tar para enchê-lo -, de modo que fica
difícil para o jogador ter uma noção
se está melhorando ou piorando a si-
tuação da cidade. Vale ressaltar que o
nível de caos na cidade influencia di-
retamente a trama, alterando inclusi-
ve o final de sua campanha.
Conforme avança no game, você pode-
rá conhecer melhor a bela porém deca-
dente cidade de Dunwall. Com um esti-
lo que lembra um pouco a Europa do
século XVIII, cada ambiente conta com
um forte apelo steampunk, com cercas
elétricas, enormes robôs bípedes e ou-
tras bizarrices tecnológicas, Dunwall
consegue cativar o jogador, mesmo não
Ao constatar que suas ações interfe-
rem na cidade e que a sede de vin-
gança do protagonista deixa suas
marcas no local, você deve ponderar
com cautela: quero salvar Dunwall,
ou prefiro vê-la cair? A ingrata cidade
merece uma chance para se reer-
guer? Em nenhum momento o jogo
lhe faz diretamente estes questiona-
mentos, mas isso fica implícito na
maneira como a história do protago-
nista e da cidade se entrelaçam no
Em sua parte técnica, Dishonored dá
um show. Seu design inspirado con-
segue impressionar até o mais céti-
co dos gamers, pois tanto cenários
quanto personagens esbanjam estilo
e autenticidade. O hiperrealismo é
deixado um pouco de lado, mas o
visual caricato dos personagens res-
salta suas características e lhes con-
cede muita identidade. Detalhes co-
mo poças de água, barbas malfeitas
ou a chama tremeluzente de uma
vela evidenciam o cuidado que a
produtora teve para que o game se-
ja bonito mesmo nos mais insignifi-
cantes elementos de cada cenário.