RetroArkade – Kiss Psycho Circus: The Nightmare Child

3 de abril de 2022
RetroArkade - Kiss Psycho Circus: The Nightmare Child

Os integrantes do Kiss, especialmente quando usam suas famosas maquiagens e armaduras, seriam facilmente personagens de um jogo de videogame, não é mesmo? Pois em 1999, aproveitando o sucesso do disco mais recente, Psycho Circus, e também uma bem sucedida aventura nos quadrinhos, a banda estreou um game bem interessante, no Dreamcast e no PC.

Naqueles tempos, os games de PC estavam evoluindo, graças à consolidação do DirectX, e também pela evolução natural dos computadores, que já permitiam melhorias gameplay e gráficos bem melhores do que os jogos do início da década. Quake e Unreal são dois bons exemplos da evolução que os games de computador viveram nestes dias.

Assim, o Kiss também ganhou um shooter, para chamar de seu. Feito pela Third Law Interactive e publicado pela Gathering of Developers, os fãs do lendário grupo de rock e os fãs dos games de tiro (ou os fãs dos dois), puderam conferir um game bem interessante. Que unia o bom e velho tiroteio nos games, com uma trilha sonora (mais ou menos) muito especial.

O que foi o Psycho Circus?

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Para entender melhor o game, é interessante entender também o contexto do grupo no final dos anos 90. Psycho Circus foi o décimo oitavo álbum de estúdio do Kiss. Foi divulgado como o primeiro álbum a envolver todos os quatro membros originais da banda, coisa que não acontecia desde 1979.

Na verdade, Peter Criss e Ace Frehley, que já tocavam após muito tempo com Gene Simmons e Paul Stanley desde 1996, tocaram apenas algumas músicas do álbum, que celebraria o “retorno”. Tommy Thayer e Kevin Valentine foram quem tocaram bateria e guitarra na maioria das músicas, mas de qualquer forma, era um retorno, seja da forma que aconteceu, dos quatro membros originais. O suficiente para chamar a atenção dos fãs da banda e dos fãs de rock.

O disco surgiu após a turnê de reunião de 1996 e 1997, que foi bem sucedida. Um novo álbum selaria de vez o retorno da banda, que não acontecia desde Dynasty, de 1979. O conceito de Psycho Circus, segundo Simmons, surgiu como um tema de turnê do Kiss, mas também rendeu uma série de quadrinhos, que estreou um ano antes do álbum.

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Os quadrinhos foram publicados pela Image, a mesma Image de Spawn, e contaram com 31 edições. No Brasil, os quadrinhos chegaram em 1999, através da Abril. Após duas décadas de quadrinhos publicados pela Marvel, a banda se mudou para a editora de Todd McFarlane, justamente pela proximidade e admiração com Spawn.

Na época, Gene Simmons disse que “o conceito veio de nós. O Psycho Circus é um tema de turnê que estamos trabalhando, que podemos usar o título até para um álbum”. Os quadrinhos levavam os membros da banda como seres sobrenaturais, conhecidos como os “Quatro-Que-São-Um”: o Demônio, Amante Estrelar, Celestial e Mestre das Feras. Os quatro estão ligados a um misterioso circo, que atrai atenção de algumas pessoas para seus integrantes. É um prato cheio pra quem curte o jeitão Spawn de se fazer quadrinhos.

Já o álbum Psycho Circus vendeu 110 mil cópias na sua primeira semana, e conquistou boa reputação entre os críticos. O disco conta com 10 faixas, com a extra “In Your Face” disponível na versão japonesa. Já a edição limitada trazia, também, mais seis faixas de gravações ao vivo. O álbum também rendeu quatro singles: “Psycho Circus”, “We Are One”, “I Finally Found My Way” e “You Wanted the Best”.

E o game do Kiss e seu Circo Psycho?

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Com os quadrinhos e o álbum, faltava algo. E a “trilogia” se completou com um game. Baseado nos quadrinhos de mesmo nome, o game foi desenvolvido pela Third Law Interactive, sendo lançado primeiro para Windows, em julho de 2000. O Dreamcast, que usava Windows CE, teve a prioridade em um port, que chegou no final do mesmo ano, através da Tremor Entertainment.

Assim como nos quadrinhos, o game também assume a postura de carnificina e insanidade para a ação de FPS. A IGN, na época, classificou o game como um “beat ‘em up em 3D”, afirmando que apesar de ser um jogo de tiro, o que falava alto no game era o fim de “atirar em coisas e fazê-las explodir”. O gameplay, como todo game do gênero daqueles dias, tinha suas influências em jogos como Doom, assim como os contemporâneos Quake e Unreal.

Sua história envolvia os quatro grandes reinos: Água, Terra, Fogo e Ar, que, em harmonia, não libertavam a Criança do Pesadelo, uma entidade das trevas capaz de transformar tudo em caos. Os “quatro que são um”, no caso o Kiss, precisam evitar, com as armaduras dos Elders, o nascimento deste problema gravíssimo. E, para lidar com a situação, o game coloca o jogador em cenários insanos, inspirados nos quadrinhos, com hordas e hordas de inimigos.

A trilha sonora, como aguardado pelos fãs tem Kiss. Mas é curioso, pois, apesar do visual e influência dos quadrinhos, as músicas do Kiss, de forma geral, não combinam com o game. Entretanto, há outras músicas que não são da banda, que combinam melhor com o game. É esquisito, mas é assim que funciona.

Mas o grande problema aqui está na qualidade inferior do game. Como foi o primeiro game da Third Law, o jogo não oferecia a qualidade esperada, e desejada, uma vez que uma das maiores bandas de rock de todos os tempos estampava a capa, e que também era baseada em uma série de quadrinhos que fez o seu sucesso. As críticas ficaram entre o “ok” e o “terrível”, com o game recebendo críticas, principalmente, por ser algo genérico.

De qualquer forma, trata-se daquele capítulo especial dos games que merecem uma visita, seja pelo fã de games antigos e que gostam de FPS clássicos, ou pelos fãs da banda, que querem conhecer tudo o que o Kiss produziu em quase cinco décadas de história. Reflete um tempo nos quais os shooters em primeira pessoa evoluíam rumo ao formato que jogamos atualmente, e também uma época na qual o Kiss investia em outras mídias, incluindo games, muitos anos antes de videogames serem “algo legal” para músicos e bandas.

Shows do Kiss no Brasil

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Antes agendados para 2020, e adiados devido às questões envolvendo a pandemia de coronavírus, a Mercury Concerts, responsável pela KISS, End Of The Road World Tour no Brasil, havia reagendado os shows, que passam por quatro cidades brasileiras, para o final de abril e início de maio.

Assim, as datas definidas para os shows, em suas respectivas cidades, são as seguintes:

– Porto Alegre/RS, 26/04/2022 (terça-feira) – Arena do Grêmio

– Curitiba/PR, 28/04/2022 (quinta-feira) – Pedreira Paulo Leminski

– São Paulo/SP, 30/04/2022 (sábado) – Allianz Parque

– Ribeirão Preto/SP, 01/05/2022 (domingo) – Arena Eurobike

Os shows haviam sido anunciados em 2019, durante o Rockfest, em São Paulo. E, quem possui o ingresso desde a primeira venda de ingressos, não precisa fazer nenhuma troca ou substituição, pois eles continuam válidos. O reembolso não será aplicado, em virtude da Lei 14.046/2020, que pode ser conferida neste link.

No entanto, o direito à meia-entrada, em São Paulo, será garantido para quem comprovar que, nas datas originais do show, 16 de maio de 2020, possuíam o direito. Informações em relação às outras cidades podem ser encontradas abaixo:

Serviço

PORTO ALEGRE

  • Data: 26 de abril de 2022, terça-feira
  • Local: Arena do Grêmio
  • Abertura dos portões: 16h
  • Horário do Show: 21h
  • Classificação etária: 0 a 15 anos: entra acompanhado dos pais ou responsável – Acima de 16 anos: entra sozinho

Informações sobre ingressos: produtora Opus Entretenimento, ticketeira (https://uhuu.com)    

CURITIBA

  • Data: 28 de abril de 2022, quinta-feira
  • Local: Pedreira Paulo Leminski
  • Endereço: Parque das Pedreiras – R. João Gava, 970 – Abranches (PR)
  • Abertura dos portões: 15h
  • Horário do Show: 20h
  • Classificação etária: 0 a 15 anos – entra acompanhado dos pais / 15 a 18 anos – entra acompanhado de um responsável maior de 18 anos / Acima de 18 anos – entra sozinho

Informações sobre ingressos: produtora Opus Entretenimento, ticketeira (https://uhuu.com)

SÃO PAULO

  • Data: 30 de abril de 2022, sábado
  • Local: Allianz Parque
  • Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 1705 – Água Branca (SP)
  • Abertura dos portões: 16h
  • Horário do Show: 21h
  • Classificação etária:  14 (quatorze) anos desacompanhados. Menores de 14 (quatorze) anos poderão comparecer ao evento desde que acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais. Informação sujeita à alteração, conforme decisão judicial.

RIBEIRÃO PRETO

  • Data: 1º. de maio de 2022, domingo 
  • Local: Arena Eurobike
  • Endereço: Rua Edgar Rodrigues, 373 – Ribeirão Preto (SP)
  • Abertura dos portões: 16h
  • Horário do Show: 21h
  • Classificação etária:  14 anos: Permitida a entrada acompanhados dos pais ou responsáveis legais. De 16 anos em diante: Permitida a entrada desacompanhados.

Informações sobre ingressos: produtora BConcerts, ticketeira (https://uhuu.com)*

*Em Ribeirão Preto, a Mercury explica que houve a substituição da ticketeira “Ingresso Rápido” pela “Uhuu”, em razão de questões logísticas naquela cidade.

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