Análise Arkade: Bladed Fury traz arte impecável e ótimos combates

2 de abril de 2021
Análise Arkade: Bladed Fury traz arte impecável e ótimos combates

Disponível para PCs desde 2018, recentemente Bladed Fury (enfim) chegou aos consoles, e nós fomos conferir se essa jornada de vingança de uma princesa chinesa guerreira merece a sua atenção (e o seu dinheiro) ou não!

A fuga de uma princesa

Bladed Fury traz como protagonista Ji Jiang, a jovem princesa filha do Duke Kang, que, já nos primeiros minutos de jogo, é acusada de matar o próprio pai e vê seu reino cair nas mãos de Tian, um traidor sem escrúpulos que, para piorar, é também o marido de sua irmã.

Caçada pelos guardas que antes a protegiam, ela não tem outra escolha senão fugir da segurança do palácio. Claro que, como boa guerreira que é, Jiang não vai deixar a história terminar assim: ela vai partir em uma jornada par encontrar alguém capaz de ajudá-la a provar sua inocência.

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A história do jogo não é particularmente empolgante, mas aborda esses temas de honra e lealdade que são muito presentes na cultura oriental, e mistura-os em um mundo onde as barreiras entre o real e o sobrenatural se desfazem: além de guerreiros humanos, Jiang também vai encontrar demônios, espíritos e outras entidades místicas.

Exploração simples

Bladed Fury é, na prática, um jogo de ação e exploração 2D com uma pitadinha (bem pequena) de MetroidVania. A jornada é dividida em fases, mas o mapa de cada fase é relativamente grande, com caminhos opcionais que podem premiar a curiosidade do jogador com itens e pontos de experiência.

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Esse é o mapa de apenas uma fase

A exploração em si é bastante simples: basicamente, siga para a esquerda ou direita, entrando em portais e saltando por plataformas para alcançar novas áreas, ou, no máximo ativando mecanismos ou destruindo barreiras. Nada muito complexo.

Objetivos do tipo “acenda 3 lanternas” ou “encontre 5 pedras mágicas” são meio comuns ao longo do jogo, e essenciais para o progresso. Não é nada muito criativo, mas também não muito complexo.

Pancadaria afiada

Nos combates, o jogo traz um pouco mais de profundidade, mas sem exagero: Ji carrega dois tipos principais de armas diferentes, um par de espadas gêmeas para os ataques rápidos, e uma grande e pesada lâmina para ataques mais fortes. Combinar as duas armas aciona combos, e é possível tanto jogar os inimigos para cima e aplica air combos quanto “chutar” inimigos caídos para continuar batendo neles.

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É um estilo de combate rápido e bem visceral no melhor estilo hack ‘n slash. Porém, há espaço também para um pouco de estratégia: certos inimigos possuem escudos, que precisam ser derrubados com ataques pesados. Além disso, parry e esquiva também se fazem presentes, e são especialmente úteis contra arqueiros e inimigos que lançam projéteis.

Essa mistura de ataques rápidos e fortes é muito agradável, e o impacto dos golpes é bastante satisfatório. Ainda que não possa aplicar combos mirabolantes no estilo Devil May Cry, Ji é muito ágil, e em muitos aspectos, seus ataques são quase como uma dança.

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Essa plasticidade da movimentação fica ainda mais incrível graças ao charme do jogo em si, que ocasionalmente nos coloca para lutar atrás de painéis e vitrais, que nos deixam ver apenas as silhuetas da batalha. O resultado é muito bonito, confira abaixo:

Recrutando chefes

Outra nuance interessante do gameplay de Bladed Fury está no recrutamento de chefes e sub-chefes: depois que derrotamos alguns inimigos específicos, absorvemos o espírito dele, e podemos “sumonná-lo” para nos ajudar em outras batalhas.

Algumas dessas evocações causam dano direto nos inimigos, mas há também uma que nos cura, ou diminui a mobilidade dos adversários. Não há muitos inimigos recrutáveis no jogo, mas é interessante ver como suas habilidades afetam as lutas mais desafiadoras.

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Essa aranha é um dos chefes mais legais do jkogo

E, já que estamos falando em chefes, é válido ressaltar que as batalhas em si são muito legais. Por ter essa vibe meio folclórica, o jogo traz criaturas muito estilosas para a porrada: há cavaleiros de armaduras enormes, espectros fantasmagóricos e até uma aranha gigante com um rosto humano no traseiro (?!). As criaturas são exóticas, letais, e muito bonitas.

Audiovisual

Bladed Fury é um jogo que realmente sabe tirar proveito de sua temática em prol de sua direção de arte. O jogo tem um visual muito caprichado e colorido, bem característico ao de pinturas e obras de arte chinesas. Mais ou menos como Okami já fez, com a diferença que aqui a ação sempre rola no plano 2D.

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O visual do jogo e o estilo de movimentação me lembraram um pouco Drgon’s Crown, da Vanillaware, mas com uma pegada mais “China antiga”, e menos “fantasia medieval”. Sem cutscenes épicas, o jogo aposta em artes estáticas para contar sua história, mas faz isso com capricho, através de belas ilustrações que tem tudo a ver com o tema.

O departamento sonoro também se mantém nessa pegada, com faixas que tem uma aura bem “China antiga”. Talvez para manter a autenticidade, Bladed Fury tem diálogos somente em chinês, um idioma bem pouco acessível para nós, ocidentais. As legendas, infelizmente, só estão disponíveis em inglês. A história não é tão incrível assim, mas se quiser entender todos os diálogos, manjar um pouco de inglês é fundamental.

Conclusão

Bladed Fury não é um jogo particularmente longo — sua campanha não dura nem 5 horas –, mas ele consegue se manter interessante e mecanicamente divertido ao longo de toda sua duração. O sistema de combate, em especial, é muito fluido e responsivo: cada confronto é um prazer.

Análise Arkade: Bladed Fury traz arte impecável e ótimos combates

A breve jornada da princesa Ji acaba sendo especialmente recomendável para quem curte jogos de ação/hack ‘n slash bem diretos, sem muita enrolação. A primorosa apresentação audiovisual enriquece ainda mais o conjunto, pois o jogo é um deleite para os olhos.

Bladed Fury está disponível para PC, PS4 (versão analisada), Xbox One e Nintendo Switch.

Uma resposta para “Análise Arkade: Bladed Fury traz arte impecável e ótimos combates”

  • 3 de abril de 2021 às 00:57 -

    aki é rock

  • Gostei do estilo do jogo tem uma boa jogabilidade e que bela arte visual hein.

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