Análise Arkade: torne-se um super-herói honorário em Deadbeat Heroes

21 de outubro de 2017

Análise Arkade: torne-se um super-herói honorário em Deadbeat Heroes

Em um mundo onde há mais bandidos do que super-heróis, adivinhe quem precisa salvar o dia? Você é claro! Deadbeat Heroes nos coloca no papel de “aprendiz de herói” em plenos anos 70!

Heróis novatos

Deadbeat Heroes se passa na Inglaterra dos anos 70, época em que os vilões estão levando a melhor sobre os heróis. Para tentar reverter este quadro preocupante, o Captain Justice decide recrutar pessoas “normais” para se tornarem super-heróis honorários.

Como as pessoas normas não têm super-habilidades, Justice lhes concede uma enorme manopla que lhes concede alguns pseudo-poderes: você se torna capaz de realizar pulos duplos, andar por paredes e, claro, esmurrar malfeitores. Ah, e você também pode “absorver” os poderes de certos inimigos, no melhor estilo Mega Man!

Análise Arkade: torne-se um super-herói honorário em Deadbeat Heroes

Começamos controlando um sujeito engravatado chamado Felix, mas logo mais 3 personagens são recrutados. Não há diferenças de gameplay entre eles, são apenas “skins” diferentes. Ah, e um detalhe bacana é que ele pode ser jogado em modo coop local por 2 jogadores!

Pancadaria isométrica

Deadbeat Heroes é um jogo dividido em missões bastante simples. Cada missão é dividida em 3 etapas e, se você alcançar o score mínimo em cada uma, ganha acesso ao chefão. Ao derrotá-lo, um novo vilão ainda mais malvado surge, e o ciclo se repete.

Análise Arkade: torne-se um super-herói honorário em Deadbeat Heroes

As fases em si são simples, mas desafiadoras: entre em um ambiente e saia na porrada com os inimigos, aproveitando as habilidades de sua manopla para surrar os capangas. Se houver civis na tela, é uma boa ideia tentar salvá-los, pois isso lhe rende grana/pontos.

Confira uma fase completa no vídeo abaixo:

Por mais que a pancadaria em si seja simples, o gameplay é bem rápido e responsivo, o que é bem importante, visto que este é um daqueles jogos onde você deve jogar de forma estilosa: evitando dano, despistando inimigos e encadeando golpes para formar combos, quanto mais rápido e “cool” é o seu estilo, mais pontos você ganha.

É uma estrutura simples e funcional, mas que acaba se tornando um tanto repetitiva especialmente porque, caso você não alcance o placar mínimo, falha na missão e precisa refazer tudo. O mesmo caso você seja derrotado: se perder a batalha no chefão, vai ter que rejogar a fase toda. Ok, as fases são curtinhas, mas a falta de variedade é realmente notória.

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Este problema é minimizado conforme nosso amigo Captain Justice vai recrutando novos heróis. Quando seu time estiver maior, outro personagem pode assumir o posto de um um herói caído, sem ter que repetir tudo. Enquanto isso, o herói surrado fica um tempo na enfermaria da base, um detalhe simples mas bem simpático.

Audiovisual

Com um visual meio low poly bem colorido, Deadbeat Heroes não é necessariamente um jogo lindo, mas é ajeitadinho. Sua estética cel-shaded com balões de fala e onomatopeias lhe concede uma aura de história em quadrinhos, o que cai muito bem com a temática “super-heroica”.

Análise Arkade: torne-se um super-herói honorário em Deadbeat Heroes

A trilha sonora é boa: um jazz instrumental cheio de swing, mas ela acaba se tornando repetitiva com o tempo. O jogo está todo dublado — com o charmoso sotaque inglês da Inglaterra –, mas não possui legenda em nosso idioma. Ainda que não haja uma grande história acontecendo, os diálogos dos heróis e do “sindicato” dos vilões são bem divertidos e cheios de boas tiradas.

Conclusão

Deadbeat Heroes é um jogo divertido, mas que acaba tornando-se repetitivo por não oferecer nada que vá muito além do que é mostrado nas primeiras horas. Sua estrutura engessada só agrava este quadro, e a repetição aqui é mais frustrante do que estimulante — ao contrário do que acontece em Cuphead, por exemplo.

Análise Arkade: torne-se um super-herói honorário em Deadbeat Heroes

O fato dele poder ser jogado cooperativamente é bem legal, mas nem isso mascara a falta de conteúdo latente. Este é mais um jogo indie apadrinhado pelo selo Square Enix Collective — que já entregou muita coisa boa, como Tokyo Dark, Children of Zodiarcs e Black The Fall — e, honestamente, acho que é o título mais fraco do acervo deles.

Em resumo, Deadbeat Heroes não é ruim, mas também não é tão bom assim. É aquele tipo de jogo que diverte, mas logo cansa, e nem mesmo seu humor e seu charmoso sotaque inglês conseguem mantê-o interessante.

Deadbeat Heroes foi lançado em 10 de outubro, com versões para PC e Xbox One.

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