Ano III  -  Edição 47Ano III  -  Edição 47
BORDERLANDS 2BORDERLANDS 2
ISSN 2175 - 4071
Editorial
‘indice
Editor-chefe
Raphael Cabrera
Redação
Rodrigo Pscheidt
Design
Erick Drefahl
Alan Daniel Ferreira
Marketing
Suzane Skroch
Leandro Motta
Colaboradores
Fernando Paulo
Edimartin Martins
Alexo Mello
Henrique Gonçalves
Renan do Prado
ISSN 2175 - 4071
RETROSPECTIVA
           primeiro Borderlands foi um dos jogos
           mais divertidos que joguei nos últimos
           anos. Terminei ele duas vezes, uma so-
zinho e outra no modo cooperativo online, jun-
to com amigos. Dentre todos os ótimos lança-
mentos que tivemos neste ano, Borderlands 2
é (até agora) o meu preferido. Esta edição ficoucaprichada, tanto para quem jogou o primeiro
 quanto para quem ainda não conhece a série.Independente se você pretende jogar agora ou
 esperar uma promoção na Steam para comprá-
-lo, este é um jogo que recomendo para quem
gosta de FPS e de jogos cooperativos, aprecia
uma arte diferente e humor inteligente. Não eco-
nomizo elogios para esta série, que nos surpre-
ende mais uma vez com seu ótimo gameplay,
gráficos e história. Experimente e você perderáalgumas horas nele. Para um melhor aproveita-
mento do game, recomendo utilizar chat por voz
e recrutar alguns amigos engraçados para jogar
junto com você, diversão garantida! Relaxe e
aproveite, seja bem-vindo à Arkade.
O
ANÁLISE
O retorno à Pandora
Revista Arkade - Rua Lamenha Lins, 62, 3° Andar,
CEP 80250-020 - Centro - Curitiba/PR, Brasil
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TRAILER
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RETROSPECTIVA
BORDERLANDS I
A
           trama do game se passa em um
           futuro muito distante (ano 5252)
           e coloca o jogador para se aven-
turar pelo planeta Pandora, um lugar
que atraiu muitos colonizadores huma-
nos que foram em busca de uma vida
nova, recursos minerais e dinheiro fácil.
Muitos também foram em busca da
Vault, uma lendária caixa que guarda
riquezas e tecnologias alienígenas.
Porém, tudo isso era propaganda en-
ganosa: Pandora é um planeta em
ruínas, dominado por mercenários
que outrora trabalhavam para as
grandes mineradoras e buscavam ri-
quezas. Para piorar, o planeta está
passando por uma mudança de esta-
ção, o que acorda diversas criaturas
medonhas que passaram o inverno
todo hibernando.
Neste cenário caótico, uma misteriosa
gravação relatando as maravilhas da
legendária Vault aparece, atraindo
mercenários e caçadores de recom-
pensas de todos os cantos da galáxia
para Pandora.
Ao iniciar sua incursão por Pandora,
você assume o papel de um destes
aventureiros, podendo escolher entre
4 personagens, que representam di-
ferentes classes: Mordecai é um Hun-
ter especialista em sniper rifles e ar-
mas de longo alcance. Brick é um
Berserker que gosta de utilizar explo-
sivos. Lilith é uma Siren com poderes
elementais, e Roland representa o
soldado que é eficaz com qualquer
tipo de arma de fogo.
Por apresentar 4 personagens com ha-
bilidades tão distintas, Borderlands se
destaca por encorajar o jogo cooperati-
vo: toda a campanha do game pode ser
encarada cooperativamente, em um
sistema drop in/drop out que facilita
bastante a vida dos jogadores. O vasto
mapa do jogo também conta com are-
nas PvP, e qualquer ataque físico desfe-
rido em um aliado pode iniciar um due-
lo, no melhor estilo velho-oeste!
O principal diferencial de Borderlands,
porém, é seu flerte com o gênero RPG:
cada personagem pode evoluir em ár-
vores de habilidades distintas, e diver-
sos tipos de armas e itens podem ser
encontrados. Como em Diablo, existe
um sistema de geração randômica de
armas que oferece milhares de possibi-
lidades aos jogadores.
RETROSPECTIVA
Tudo isso é completado com um es-
tiloso visual cel shaded cheio de
personalidade, uma bem-vinda pe-
gada humorística repleta de refe-
rências e muito sarcasmo, e uma
jogabilidade refinada, que se apro-
veita da experiência da Gearbox em
games FPS para oferecer toda a
precisão que o gênero demanda.
Agora em 2012, a Gearbox e a 2K
Games nos convidam para um novo
passeio por Pandora, na pele de no-
vos personagens que devem enca-
rar uma aventura repleta de novi-
dades e surpresas: na sequência,
você confere nossa análise comple-
ta de Borderlands 2!
RETROSPECTIVA
fundo1
ANÁLISE
FICHA TÉCNICA
FPS, RPG
Gênero
Gearbox Software
2K Games
Disco e Download
18 de Setembro de 2012
M +17 anos
Produtora
Publisher
Mídia
Lançamento
ESRB
border2_CAPAdoJOGO
Platafomas
Jogadores
1 - 4 Online Co-op
1 - 2 Offline Co-op
Plataformas
BORDERLANDS 2BORDERLANDS 2
Mantendo o que já era bom - e acrescentando muitas novidades - Gearbox entregaum dos melhores e mais viciantes games do ano.
ANÁLISE
M
             uita gente reclama que a in-
             dústria de games anda acomo-
             dada no sucesso de grandes
franquias. Felizmente, quando uma
empresa resolve ousar, ela pode sur-
preender a todos com um grande ga-
me. É o caso da Gearbox, que em
2009 nos entregou o ótimo Border-
lands. Agora que “a marca” Border-
lands já está consolidada e o game é
um sucesso, chega a hora de melhorar
o que já conhecemos e aprofundar o
universo da franquia. Com Border-
lands 2, a Gearbox faz tudo isso de
maneira exemplar.
A trama de Borderlands 2 se passa
cinco anos após os acontecimentos do
primeiro game. Um malfeitor chamado
Handsome Jack decidiu tomar posse
da Hyperion Corporation e se autode-
clarar o ditador supremo de Pandora.
Para piorar, uma enorme e megalo-
maníaca base em forma de H está or-
bitando o planeta, deixando uma parte
do mundo na penumbra.
Para manter sua ditadura, Handsome
Jack está aniquilando todo e qualquer
caçador de recompensas que resolva
partir em uma nova busca pela lendá-
ria Vault. Obviamente, você é um des-
tes aventureiros, e após sobreviver a
um atentado dos capangas de Jack,
sua missão torna-se bem óbvia:
destruir Handsome Jack, acabar com
sua ditadura e restabelecer a paz (de
novo) no mundo de Pandora.
Para cumprir esta missão, você pode
escolher entre quatro personagens
novos, cada um representando uma
classe: Axton é o típico Commando
muito eficiente com armas de fogo, e
Maya é uma Siren que pode manipu-
lar os elementos e conjurar orbes de
energia. Temos ainda Salvador, um
Gunzerker - mistura de Gunner e Ber-
zerker (?!) - que pode empunhar du-
as armas de grosso calibre ao mesmo
tempo, e Zero, que é uma mistura de
ninja com assassino, rápido, letal e
cheio de artimanhas.
Além dos personagens serem novos,
as novas classes oferecem habilida-
des diferentes daquelas que vimos no
primeiro game, o que faz com que o
novo jogo ofereça surpresas mesmo
para quem já terminou o primeiro
Borderlands diversas vezes.
Novamente, as diferentes classes de
personagens encorajam as partidas
multiplayer cooperativo entre quatro
jogadores (ou dois, em tela dividida).
Quem jogar Borderlands 2 sozinho
terá uma experiência um pouco res-
trita, pois o mundo de Pandora foi
pensado para ser explorado coopera-
tivamente, afinal, jogar com os ami-
gos sempre é muito mais divertido.
ANÁLISE
É altamente recomendável, porém,
que você jogue com amigos desde o
começo e todos evoluam juntos, pois
entrar em partidas públicas deixa o
multiplayer um pouco desbalanceado.
Jogadores de nível mais alto ganham
mais experiência e os itens são de
quem pegar primeiro, o que acaba difi-
cultando a evolução de quem está al-
guns levels mais abaixo, podendo tor-
nar a experiência um pouco frustrante.
O fato de termos novas classes de per-
sonagens não significa que os protago-
nistas do primeiro game foram deixa-
dos de lado: Mordecai, Lilith, Brick e
Roland estão de volta, desta vez como
NPCs, que irão passar missões e dar
dicas aos novos recrutas. Metaforica-
mente, a presença deles sintetiza o
que Borderlands 2 é: um jogo que traz
ANÁLISE
de volta o que já era bom, mas
acrescenta muitos elementos que o
tornam maior e melhor do que o pri-
meiro game.
Por exemplo, a busca por itens, ar-
mas e dinheiro, que já era boa em
Borderlands, voltou e está melhor do
que nunca. Isto é, aliás, a parte mais
viciante do jogo: a variedade de ar-
mas e itens é tão grande que você
nunca vai ficar satisfeito com o que já
tem. Este é aquele tipo de jogo que
você pensa “só vou achar mais um
baú e já paro de jogar”, e quando se
dá conta, já se passaram 3 horas, vo-
cê já achou uma dúzia de baús, mais
ainda quer continuar jogando.
Para facilitar um pouco o seu loot, o
game conta com uma prática janela
que te mostra na hora se o novo equi-
pamento encontrado é melhor ou pior
que o que você já está usando, sem
que você precise parar a ação ou
acessar algum menu. O sistema ran-
dômico empregado para entregar
itens deixa esta mecânica bem impre-
visível, então não se espante se um
baú ordinário oferecer uma arma me-
lhor que aquele chefe que você demo-
rou uma hora para vencer.
Esta importância da busca de equipa-
mentos - o famoso loot - é tão impor-
tante em Borderlands 2 quanto é em
Diablo, ou qualquer outro RPG. Não
importa qual equipamento você está
usando, sempre haverá algo melhor,
e saber disso é o que nos impele em
uma busca contínua por mais baús,
mais inimigos e mais missões, em um
ciclo que parece interminável, mas é
divertido e recompensador.
ANÁLISE
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“ Um jogo que traz de volta o quejá era bom, mas acrescenta muitoselementos que o tornam maior emelhor do que o primeiro game. 
ANÁLISE
Outro fator que recebeu um belo poli-
mento foi o sistema de evolução dos
personagens. Novamente temos três
árvores de evolução distintas para
cada personagem, mas desta vez vo-
cê pode direcionar um pouco melhor
seu progresso de acordo com o seu
estilo de jogo.
Por exemplo, todo Assassin têm as
mesmas habilidades, mas você pode
especializar o seu Zero em ataques
stealth a distância, enquanto outro
jogador pode tornar seu Assassin
uma verdadeira máquina de matar
em combate direto, com ataques cor-
po-a-corpo. Com as outras classes, é
a mesma coisa: você decide se sua
Siren vai ser a médica do grupo, ou
se prefere focar sua evolução em ma-
gias e ataques elementais.
Cada personagem conta com skins dife-
rentes, que podem ser equipadas para
você deixar seu guerreiro do jeito que
quiser. Ou não, pois não temos tantas
opções assim. Mas se a customização
visual deixa a desejar, a personalização
de habilidades é bem completa: com-
pletando certos objetivos enquanto joga
você sobe no Badass Ranking, e a cada
novo Ranking, ganha-se uma moeda,
que pode ser trocada por “perks” como
diminuição do tempo de recarga de ar-
mas, aumento do poder de fogo e ou-
tros benefícios que são pequenos sozi-
nhos, mas lhe dão uma grande vanta-
gem conforme você habilita mais deles.
Para melhorar, estes benefícios podem
ser ativados para qualquer personagem
que você criar, o que lhe garante uma
vantagem extra em uma segunda parti-
da com outro personagem.
ANÁLISE
A jogabilidade não sofreu grandes
mudanças, mas continua precisa co-
mo deve ser. Embora utilize mecâni-
cas testadas e aprovadas no gênero
FPS, Borderlands 2 não se acomoda
nestas convenções: cada tipo de ini-
migo exige uma abordagem diferenci-
ada, cada arma influencia diretamen-
te na maneira como você ataca, e su-
as escolhas na hora de evoluir seu
personagem levam-no para novos ca-
minhos. Como são centenas de tipos
de inimigos e armas, a jogabilidade
consegue se renovar constantemente
e não cair na mesmice.
O visual também não teve nenhum
grande salto evolutivo: é o mesmo
cel shaded estilizado que já conhece-
mos, mas desta vez as paisagens são
mais variadas e coloridas. PCs poten-
tes equipados com uma boa placa de
vídeo levam vantagem, mas mesmo
nesta plataforma temos pequenos
bugs, como texturas e elementos que
aparecem de repente ou inimigos que
ficam presos em elementos do cená-
rio. Ainda assim, são poucos bugs pa-
ra um game tão vasto.
O som mantém a qualidade do origi-
nal: temos uma trilha sonora bem va-
riada, que vai do rock ao tecno de
maneira harmoniosa. As dublagens,
por sua vez, dão um show, cada per-
sonagem tem seu próprio sotaque, ou
ANÁLISE
 
“ Cada personagem contacom skins diferentes, quepodem ser equipadas paravocê deixar seu guerreiro dojeito que quiser. 
ANÁLISE
algum trejeito que lhe concede auten-
ticidade. Os ruídos ambientes, o urro
dos monstros e o estouro dos tiros
mantém o alto nível dos demais de-
partamentos.
A história de Borderlands 2 também es-
tá mais interessante. Quer dizer, ela
ainda soa um pouco clichê, mas está
melhor escrita: praticamente todos os
diálogos são afiados, e mesmo o mais
insignificante dos NPCs pode te surpre-
ender com uma frase de efeito. Perso-
nagens como o deslocado Sir Hammer-
lock, a gorducha mecânica Ellie e até
mesmo o vilão Handsome Jack esban-
jam personalidade, o que os torna inte-
ressantes e cativantes.
Ancorado nos personagens ou não, o
humor de Borderlands 2 é outro ponto
que se destaca: este é um jogo repleto
de referências, e se você conseguir cap-
tá-las, vai perceber que o roteiro foi es-
crito por gente que gosta das mesmas
coisas que você, pois Pandora é uma
verdadeira homenagem à cultura pop
de ontem e de hoje.
ANÁLISE
Duvida? Então espere até encontrar
um quarteto de malucos que se
chamam Lee, Dan, Ralph e Mick,
vive nos bueiros, gosta de pizza,
utiliza técnicas ninjas e se auto-
intitula “o grupo do Splinter”. E esta
é apenas uma das referências mais
óbvias: Breaking Bad, James Bond,
Batman, Minecraft, Hellboy, Super
Mario, Game of Thrones, Metal Gear
Solid, O Rei Leão... estes e diversos
outros filmes, games e programas
de TV são homenageados de manei-
ra óbvias (ou não) em situações,
diálogos ou nomes de habilidades,
equipamentos e conquistas/troféus.
Para colocar tantas referências em
um único game, a Gearbox se preo-
cupou em fazer de Borderlands 2
um game realmente grande: além
das missões principais existem cen-
tenas de side-quests e locais explo-
ráveis que aumentam consideravel-
mente o tempo de jogo. As missões
opcionais muitas vezes conseguem
até ser mais interessantes que as
principais, pois envolvem persona-
gens e situações cômicas, como as
pseudo-Tartarugas Ninjas mencio-
nadas ali em cima. No geral, espere
por, no mínimo, 35 horas de jogo.
ANÁLISE
Neste mundo tão grande, porém, al-
gumas coisas acabam faltando: o ní-
vel dos monstros não sobe conforme
você evolui, o que faz com que o
eventual backtracking - atravessar
uma região já conhecida para chegar
a outro lugar, por exemplo - se torne
extremamente fácil e sem graça.
Além disso, os veículos são muito mal
aproveitados no game, servindo basi-
camente para levar o jogador do pon-
to A ao ponto B. Se tivéssemos uma
maior variedade de missões sobre ro-
das - como em Halo ou Rage - certa-
mente o game ganharia pontos por
diversificar ainda mais a ação.
Apesar disso, é fato que Borderlands
2 é um dos melhores jogos do ano:
divertido, imersivo e extremamente
viciante, o game mistura FPS com
RPG de maneira exemplar. Mistura
isso e muito mais, afinal a Gearbox
ainda acrescentou uma generosa pi-
tada de humor, toneladas de referên-
cias à cultura pop e um sistema de
evolução de personagens muito mais
flexível. Seja você fã de FPS, de RPG
ou simplesmente um fã de bons jo-
gos, Borderlands 2 é garantia de mui-
ta diversão, ainda mais se você jogar
com seus amigos.
ANÁLISE
ANÁLISE
ANÁLISE
 
Avaliação
Visual
Gameplay
Áudio
Roteiro
Fator Replay
Inovação
Diversão
Bom humor e referências
Jogabilidade otimizada
Evolução de personagens
Falta de balanceamento
ANÁLISE
Game Over
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