Ano III  -  Edição 48Ano III  -  Edição 48
ISSN 2175 - 4071
FIFA 13FIFA 13
PES 2013PES 2013
VSVS
Editorial
‘indice
Editor-chefe
Raphael Cabrera
Redação
Fábio Torres
Design
Erick Drefahl
Alan Daniel Ferreira
Marketing
Suzane Skroch
Leandro Motta
Colaboradores
Rodrigo Pscheidt
Fernando Paulo
Edimartin Martins
Alexo Mello
Henrique Gonçalves
Renan do Prado
ISSN 2175 - 4071
INTRODUÇÂO
         eterna briga entre fãs continua! Anual-mente um novo Fifa e um novo PES são lança-dos, e a cada versão, a Konami e a ElectronicArts tentam inovar e melhorar seus jogos paraatrair mais jogadores. Quem ganha com estaconcorrência? Nós! Afinal, por mais que o abis-mo estivera grande nos anos anteriores, quandoFifa finalmente superou a hegemonia de PES,neste ano a Konami correu atrás do prejuízo etrouxe um jogo mais competitivo, enquanto a
EA não ficou parada e também melhorou seujogo. Enquanto alguns gamers defendem comunhas e dentes sua franquia favorita, outros
analisam a cada ano qual jogo ficou melhor, pa-ra somente depois decidir onde investir seu di-nheiro e seu tempo. Este é o assunto da Arkadedesta semana, seja você um fã de Fifa, de PESou de ambos, confira nesta edição o que cadajogo tem de atrativo. Relaxe e aproveite, sejabem-vindo à Arkade.
A
FIFA 13
A concorrência saudável entre Fifa e PES
Revista Arkade - Rua Lamenha Lins, 62, 3° Andar,
CEP 80250-020 - Centro - Curitiba/PR, Brasil
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A Arkade é uma revista digital totalmente gratuita. Venda proibida.
PES 2013
COMPARATIVO
VEREDICTO
RECEBA AS NOTÍCIAS DA ARKADE TAMBÉM NO
INTRODUÇÃO
PES 2013 FIFA 13
C
          hega o final de setembro e o
          começo de outubro e os fãs de
          games de futebol têm uma
certeza: é época de jogar as novas
iterações das séries Fifa (desenvol-
vida pela EA Sports) e Pro Evolution
Soccer (PES, criada pela Konami). Por
anos a fio, PES (ou como era antiga-
mente conhecido em terras brasilei-
ras, Winning Eleven) era tido como o
melhor da disputa graças aos gráficos
superiores, jogabilidade mais realista
e modos de jogo mais atraentes.
No entanto, de 2009 em diante, a
disputa começou a se inverter: ano
após ano, era o Fifa que saía vitori-
oso nos campos virtuais, tendo con-
seguido uma vasta gama de campe-
onatos licenciados e melhorado sua
jogabilidade.
Este ano, porém, a briga prometia ser
a maior entre os dois jogos. David
Rutter, produtor de Fifa 13, afirmou
antes da E3 deste ano que a equipe
de desenvolvimento do jogo já estava
preocupada com o que apareceria em
PES 2013. “Ainda estamos preocupa-
dos sobre o que a Konami fará com
„Pro Evolution Soccer‟ e naturalmente
eles são nossos rivais mais próximos
nessa parte de esportes," disse Rut-
ter, que ainda acha positivo o fato do
jogo ser desenvolvido no Canadá,
longe de onde o futebol é febre.
"Acho que na verdade estar no Cana-
dá nos dá uma certa vantagem já que
estamos longe das „badalações‟".
Já John Murphy, chefe da PES Pro-
ductions, atacou a EA, dizendo que a
empresa está mais focada em expan-
dir a audiência do que refinar o jogo.
“Nós sempre nos focamos na jogabili-
dade e é a estas raízes que queremos
retornar. A EA talvez pense que já
tenham ido longe o suficiente com o
gameplay e agora eles têm outras
coisas para fazer - imagino que quei-
ram atrair um tipo diferente de públi-
co com diferentes funcionalidades”.
Qual dos dois jogos então entra em
campo mais bem preparado? Leia a
análise de cada um dos jogos e de-
pois confira o nosso comparativo
dos pontos fortes e fracos de Fifa
13 e PES 2013!
INTRODUÇÃO
FIFA13_PS3_Honda_dribbling_gameplay
ANÁLISE
FIFA  13FIFA  13
FICHA TÉCNICA
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ANÁLISE
F
         utebol e outros esportes em ge-
         ral são marcados por um ele-
         mento: imprevisibilidade. Do
mesmo jeito que existem gigantes tra-
dicionais e por vezes imbatíveis, como
Barcelona, Manchester United, Bayern
de Munique e Real Madrid, existem
também os pequenos times do interior
que podem “aprontar” para esses es-
quadrões clássicos. O mesmo vale pa-
ra os jogadores: até mesmo aquele
perna de pau do seu time pode ter seu
dia, tarde ou noite de glória.
Fifa 13 parece se espelhar nesse as-
pecto do esporte. Se a imprevisibilida-
de e a “aleatoriedade” já existiam em
Fifa 12, no novo jogo elas foram au-
mentadas e - para o alívio e sorte dos
fãs da série - refinadas. Isso pode (e
deve) frustrar os jogadores algumas
vezes, mas, para quem acompanha
regularmente as partidas, sabe que é
algo natural.
Por exemplo: você lança o seu atacan-
te em direção ao gol, o passe vai cer-
tinho, mas, ao contrário da bola gru-
dar no pé dele (algo que acontecia em
jogos anteriores), é necessário domi-
nar mesmo a bola, ajeitar o jogador
para ele receber o passe - ou senão
você corre o risco de ver seu centro-
avante ganhar a fama de caneleiro
num piscar de olhos.
Vez do ataque
Se a edição 2012 se focou em criar um
novo e mais realista sistema de defesa
(o que dividiu opiniões entre os jogado-
res), a versão 2013 aposta num ataque
muito mais fluido. Agora, os jogadores
irão correr para espaços livres de ma-
neira mais inteligente, evitando na mai-
or parte das vezes ir de encontro com
dois defensores - algo bastante comum
nas edições antigas.
Além disso, o sistema de dribles foi
melhorado também, incorporando
alguns elementos do recente spin
off Fifa Street, tais como a liberda-
de de movimentos. Leva um tempo
para se entender a nova mecânica,
mas vale a pena gastar um tempi-
nho para aprender os dribles e po-
der fazer os mais belos malabaris-
mos com a bola.
Ao passo que os dribles e a IA dos
atacantes melhorou, o mesmo não se
pode dizer sobre a engine física do
jogo. Bastante polêmica, ela continua
causando constrangimento geral aos
jogadores ao fazer com que atacante
e goleiro se beijem no meio da área
(?!) ou então que volantes incorpo-
rem o espírito da meme “surprise bu-
ttsex” na meia cancha. Por outro la-
do, a física foi refinada em alguns
pontos, principalmente no que condiz
às divididas aéreas e na movimenta-
ção dos atacantes e zagueiros.
ANÁLISE
Apresentação quase idêntica
Os modos de jogo e os gráficos, por
sua vez, não tiveram grandes modifi-
cações. São basicamente os mesmos
encontrados em 2012 com aquelas le-
ves mudanças visuais. Uma novidade
interessante são os Skill Games, onde
os jogadores podem treinar diversas
facetas da jogabilidade de Fifa 13.
Esses minigames ainda substituem a
tela de loading anterior, que simples-
mente colocava um jogador de linha
contra um goleiro, o que incorpora
melhor o minigame ao jogo e ainda
disfarça o load time. Outra caracterís-
tica inédita é o retorno das narrações
em português (ausentes na série Fifa
desde 2007) com os comentários de
Tiago Leifert e Caio Ribeiro.
ANÁLISE
ANÁLISE
A narração brasileira, no entanto, só
está disponível para as cópias físicas
adquiridas no Brasil.
Se nas principais versões a apresenta-
ção do jogo recebeu leves melhorias,
no Wii a situação é tensa: o jogo é
idêntico ao lançado doze meses atrás.
As únicas atualizações foram nos elen-
cos e nos uniformes - algo que poderia
ser feito facilmente por uma atualização
ou patch (como é feito durante a tem-
porada dos principais campeonatos eu-
ropeus). Os fãs da Nintendo provavel-
mente terão um jogo completo quando
o Wii U sair, mas isso não deixa de ser
uma baita sacanagem com quem tem o
console nintendista.
Versão para IPAD e IPHONE
ANÁLISE
GC_INTERvsBAYERN
PRO EVOLUTION SOCCER2013PRO EVOLUTION SOCCER2013
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ANÁLISE
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E
          xiste um ditado que diz que
          “quem foi rei uma vez, nunca
          perde a majestade”. No caso de
Pro Evolution Soccer, os últimos anos
não têm seguido isso à risca. A série
parece ter perdido um pouco a sua
identidade, mas aos poucos vem recu-
perando aquilo que a tornou famosa.
Na edição de 2011, foram os gráfi-
cos mais realistas mesclados com
um estilo mais “arcade” de se jogar.
Em PES 2012, o ritmo e a velocidade
do jogo foram levados praticamente
às alturas, dando ênfase ao ataque.
Nesta nova versão, para a sorte dos
fãs da série japonesa, o jogo parece
estar cada vez mais próximo da sua
“época de ouro”, quando ele ainda
era Winning Eleven.
ANÁLISE
Jogabilidade precisa e desafiadora
O ritmo das partidas deixou de ser
frenético e agora está bem mais se-
melhante ao que acontecia há al-
guns anos. Partidas truncadas e fei-
as só existem se o jogador não tiver
familiaridade com os controles - al-
go que o game já busca evitar des-
de o início, uma vez que logo que
você insere o disco em seu console
já aparece uma opção para você fa-
zer o tutorial completo e testar cada
uma das novidades.
Aliás, é bastante aconselhável fazer
esse tutorial. Com pouco tempo de
jogo você já percebe que as coisas
não são tão fáceis quanto se presu-
me. Claro, é possível ir aos trancos e
barrancos rumo ao gol, mas tendo o
domínio do novo (e fácil) sistema de
dribles (claramente influenciado pelas
inovações da EA Sports), fica muito
mais simples fazer seus golzinhos.
A grande diferença de PES 2013 para
seu rival está no que os desenvolve-
dores apelidaram de PES Full Control.
Segurando o gatilho esquerdo (L2/
LT), o jogador ganha controle em
360° do atleta, podendo girar o corpo
e lançar passes com precisão milimé-
trica. A habilidade e a condição física
do jogador entra em questão
(experimente fazer um lançamento
com Neymar e outro com John Terry
para ver a diferença), mas a possibili-
dade do controle total é um detalhe
muitíssimo bem-vindo.
ANÁLISE
Há também uma mudança no lado de
quem recebe o passe: com um clique
no analógico direito, é possível man-
dar companheiros para espaços vazi-
os e ao segurar o gatilho direito (R2/
RT), o “receptor” controla a bola e já
a ajeita para iniciar um novo movi-
mento. O nome desta novidade é Deft
Touch Dribbling (Drible de Toque Há-
bil, em português), que é bastante
inspirada no sistema de dribles da sé-
rie Fifa. No entanto, nada se perde,
nada se cria, tudo se copia e esta
“cópia” caiu muito bem em PES 2013.
Na defesa, entretanto, o game ainda
encontra problemas. O jeito mais se-
guro (ou seria o único jeito?) de tirar
a bola do atacante é cercá-lo e espe-
rar até o último momento - carrinhos,
só se você tiver TOTAL e PLENA segu-
rança do que vai fazer. Os juízes são
bastante rígidos e qualquer falta pode
ser “premiada” com um cartão ama-
relo ou vermelho.
Por fim, os goleiros continuam “mão
de pau”: boa parte dos chutes são
apenas espalmados para o meio da
área ou para a linha de fundo -
agarrar a bola é algo quase impos-
sível para os guardadores de meta
de PES 2013.
ANÁLISE
Imersão e desafio
Ao todo, Pro Evolution Soccer 2013
ainda não chegou ao mesmo patamar
que estava há cinco ou seis anos
atrás, mas o caminho está sendo tri-
lhado. O jogo é bastante desafiador
mesmo para os veteranos da série,
tudo graças aos novos controles Full
Control e Deft Touch Dribbling.
De brinde para os brasileiros, há a
Copa Libertadores da América, um
torneio que os fãs brazucas sempre
acompanham com carinho. Aliás, ca-
rinho é o que se pode dizer que a Ko-
nami teve pelos brasileiros: pela pri-
meira vez temos os vinte times da
série A (algo que já ocorria há alguns
anos na série Fifa), a presença dos
estádios Vila Belmiro e Morumbi, nar-
ração em português com Sílvio Luiz e
Mauro Beting e também a presença
do atacante Neymar na capa, junto
com o craque luso Cristiano Ronaldo.
ANÁLISE
ANÁLISE
FIFA 13
Bola Cheia
Infinidade de times licenciados
Jogabilidade mais robusta, sem gran-
des falhas
Gráficos melhores
Inteligência artificial do ataque e sis-
tema de dribles melhorados
PES 2013
Bola Cheia
Novo sistema de controle de bola
Copa Libertadores da América na
íntegra
Acessível, mas desafiador
Ritmo menos acelerado que na
versão 2012
Bola Murcha
Colisões bizarras e “sexuais”
Versão 2013 do Wii é uma mera cópia
da versão 2012
Bola Murcha
Modelos dos jogadores fracos
Inteligência Artificial da defesa e goleiros
aquém do desejado/esperado
COMPARATIVO
A briga entre Fifa e PES andava bastante parcial
para o lado da EA Sports, mas pela primeira vez
em três ou quatro anos, a franquia da Konami
“chega duro na dividida”. No entanto, a solidez
que Fifa 13 oferece é uma vantagem muito boa:
é difícil criticar com veemência o gameplay ou os
modos de jogo de Fifa 13.
O curioso, porém, é que o mesmo se pode falar
de Pro Evolution Soccer 2013. Fato é que nunca
antes na história deste duelo Fifa e PES estive-
ram tão próximos quanto agora.
Ambos os jogos trazem pontos positivos aos
montes e pontos negativos facilmente rele-
vados na hora do “vamos ver”. A questão
agora é preferência: o ritmo mais acelerado
de Pro Evolution Soccer 2013 ou o realismo
de Fifa 13? Jogar a Copa Libertadores da
América ou o Campeonato Russo? Sílvio Lu-
iz ou Tiago Leifert? Faça sua escolha, chame
seus amigos e divirta-se!
VEREDICTO
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