Análise Arkade – Combatendo o mal em família em Children of Morta

6 de novembro de 2019
Análise Arkade - Combatendo o mal em família em Children of Morta

Roguelikes temos aos montes. Cada um com suas contribuições para o gênero, e com potencial para agradar aos seus fãs. Children of Morta, da 11Bit Studios, vem com uma família inteira para apoiar na exploração do game, Dungeons procedurais, inimigos que exigirão atenção, e um jeito diferente de contar a sua história.

Também oferece a possibilidade de se jogar com um amigo, localmente, como nos bons e velhos tempos dos games de pancadaria dos 16-bits. Dito isso, venha conosco conhecer a família Bergson, e as suas aventuras, na proteção da montanha de Morta.

Casos de Família

Análise Arkade - Combatendo o mal em família em Children of Morta

Children of Morta nos apresenta à Família Bergson. Esta família, de guerreiros e guerreiras, lida, há gerações, com as maldições na montanha de Morta. Uma força do mal, a Corrupção, se alastra pelo mundo do game, levando morte e desolação por onde passa. É preciso, assim, unir forças entre os familiares, e se aventurar pelo monte libertando os espíritos que protegem a montanha, expulsando o mal e os monstros de vez do lugar.

Tal história, que é algo bem raro em se tratar de um roguelike, é contada como um livro de histórias. Um narrador apresenta os fatos, e mostra o que acontece com a família, em sua busca pela paz no lugar. São fatos que mostram, sempre, os laços familiares dos personagens, em meio a luta de gerações para o fim deste mal. A história, com apelo sentimental, serve como um elemento interessante do gameplay, e também para apresentar um pouco da personalidade dos familiares, os quais você controlará pelo jogo.

Análise Arkade - Combatendo o mal em família em Children of Morta

Os Bergsons, inclusive, vão se unindo a aventura conforme o desenrolar desta história. Com o seu avanço no game, mais membros ficam disponíveis, dando ao jogador, uma gama maior de estilos de guerreiros. Assim, você vai tendo, aos poucos, um guerreiro de escudo e espada, uma arqueira, um monge, e muitos outros, cada um com seu jeito próprio de jogar. E que, em família, geram um jeito diferente de upgrades.

Cada personagem evolui elementos próprios, mas outras habilidades são compartilhadas entre todos os membros da família. Isso faz com que o gameplay ganhe proporções diferentes, pois cada personagem explora as Dungeons com recursos diferentes. O jogo não “obriga” esta diversidade de personagens, mas estimula, permitindo que você jogue mais vezes, com mais personagens, focados no famoso “upar”, mas sem repetição.

Quem perde também ganha

Children of Morta segue um exemplo, a seu modo, bem interessante. Dead Cells oferece um sistema interessante, que “premia” o jogador a cada morte. E por aqui não é diferente. As dungeons, procedurais, oferecem uma rica variedade de conteúdo, mesmo que seja, na teoria “a mesma fase”. Basicamente, é um cenário, de visão isométrica, que oferece alguns andares para explorar e o chefe.

Você anda pelas dungeons, encontra os botões que abrem espaços novos, e assim caminha até encontrar o próximo andar, chegando ao chefe. No andar, inimigos dos mais variados tipos aparecem para incomodar. Cada um com seu ataque e maneira de se movimentar, o que exigirá atenção a todo momento. Mas, também há elementos de exploração, com espaços específicos que oferecem situações bem variadas.

Dá pra encontrar desde um item, um elemento importante da história, uma cutscene, ou até mesmo minigames, como um jogo da memória, ou ainda um jogo no estilo Pong. Dá só uma olhada num exemplo:

Há, também, upgrades temporários, que funcionarão de acordo com a sua partida naquela dungeon. Você ganha melhorias de ataque, defesa, ou velocidade, e segue em frente rumo ao seu objetivo.

E, a cada vez que seu personagem morre, tudo o que você acumulou, seja dinheiro, experiência ou itens principais, voltam com você na casa dos Bergson. Mais uma cutscene, e você poderá aparecer para avançar a história. E após uma possível parada na loja de upgrades de itens, ou de elementos, é iniciar uma nova partida, no mesmo lugar, mas em dungeons aleatórias. E assim o jogo segue até o seu final.

Estes elementos ajudam muito pois, mesmo procedurais, as dungeons pecam por serem repetitivas. É uma novidade aqui e ali, mas em um ambiente sempre muito igual, com uma dungeon oferecida melhor aqui, outra pior ali e assim vai. Essa variedade de conteúdo extra, além dos personagens diferentes para jogar, mascaram bem essa “repetição” das dungeons, e garantem sim um gameplay interessante.

Uma divertida exploração na montanha de Morta

Análise Arkade - Combatendo o mal em família em Children of Morta

História é um elemento dispensável em roguelikes. Mas Children of Morta conseguiu trazer enredo, de uma maneira simples, e eficaz. As cutscenes são curtas, e diretas. Servem mais para contextualizar. Com o seu visual pixelizado, que lembra muito Xenogears, temos um game que, se não reinventa o gênero, oferece interessantes elementos para somar no gênero.

Os inimigos estão no que se deve esperar de um roguelike decente, oferecendo desafio, e que te fará buscar aprender seus movimentos, seja dos inimigos comuns, ou dos chefes, para saber como atacar melhor. A jogatina em dupla também é interessante, e oferece diversão extra. As dungeons, procedurais, também são positivas, pois, mesmo que oferecem praticamente o mesmo sistema, trazem conteúdos variados.

Dito isto, podemos dizer que Children of Morta não é revolucionário, mas agrada de maneira positiva os fãs do gênero. A 11Bit Studios, que já tem games de peso em seu portfólio, como Frostpunk e This War of Mine, acrescenta mais um game muito interessante ao seu catálogo.

Children of Morta já está disponível para Xbox One, Playstation 4, Nintendo Switch, e PC. Para Xbox One, o game é compatível com teclado e mouse, em um esforço conjunto entre Microsoft e Razer.

Uma resposta para “Análise Arkade – Combatendo o mal em família em Children of Morta”

  • 6 de novembro de 2019 às 19:00 -

    Ronnie

  • Darei uma olhada nesse game. Valeu pelo review!

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