aspectos. Sua jogabilidade reciclada,
seus sustos forçados e seu excesso
de quick time events o tornam um
mero esboço da série, e mesmo aqui-
lo que ele faz bem - dublagem, histó-
ria, multiplayer - não é o bastante
para deixá-lo à altura dos clássicos da
série, que são até hoje referência na
área.
Desta vez, porém, fica a impressão
que a Capcom simplesmente não quis
ousar nem virar referência. Resident
Evil 6 é um jogo que não inova em
praticamente nada, e parece uma co-
lagem de cenas de ação mirabolantes
que se juntam para contar uma histó-
ria, o que torna o título, no máximo,
um game de ação competente. E
quando um jogo que carrega o nome
Resident Evil é apenas “competente”,
definitivamente há algo muito errado
acontecendo (e olha que é a segunda
vez que isso acontece só este ano).
Se não carregasse o título e os per-
sonagens da série, Resident Evil 6
até conseguiria se passar por um
bom game de ação. Mas nós cresce-
mos admirando Leon, Chris, Ada e
tantos outros personagens icônicos
da série, e acreditamos que eles me-
reciam algo melhor do que um game
que perdeu totalmente sua identida-
de e só conseguiu ser uma salada de
elementos que tenta agradar a to-
dos, mas pode acabar não agradando
nem mesmo o mais devoto dos fãs.
Recentemente um dos produtores de
Resident Evil 2 - Yoshiaki Hirabayashi
- afirmou que a Capcom poderia con-
siderar a hipótese de um remake do
segundo game da série, desde que
os fãs demonstrassem seu apoio ao
projeto. Nós gamers realmente deve-
mos nos unir por esta causa, visto
que um remake de Resident Evil 2 -
ou até mesmo o Resident Evil 2 origi-
nal, sem nenhum retoque - é muito
melhor do que a megalomania gené-
rica que a série se tornou.