink foram os unicos q eu nao consegui me animar de terminar velho e foram os que pra mim eram super aguardados (fiquei bolado pela decepção tambem) eu curti muito o medal of honor airborne cara nem eh tipo questao de nao gostar da serie ta ligado, tipo pra mim pareceu que quiseram pegar carona no hype do black ops e fizeram o jogo com pressa pra ser lançado antes ou dando a entender que seria tao bom quanto

      • 14 de junho de 2011 às 15:31 -

        Bruno

      • Realmente o Medal morreu ainda no PS2. Mas também não é tão ruim quanto falam.
        Pode até ser um pouco de fanboismo meu (até pq acompanho o jogo desde o PSOne e gostava mt). Mas é mais uma campanha pra diversifica de vez enquando ^^

  • 14 de junho de 2011 às 13:28 -

    RyogaBr

  • o duke nukem agora ja nao vo mais levar apunhalada denovo vo deixar pra mais tarde vo confiar nos amigos agora kkkk e oque ta escrito na matéria é verdade depois de crysis 2 a galera fica mais exigente mesmo imagino depois que lançarem o battlefield 3 cara qualquer qualquer outra produtora que nao seja a activision e EA vai ter suar a camisa pra fazer um bom fps em 2012
    fico pensando porque a criterion games ainda nao fez uma continuação de black que pra mim é um classico e conseguiu elevar os graficos do ps2 a otro nivel assim como battlefield vai fazer agora em outubro

    • 14 de junho de 2011 às 16:14 -

      Renan

    • Uma continuação do Black seria muito foda!!!! Lembro que a algum tempo atrás vi sobre um FPS que seria o “sucessor espiritual” do Black, mas até agora nada de novo….

      • 14 de junho de 2011 às 18:07 -

        Bruno

      • Black, nunca joguei um fps tão foda que nem essa ai (foda pelo sentindo de ser legal e outro por ser difícil ;x)!

      • 15 de junho de 2011 às 11:15 -

        Renan

      • Nem fale!!!! Não consegui zerar o jogo pq travei na p**** do galpão na última missão!!!!!! Inimigos infinitos!!!!!

  • 14 de junho de 2011 às 14:09 -

    Sabalo

  • Antes tarde duke nukem rsrsr
    Pra mim a melhor franquia da Bethesda com certeza é Elder Scroll’s e Fallout ;)
    Jogo de tiro que eu gosto muito é Time Splitter 1 e 2
    mó raiva porq eles nao fazem um continuaçao??a história é ótima e o tiro rola solto shuashuas

  • 14 de junho de 2011 às 14:27 -

    KING OF KINGS

  • esse negocio de fazer muito oba oba antes do lançamento não tá dando sorte pros jogos não.

  • 14 de junho de 2011 às 15:13 -

    Sabalo

  • os caras do brink sao muito desproporcionais,o ante braço deles é maior q o do mike tyson fora o corpo q tem musculos em forma errada kkkkk
    sao uns x-men esses caras ae

    • 14 de junho de 2011 às 15:39 -

      Bruno

    • É mesmo, o jogo é meio cartoon.

  • 14 de junho de 2011 às 18:00 -

    soren

  • o jogo parece interessante na jogabilidade, mas visto todos esses comentários eu fico meio assim de investir 10 reais HEuaHUehuahea, na vdd jah naum sou chegado ein FPSs pra console, mas no PC talvez tivesse seu valor, ou será que é assim tão porco que nem por 10 conto valeria a pena?!

    • 15 de junho de 2011 às 01:08 -

      RyogaBr

    • talvez pra pc seja melhor pelo menos em função da precisao da mira e dos atalhos, mas nao se iluda com os videos nao a jogabilidade nao eh tao legal quanto parece

  • 15 de junho de 2011 às 06:21 -

    roger

  • o modo sungle player dele é a mesma coisa que o cs com bots, um lixo!

    • 15 de junho de 2011 às 14:11 -

      D angel

    • Você foi generoso brother, cs com boot é mais da hora do q esse brink, levei essa merda na loja que compro aqui em Guarulhos (paralelo vulgo pirata ) e mandei ele me dar outro jogo ou devolver meus dez contos e recolher esse lixo da pasta de jogos antes que mais pessoas façam que nem eu , o jogo é extremamente horrivel .
      Peguei o novo Red Faction Armageddon e agora sim estou me divertindo mais ,ta loko esse Brink , péssimo demais !

  • 19 de fevereiro de 2012 às 15:49 -

    KING OF KINGS

  • é uma pena realmente mas fazer oq né

  • 19 de fevereiro de 2012 às 17:50 -

    Bruno Cassio

  • raiossssss

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