E se a Tectoy tivesse lançado o Playstation 32-bit? Pois isso quase aconteceu.

3 de março de 2017

E se a Tectoy tivesse lançado o Playstation 32-bit? Pois isso quase aconteceu.

A Tectoy foi fundamental para o sucesso da Sega no Brasil, mas a história dos videogames no nosso país poderia ter contado com um episódio muito interessante, caso uma parceria curiosa houvesse acontecido. Talvez impossível de se imaginar, mas sim, a empresa poderia ter sido responsável por lançar o Playstation 32-bit de maneira oficial por aqui.

O presidente da Tectoy, Stefano Arnhold, contou para o site UOL Jogos sobre este fato: durante o ano de 1994, o executivo recebeu um telefonema diretamente da Sony, com a proposta de fabricar e vender o console de uma empresa até então nova no ramo, aqui no Brasil. O sucesso da companhia em fabricação e divulgação dos consoles e seu conhecido atendimento na época, com direito a canal de dicas por telefone, foram fatores que animaram os executivos japoneses, que já olhavam para o nosso país em busca de mercado.

Mas a fidelidade com a Sega, que na época contava com o Mega Drive e seus upgrades, mais o Saturn, que estava chegando também e era concorrente direto do sistema da Sony, fez com que a resposta fosse não. E com certeza, uma resposta positiva teria mudado de maneira brusca o cenário dos videogames no país.

Como todos sabemos, o primeiro Playstation foi um sucesso por aqui, mas isso apenas aconteceu devido ao mercado cinza, com seus consoles importados e desbloqueados e a avalanche de jogos piratas que estavam em todo lugar. Tão raro quanto encontrar um jogo original de PSOne, era encontrar alguém que tinha visto um CD oficial. O Playstation 2 seguiu o mesmo caminho, sendo lançado no Brasil nove anos após o seu lançamento, em 2009. Hoje, a própria Sony cuida da distribuição e venda de seu Playstation 4, assim como seus jogos.

O Saturn, por sua vez, apesar de vendido no país, não era fabricado aqui, e até teve um bom começo, devido ao bom trabalho de marketing e games como Daytona USA, que acompanhavam o sistema e contavam com suas versões nos arcades “vendendo o peixe”, mas logo foi engolido pelo Playstation e pelo Nintendo 64, também vendido oficialmente no país, repetindo o cenário que assolou o console em todo o mundo, até a chegada do Dreamcast, em 1999.

Com o não da Tectoy, a Sony acabou desistindo, porém existiam outras empresas que poderiam ajudar neste sentido. Em 1994, a Playtronic, empresa que contava com parceria entre Estrela e Gradiente, fabricava e vendia os consoles da Nintendo no país, e também contava com um bom suporte e atendimento. Será que se a Playtronic fizesse como a Square na época, trocando a Nintendo pela Sony, o cenário dos consoles aqui seria outro?

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