Lollipop Chainsaw (PS3, X360) review: carnificina de zumbis purpurinada
Embora muita gente já esteja cansada de zumbis, as empresas continuam apostando neles. Algumas acertam, outras erram, e há aquelas que ficam no meio termo. A Grasshopper se encaixa neste terceiro grupo, pois seu Lollipop Chainsaw não é nem de longe um game revolucionário, mas sem dúvida cativa por ser divertido, estiloso e “rebelde” como poucos.
A trama do game acompanha Juliet, uma jovem cheerleader que acorda em seu aniversário de 18 anos esperando uma dia de festa… até descobrir que uma praga zumbi dominou seu colégio, transformando todos os seus amigos em devoradores de cérebros.
Felizmente, Juliet é parte de uma longa linhagem de matadores de zumbi (?!) e já está devidamente preparada para lidar com este tipo de situação: armada com um par de pom-pons, uma enorme serra elétrica e toda sua elasticidade de cheerleader, a garota vai abrir caminho na marra entre os mortos, enquanto salva alguns de seus colegas e tenta entender o que está acontecendo.
Não é uma grande história, nem poderia ser: a graça de Lollipop Chainsaw está no fato dele nunca se levar a sério. O roteiro é bobo, as situações são forçadas, a violência é exagerada, o sexismo é absurdo… mas tudo isso contribui para que o game tenha identidade. Ele é quase como um beat ‘em up dos anos 90: não importa a história, simpesmente desça a porrada em todo mundo e pronto.
É mais ou menos como um filme de Quentin Tarantino: você sabe que muito do que está vendo beira o ridículo de tão exagerado, mas a maneira como estes absurdos se conectam é muito legal. Lollipop Chainsaw é assim: uma sucessão de absurdos, maniqueísmos, piadas e “escrotices” que, somados, até dão certo, embora cansem depois de algum tempo.
O visual estilizado do game se afasta do clima sombrio e sangrento dos demais games de zumbis. Lollipop Chainsaw é colorido (até demais!), os inimigos mortos explodem em glitter e purpurina, ou emanam arco-íris de seus pescoços cortados. O fato de tudo isso ser mostrado em um visual cel-shaded só enriquece o visual.
Para quebrar o clima purpurinado, o game é bem malcriado: temos palavrões (em inglês, claro), que aparecem em letras garrafais durante as cutscenes, ou no formato das onomatopeias de histórias em quadrinhos. Dependendo da sua idade, talvez não seja uma boa ideia deixar sua mãe te ver jogando Lollipop Chainsaw, caso o inglês dela seja bom, pois este é definitivamente um jogo bem boca-suja, todo mundo solta comentários e xingamentos bem pesados.
Neste mar de psicodelia de baixo calão, a trilha sonora se destaca: ela completamente roqueira e conta com músicas muito legais, que conseguem te deixar bem no clima do jogo. O sempre criativo (e até um pouco maluco) Suda 51 deixou a criatividade fluir, e conseguiu manter a identidade do jogo até na trilha sonora, que é daquelas que dá vontade de colocar para tocar no MP3, de tão legal.
As dublagens também são ótimas em sua maioria, e conferem muita personalidade aos personagens. Juliet pode até soar meio chata depois de um tempo (ela é dublada por Tara Strong, que emprestou sua voz para a sexy porém irritante Harley Quinn nos últimos games do Batman), mas o elenco de apoio, especialmente seu namorado (ou melhor, a cabeça de seu namorado), Nick, se destaca, pois solta comentários carregados de sarcasmo que vão te fazer rolar de rir.
Infelizmente, nem só de acertos é feito Lollipop Chainsaw: seu tom festivo, pulsante e malcriado pode acabar irritando depois de algumas horas de jogo. Sabe aquela piada que é repetida muitas vezes e acaba perdendo a graça? Pois é, é mais ou menos o que acontece aqui. O pessoal da Grasshopper não se ligou que “menos é mais”, e acabou levando a brincadeira um pouco mais longe do que devia. Toda a purpurina, a malcriação e a psicodelia acabam ficando cansativos.
Outro problema do game está em sua mecânica de jogo: embora conte com armas bem incomuns e suas habilidades atléticas, Juliet não possui a fluidez que deveria. Seus ataques primários não se conectam de maneira suave para formar combos, o que torna os combates um tanto travados.
Na segunda metade do game você até habilita alguns combos “de verdade”, mas são todos baseados em sequências de comandos pré-definidos pelo jogo. Faltou aquele “tempero” de jogos como God of War ou Devil May Cry, que permitem que você pegue os ataques comuns e misture-os como quiser, para criar seu próprio combo.
As animações um pouco desajeitadas tornam isso ainda mais evidente: parece que mesmo com toda sua elasticidade e agilidade, Juliet é um pouco desengonçada. E isso não é uma piada do jogo, ela parece desengonçada simplesmente porque as animações do game não são boas.
A câmera também não ajuda na hora da pancadaria: muitas vezes a câmera irá se colocar em um lugar que visa te dar um ângulo privilegiado da matança (ou da calcinha de Juliet), mas que te deixa perdido no meio da ação.
Em se tratando de inimigos, temos altos e baixos: a maior parte deles é essencialmente igual (zumbis…), mas os chefes são extremamente criativos, passando de zumbis roqueiros até outros hippies que parecem saídos diretamente dos anos 70. Há criatividade, mas o arquétipo de zumbi não permitiu muita variação na maior parte do tempo.
Para os fãs de zumbis e terror, temos muitas referências e “easter-eggs“: o nome da escola, San Romero, já é uma óbvia homenagem ao “especilaista” em zumbis George Romero, que dirigiu os mais importantes filmes de zumbi do cinema.
A falta de modos de jogo online ou algo do tipo tornam Lollipop Chainsaw um jogo sem grandes atrativos para novas partidas. Você destrava diversas roupas alternativas para Juliet (algumas bem minimalistas, como esta da imagem acima), mas para muitos este tipo de recurso pode não justificar outras partidas.
Em resumo, Lollipop Chainsaw é aquele tipo de jogo “ame ou odeie”: muita gente sem dúvida irá achá-lo ótimo, mas isso é mais pelo seu estilo do que pelo jogo em si. Se no quesito jogabilidade ele decepciona, não se pode negar que em termos de visual, trilha sonora e rebeldia, ele dá um show sangrento e purpurinado como poucos.
Jornalista, baterista, gamer, podcaster e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.
Contato: rodrigo@arkade.com.br
leandro(leon belmont)alves
só espero que quando compra-lo seja um bom game(porque todo game dessa nova geração que boto fé a critica esmaga cruelmente). embora uma cheerlearder bonitinha matando zumbis não tenha muito apelo. isso porque o termo zumbi, já está saturado. mas vou adquirir o game devido a Juliet mesmo. e esse biquíni dela a deixa atraente, se bem que claro,porque quando você enfrenta seres capazes de te contaminarem letalmente com uma mordida ou arranhão, nada é mais inteligente que expor o máximo de pele possível. mas o que eu sei né?(irônico)
Bruno
Eu pensei que não tinha jogo de zumbi mais zuado do que Dead Rising…
FeeH
Com certeza esse jogo é pra amar a Juliet kkkkk , ainda bem que eu já to com uma copia aqui pra jogar e vê se realmente ela é tudo isso kkkkkk.
Edimartin Martins
Esqueceram de comentar que a voz do nick é nada mais nada menos que Michael Owen Rosenbaum, o Lex luthor de Smallville.
Renan
É um game pra se descontrair, existem poucos desse hoje em dia, acho que vale por isso, é aquele game pra se relaxar depois de um dia tenso kkkkkkkkkkk
DanielWarfare
Só não recomendo jogar Dark Souls se você quer relaxar, tentei “relaxar” jogando o mesmo e quase matei a TV
KING OF KINGS
Dark souls devia ser banido para jogadores normal
Ana
Eu acharia engraçadíssimo de se jogar, se eu não tivesse um irmãozinho mais novo que simplesmente AMA me ver jogar qualquer coisa ):
DanielWarfare
Bem a unica coisa que posso dizer é que desconfio que quem jogar com aquela roupa(ultima imagem) com certeza ficara bem ocupado com uma das mãos…hehehe
leandro(leon belmont)alves
verdade Daniel, qualquer um faria o mesmo. heheheh
Wattylla Barbosa de Sousa
Esse game ficaria melhor com um tom mais sério(purpurina? arco-íris? fala sério).
KING OF KINGS
Jogo de zumbi serio tem um monte por ai
zecarlos
e …..na verdade a unica coisa que o game deixou claro desde o inicio foi no quesito grafico e trilha…realmente e bem legal…mas ja nos primeiros trailer dava pra notar esses problemas citados…principalmente no …enjoa rapido…o que incrivelmente demostra nos trailers…no fundo no fundo acho o game apelativo demais ,certamente jogarei ele depois,mas nao e uma prioridade
Clei
Não digo que é um jogo ruim, mas não é pra mim.
Vi muita gente empolgada por esse jogo(provavelmente pela protagonista ser uma colegial gostosa), mas tbm vi o gameplay e algumas criticas que também não me agradaram nada. Até gosto de uma temática no sense, mas não gosto dos jogos do Suda 51.
KING OF KINGS
Sei lá na minha humilde pniao esse jogo é uma perda de tempo e dinheiro
Matheus Humenhuk
Saiu! Deve ser muito massa eu vou comprar!
Depois de Dead Rising viciei nesse estilo den jogo :D
E Arkade por que não tem nota?
Aspira
Deve sair na revista, eu acho!
Renato Neto
cade a nota final?
Viciado em Games
eu estou esperando para comprar o jogo , estou muito animado , a avaliaçao critica é meio dura com o jogo mais espero q o jogo seja legal pois pensei q assasin´s creed revelations era chato mais depois q comprei adorei e nao consigui parar de jogar
Diogo Martins
lollipop Chainsaw loirinha biscate… a e totosinha
Maria Eduarda Ferreira de Farias
This game is more violence is a game very legal.A only thing I did not understand and because it has a head strapped to his leg.
Caio Lois
juliet é gostosa
Thalyssa Galvão
nossa Caio !!!!