Análise Arkade: Cat Quest é um RPG old school, fofinho e muito divertido

5 de agosto de 2017

Análise Arkade: Cat Quest é um RPG old school, fofinho e muito divertido

Prepare-se se tornar o “Dragonblood” e salvar sua irmã de um bando de dragões malvados em Cat Quest, um RPG de ação que pode até parecer bobinho em uma primeira olhada, mas é muito legal, confira nossa análise!

Ué, mas não era Dragonborn?

Cat Quest busca inspiração em muitos RPGs famosos para nos apresentar sua história e seu universo. Nosso gatinho protagonista estava navegando com sua irmã quando ela é raptada por uma figura misteriosa.

Análise Arkade: Cat Quest é um RPG old school, fofinho e muito divertido

Coincidentemente (ou não), durante o naufrágio um símbolo aparece na cabeça de nosso protagonista: é a marca do Dragonblood, que comprova que só ele poderá derrotar ferozes dragões, que retornaram e estão aterrorizando o enorme continente onde se passa o game.

Confira abaixo os 11 minutos iniciais da aventura:

Assim, nossa missão é bem clara desde o início: devemos salvar a irmã do protagonista e chutar os traseiros dos dragões para bem longe do continente… cumprindo dezenas de sidequests, explorando dungeons e aniquilando centenas de monstros no processo, é claro, afinal, isso aqui é um RPG!

Um RPG “de raiz”

Lembra quando The Legend of Zelda era basicamente um enorme mapa visto de cima no qual éramos livres para explorar e irmos para onde quiséssemos? Cat Quest é exatamente assim, um mundo aberto das antigas com dungeons, cidades, ruínas e florestas salpicados por uma enorme área, que já está praticamente toda liberada desde os primeiros minutos de jogo.

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O mapa do jogo é bem grande.

Tudo da exploração às batalhas é feito em tempo real na mesma tela, sem “tela de batalha”, loadings, nem nada do tipo. Não podemos “entrar” de fato nas cidades, apenas interagir com os personagens (e murais de sidequests) que ficam do lado de fora. Dungeons e alguns prédios específicos  — como a oficina da ferreira ou os templos onde aprendemos magias — podem ser vistos por dentro, mas de resto toda a ação rola diretamente no mapa do game.

Isso garante muito dinamismo ao jogo, que vai se desenrolando com agilidade enquanto fazemos sidequests, ajudamos outros gatinhos e corremos de um lado para o outro cumprindo objetivos variados. Claro que não é aconselhável que você simplesmente saia explorando indiscriminadamente: a região norte é bem perigosa, e se resolver encarar um inimigo com um level muito maior que o seu, prepare-se para tomar uma surra!

Combate frenético, mas estratégico

Como já dito ali em cima, os combates de Cat Quest rolam em tempo real, na mesma tela em que rola a exploração. Sem pausas ou menus, aqui tudo é direto ao ponto, mas há uma pitada de estratégia para que possamos nos esquivar dos ataques inimigos.

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Tudo acontece direto na tela de exploração.

Nosso herói possui basicamente um tipo de ataque físico, mas conforme explora vai aprendendo magias (elementais, em sua maioria) que podem ser associadas à teclas de atalho e/ou nos gatilhos do controle para serem utilizadas rapidamente no calor do combate. Além disso, temos um movimento de esquiva/rolamento que é onde fica o fator estratégico dos combates.

Funciona assim: logo antes de um inimigo atacar, podemos vislumbrar uma “sombra” vermelha que mostra qual é a área de seu ataque, para podermos nos esquivar no momento certo e na direção certa. Falando assim até parece fácil, mas quando temos vários inimigos em tela ou chefes que carregam mais de um ataque simultaneamente, conseguir se esquivar de todas as “sombras” vermelhas (de diferentes formas e tamanhos) torna-se bem complicado.

Confira abaixo minha batalha contra um dos dragões (eu já estava meio overpowered para ele, mas tudo bem):

Não temos itens ou poções de cura e mana neste jogo: o medidor de mana é preenchido simplesmente atacando os inimigos, enquanto a barra de vida pode ser preenchida com uma magia de cura. Também é possível preencher ambas as barras tirando uma soneca rápida em qualquer cidade que tenha uma almofadinha à vista (fazer isso também salva o jogo). No geral, por mais direto e simples que seja, o combate de Cat Quest é bem emocionante, e entrega algumas batalhas bem divertidas.

Um detalhe interessante é que Cat Quest elimina o excesso de itens no inventário de forma muito criativa: se você já tem um capacete, por exemplo, e acha outro igual, o level dos 2 será somado, e você acabará com apenas um capacete (mais poderoso) em seu inventário. Quase tudo o que há em um RPG “comum” está presente aqui, mas apresentado de forma simplificada, didática e muito menos burocrática.

Audiovisual e referências

Não adianta enrolar ou querer usar termos técnicos: Cat Quest é simplesmente um jogo muito fofinho. Gatos por si só são fofos, e um jogo cheio de gatos — vestindo armaduras, usando chapéus de magos ou roupas de camponês — é simplesmente fofo demais. O character design é super simpático e cartunesco, de modo que até alguns monstros acabam sendo mais bonitinhos do que seria de se esperar.

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Não temos vozes aqui, e as legendas e menus infelizmente estão todos em inglês. E é fundamental que se tenha um bom entendimento do idioma não só para acompanhar a trama, mas também para sacar as toneladas de referências que os roteiristas colocaram aqui: são homenagens a Game of ThronesSkyrimZeldaNetflix, e por aí vai).Apesar de sua temática pseudo-medieval, este é um jogo que abraça a cultura pop contemporânea sem medo de ser feliz, e seu tom leve é recheado de piadas, referências… e trocadilhos com gatos, claro.

Algumas das sidequests por exemplo, são passadas por Kit, a ferreira (Kit Cat, sacou?) que sempre pede para que nosso herói busque uma carga roubada que é essencial para ela forjar algo. Quando vamos atrás de tal item, descobrimos que é simplesmente a nova temporada de algum seriado (The Walking Dead ou House of Cards, por exemplo), com algum trocadilho no título para fazer alusão ao universo felino do game.

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Isso é The Walking Dead com um trocadilho felino. ;P

A falta de vozes é compensada por um capricho especial na trilha sonora, que é original, orquestrada e muito boa. Ela também é imediatamente familiar para quem curte jogos como Zelda, Okami e Oceanhorn, pois tem a mesma vibe que consegue soar épica e bonitinha ao mesmo tempo. Efeitos de pancadaria e magias também são muito competentes.

Conclusão

Aquela famosa frase “não julgue um livro pela capa” cai muito bem em Cat Quest. Seu visual cartunesco e infantil pode dar a entender que estamos diante de um jogo bobinho para crianças, mas o que temos na verdade é um RPG que é simples em suas mecânicas, mas sólido e respeitoso aos primórdios do gênero.

Análise Arkade: Cat Quest é um RPG old school, fofinho e muito divertido

Confesso que eu mesmo torci o nariz para o jogo quando ele apareceu aqui na redação, mas assim que comecei a jogá-lo, qualquer preconceito com seu estilo “fofinho” se esvaiu, pois me deparei com um RPG “de raiz”, sem frescuras, cativante e gostoso de jogar. Se você está com saudade de um RPG mais old school, com mais ação e menos menus, sem dúvida deve dar uma chance para Cat Quest!

Cat Quest será lançado na próxima terça (08/08) com versões para PC, PS4, iOS e Android. Esta análise foi feita com base na versão PC do game, em uma cópia antecipada que recebemos da assessoria da PQube.

3 Respostas para “Análise Arkade: Cat Quest é um RPG old school, fofinho e muito divertido”

  • 6 de agosto de 2017 às 00:07 -

    bruno reis

  • ativar o windows huehuehue

    • 6 de agosto de 2017 às 03:41 -

      Rodrigo Pscheidt

    • Te juro que não é o que vc está pensando, hahaha.

      Recebemos um notebook gamer para testes da Avell, e eu estava jogando nele. Só que ele veio com a versão trial do Windows 10, hahaha. =/

  • 20 de setembro de 2019 às 11:20 -

    gabriela miranda do carmo

  • esse jogo parese divertido e fofinho

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