Abragames apresentou no BIG 2022 mapeamento do mercado de games brasileiro

15 de julho de 2022
Abragames apresentou no BIG 2022 mapeamento do mercado de games brasileiro

Entender o cenário de games brasileiro ajuda os desenvolvedores e estúdios de várias formas. Com dados, é possível ver como anda o setor, além de observar aspectos a melhorar e oportunidades. Para isso, a Abragames apresentou, durante o BIG Festival 2022, evento realizado nos últimos dias 7 a 10 de julho, a 1ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games.

A organização, cuja sigla significa Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais, junto com a ApexBrasil, apresentou a pesquisa, que busca apresentar a indústria brasileira de desenvolvimentos de games, mostrando onde o cenário evoluiu, e como os desenvolvedores pode ir ainda mais longe.

Durante o evento, conversamos com Eliana Russi, Diretora de Operações da Abragames, sobre o que foi apresentado. Perguntei a ela sobre a presença de estúdios, que de acordo com a pesquisa, conta com grande presença de estúdios no Sudeste do país, com 57%. Mas ao mesmo tempo, tem visto crescimento em outras regiões, como no Sul (21%), Nordeste (14%), Centro-Oeste (6%) e Norte (3%).

Eliana disse que é muito interessante ver que, apesar de ter o Sudeste ainda com a maior concentração, a ascensão de regiões como o Centro-Oeste e Norte mostra que os desenvolvedores e estúdios estão se motivando a desenvolver seus jogos. Apesar das dificuldades, o maior acesso às tecnologias e disposição criativa da comunidade tem impulsionado pessoas de todo o país a desenvolverem jogos.

Ela também deixou claro que o Brasil não é mais o “futuro” dos games, e sim o presente. Já existem diversos projetos que envolvem desde empresas consolidadas no mercado, até jovens que, com o mesmo espírito de “bandas de garagem”, criam jogos interessantes e com potencial de destaque mundial. A Abragames, de acordo com Eliana, também entende que há pessoas que querem uma ampliação profissional, ou querem se manter sustentáveis apenas como “bandas de garagem”, e há oportunidades de negócios para ambos os casos.

“Temos um cenário cada vez maior e mais rico no Brasil, e o levantamento nos ajuda a compreender quem são esses estúdios, onde estão, o que estão fazendo e o que precisam para se desenvolver. Portanto, é mais uma ferramenta para que a Abragames possa apoiá-los da melhor forma possível a fim de gerar desenvolvimento como empresas, negócios e cases de sucesso”, explicou Eliana.

Outro tema levantado na conversa foi sobre a diversidade. Houve um aumento de mulheres trabalhando no desenvolvimento de games (29,8% hoje contra 15% em 2014). Além disso, mais da metade das empresas brasileiras (57%) afirmam ter uma força de trabalho diversa, com transexuais, idosos, estrangeiros, refugiados, portadores de deficiência, pessoas pretas, pardas ou indígenas.

Eliana disse que isso ajuda, de maneira positiva, nas questões criativas. Pensa que a diversidade ajuda a entregar gameplays variados, e histórias dos mais diferentes tipos. Acredita que, baseado no que foi falado anteriormente, independente do formato da empresa ou do projeto, seja um game tradicional ou um projeto que busque trazer algo mais direcionado a algum tema, a criatividade brasileira é diversa por natureza, o que, se estimulado, pode entregar jogos ainda melhores do que os atuais.

Outros dados da pesquisa falam sobre a presença brasileira no exterior, com 57% das desenvolvedoras afirmando terem vendido serviços e games para empresas de outros países no ano passado.

Os principais mercados consumidores das produções brasileiras são Estados Unidos e América Latina, que fizeram negócios com 55% e 53% dos estúdios brasileiros, respectivamente. Em seguida estão Europa Ocidental (49%), Canadá (49%), países de língua portuguesa (41%), Japão (37%) e China (24%).

Você pode encontrar a pesquisa completa no site da Abragames.

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