Parece que foi ontem, mas o Audioslave está comemorando 20 anos de história

18 de novembro de 2022

Se você era vivo em 2002, e já estava ao menos no Ensino Médio, com certeza sua vida era regada a aulas, videogames, rádios e MTV. E se gostasse de rock, com certeza esperava no Disk MTV a exibição do seu clipe favorito. E, a grande chance deste clipe ser do Audioslave era grande, uma vez que o grupo fez um barulho imenso quando lançou seu álbum de estreia.

Sim, Audioslave já tem duas décadas de legado.

O mais curioso é que a chamada “superbanda” nasceu após o final de outras duas bandas: Soundgarden e Rage Against the Machine, que haviam encerrado suas atividades (1997 e 2000, respectivamente), abrindo espaço para um novo projeto. As duas bandas, inclusive, são presença na vida do gamer daqueles dias.

Soundgarden é a banda que embala Road Rash com Rusty Cage, enquanto o Rage Against the Machine resgata a nostalgia daqueles que amavam Tony Hawk Pro Skater, com Guerilla Radio.

Vamos voltar para o Audioslave. Zack de la Rocha saiu do RATM, quando Tom Morello (guitarra), Tim Commerford (baixo) e Brad Wilk (bateria) trouxeram Chris Cornell, um já ex-Soundgarden, para cantar no projeto. O grupo foi montado em 2001, e há exatos 20 anos atrás, em novembro de 2002, o álbum de estreia, com o mesmo nome da banda (Audioslave) estreava nas rádios, já arrebatando as rádios e garantindo espaço na MTV, o “Youtube da época”.

Prova disso é que Like a Stone, do álbum de estreia, atingiu recentemente o número de um bilhão de exibições no Youtube:

Quando o Rage Against the Machine ficou sem Zack de la Rocha, o grupo até tentou seguir em frente com outro vocalista. Algo normal, inclusive, entre algumas bandas. Mas ninguém chegou a agradar para dar sequência à banda. Entretanto, no final, quem acabou assumindo os microfones da banda foi Chris Cornell, que nada tinha a ver com de la Rocha. Mas as diferenças, aqui, se tornaram em algo extremamente positivo. Além disso, o RATM estava disposto, a partir dali, ser um pouco menos RATM e tentar algo novo.

Afinal, a afinidade do agora trio, somada a influências do Soundgarden rendeu um grupo com uma sonoridade única. E variada. Desavisados podem até ouvir RATM e Soundgarden e achar que Audioslave é outra banda, com outros músicos. Mas a essência dos dois grupos, presente em membros de ambas as bandas, estava ali, além de uma química raramente vista em um bom grupo musical.

O “rap-rock” do RATM se expandiu para as novas sugestões de Cornell, que rendeu um álbum de estreia com muito dos dois grupos, mas que foi, naturalmente, usando essa expansão para criar algo único. O grupo durou até 2007, quando Cornell saiu da banda, após mais dois discos: o Out of Exile de 2005, e o Revelations de 2006.

Os músicos chegaram a se reunir com suas antigas bandas, mas o retorno com o Audioslave poderia ter acontecido em 2017. Mas, neste mesmo ano, Cornell faleceu, dando por encerrada um inusitado, interessante e excelente capítulo da história do rock.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui!

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