Ex-desenvolvedor da Bioware declarou que a EA “se importa mais com dinheiro do que com jogadores”

24 de outubro de 2017

Ex-desenvolvedor da Bioware declarou que a EA "se importa mais com dinheiro do que com jogadores"

EA Games é uma empresa com uma reputação não muito alta, tanto que há alguns anos atrás chegou a ser eleita duas vezes como a pior companhia da América! E agora uma nova treta séria surgiu para dificultar ainda mais as coisas para a imagem da empresa, uma declaração de um ex-produtor da Bioware sobre como funcionam as cosias lá dentro.

Manveer Heir, ex-desenvolvedor da Bioware comentou em um podcast exibido pela Eurogamer que as coisas dentro da EA Games não são nada boas, e que o que dita o rumo da produção de games é o quanto de retorno eles darão. E não estamos falando em valores de venda, mas sim de microtransações! Confira abaixo as declarações dele durante o podcast, que são bem sérias (traduções livres):

(Comentando sobre a preferência da EA sobre games multiplayer): “É definitivamente a ideia dentro da EA, eles geralmente seguem para games de mundo aberto. E o motivo é que você pode monetizá-los melhor. As palavras que usávamos lá dentro eram ‘deixem-nos [os jogadores] voltar de novo e de novo’. Porque você se importa com isso dentro da EA? A razão pela qual você se importa com isso é por causa das microtransações: comprando pacotes de cartas nos games Mass Effect, o multiplayer. É a mesma razão pela qual adicionamos os pacotes de cartas em Mass Effect 3: Como você faz as pessoas continuarem voltando para algo ao invés de ‘apenas’ jogarem por 60 a 100 horas?”

O problema é que ampliamos nossos orçamentos para mais de 100 milhões e nós na verdade não criamos espaço para bons games single-player lineares abaixo desse valor. Mas por que não podemos ter ambos? Por que tem que ser um ou outro? E a razão é que a EA e essas publicadoras grandes em geral apenas se importam com o maior retorno em um investimento. Eles realmente não se importam com o que os jogadores querem; eles se importam com o que os jogadores pagarão para ter. Você precisa compreender o quanto de dinheiro está em jogo com microtransações.”

Ex-desenvolvedor da Bioware declarou que a EA "se importa mais com dinheiro do que com jogadores"

Sombras da Guerra foi um game muito criticado recentemente por seu uso de microtransações

Citando Mass Effect, o ex-produtor não foi capaz de dizer quanto de dinheiro Mass Effect 3 conseguiu gerar com os pacotes de cartas vendidos, mas revelou que o sucesso desses pacotes foi a razão pela qual a série Dragon Age recebeu recursos multiplayer. E ainda disse mais: “Essa é a razão pela qual os produtos da EA que não o tinham antes, começaram a receber multiplayer, porque nós acertamos em cheio e geramos uma tonelada de dinheiro. É renda repetitiva contra renda única. Eu já vi gente literalmente gastando $15 000 nas cartas multiplayer de Mass Effect.

Essas declarações de Manveer Heir, por mais sérias que sejam, não tiram aquela sensação de “nada de novo no front”, mas adiciona ainda mais lenha na fogueira do incessável debate em como as produtoras tratam os jogadores na forma como entregam seus produtos. No passado (e ainda hoje) a forma como DLCs eram vendidas geraram enorme revolta pelos consumidores que se sentiam enganados e explorados. E atualmente a sombra das Microtransações mostram perspectivas preocupantes, tornando-se cada vez mais agressivas e gananciosas.

Um exemplo claro disso é o recente Terra-Média: Sombras da Guerra, um excelente game, porém que abusa das microtransações de forma realmente abusiva e que foi altamente criticada em nossa análise do game, que você (e deve!) conferir CLICANDO AQUI. A questão é que os jogadores estão (e com razão) ficando cada vez mais descontentes com os sistemas bolados pelas empresas para sugar um pouco mais de dinheiro de seus games, e as empresas e os consumidores precisam começar a se tocar que o problema não é pequeno.

(Via: PC Gamer)

5 Respostas para “Ex-desenvolvedor da Bioware declarou que a EA “se importa mais com dinheiro do que com jogadores””

  • 24 de outubro de 2017 às 11:35 -

    Leo Garzedim

  • Comprei StarWars Battlefront super empolgado, abro ele e… cadê todo mundo? Aí noto um monte de DLCs óbvias parecendo que o jogo estava incompleto. Quer voar de X-WING ou Tie Figther? DLC da estrela da morte!
    Porra! A ESTRELA DA MORTE! Tem coisa mais óbvia e classica que você quer ver num multiplayer de Star Wars que a ESTRELA DA MORTE?
    Aí fica naquela: Quer achar mais players pra aproveitar o jogo que você acaba de comprar, e que não foi barato? compre o resto do jogo picado pelas DLCs.
    Estou puxando de novo porque liberaram a seasonpass dele finalmente, mas é como esperar uns 5 anos pra ter o jogo completo. E desconfio que vai estar deserto pela idade.

    EA nunca mais…

    Ok…talvez quando ME: Andromeda baixar o preço pra um valor viável.

  • 24 de outubro de 2017 às 13:44 -

    Onigumo

  • Por essa e por outras que afirmo: e melhor ver sua franquia querida morrer do que vela viver para definhar, andromeda e um exemplo disso ( isso para nao citar os zombiecornios do metalgear da konami). Mas no fim do dia a reaposta e simples: Nao compre! De que adianta reclamar que a industria e porca e depois ir pagar roupinha para o personagem? Nao e como se o abuso fosse no preço apenas, os jogos estao cada vez piores como um todo, e as desenvolvedoras vao continuar com estrategias porcas como essas justamente porque elas dao certo! As pessoas pagam o que e ofertado, valores inclusives que poderiam ser pagos em outros jogos. Nao e diferente de outros mercados, capinhas de celulares, bolsas e sapatos, se pagam pela futilidade como podem acusar o mercado de ser porco? Afinal de contas que tipo de cliente vai as compras no chiqueiro?

  • 24 de outubro de 2017 às 19:30 -

    Matheus Wagner

  • Que a EA (e muitas outras) se importa mais com a grana não é novidade. Em diversas entrevistas com diretores, desenvolvedores e funcionários da empresa foi comentado que a EA é uma empresa voltada a dar lucro para o sócios. Ela faz bem feito os jogos? Até faz, vide os BF, Fifa e jogos que saem direto.
    O fato é que realmente custa fazer um jogo. Sustentar novas tecnologias, as engines novas e conseguir fazer isso num prazo curto é bem difícil sem um grande investimento. E errar, dá preju (vide o excelente exemplo do Batman cancelado, aquele que era pra ser do filme com o Coringa). Não acharam saída melhor do que microtransações, que tão ganhando mais espaço.

    • 25 de outubro de 2017 às 03:01 -

      Onigumo

    • Ava, fifa? Sao todos iguais, nao e toa que saem direto! O fifa 15 mesmo saio ate pra play 2! Que tecnologia toda e essa que so faz reaproveitar tudo do anterior? Oque vejo e muito do contrario, a ignite e uma engine porca e a frostbite so passou a prestar de 2012-2013 pra ca! As inovaçoes e melhorias que os desenvolvedores oferecem sao um lixo, os moders e hackers fazem um trabalho muito melhor e com recursos limitados, isso diante de desenvolvedoras milionarias! E e assim com a maioria das desenvolvedoras, entregam conteudo fraco e depois querem cobrar por conteudo adicional que tambem e fraco, os jogos estao ficando piores e cada vez mais incompletos. No fim do dia sao os estudios que fazem a diferença, isso quando as desenvolvedoras nao secam o orçamento ou poe o dedo onde nao deveriam ( aka: konami)

  • 10 de março de 2021 às 20:33 -

    Jose

  • É a hora da pés,Pro Evolution Soccer disponibilizar um jogo grates por 10 ou 15 dias,e assim ganhar força no mercado o jogo completo versão demo não essa é a hora

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