Análise Arkade: A experiência de um dos melhores RPGs já criados em Divinity Original Sin II: Definitive Edition

13 de setembro de 2018

Análise Arkade: A experiência de um dos melhores RPGs já criados em Divinity Original Sin II: Definitive Edition

Divinity: Original Sin foi um dos melhores RPGs já lançados. O game era altamente viciante, com um enredo e sub-enredos muito envolventes, gameplay fácil de aprender que permitia que o jogador criasse várias estratégias, e com inúmeras opções de diálogos e escolhas que tornavam a aventura única para cada jogador.

Lançado originalmente ano passado, Divinity: Original Sin 2 chegou com a promessa de melhorar tudo o que havia em seu antecessor. E agora com o game enfim chegado aos consoles em sua Definitive Edition, é hora de mais uma vez visitarmos o mágico mundo de Rivellon e conferir se o novo game conseguiu superar o original (Spoiler: Conseguiu sim!), então venha conosco e confira nossa análise completa do game!

Um mundo em crise, em que a magia se tornou crime

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Divinity: Original Sin II Definitive Edition se passa séculos após os eventos do primeiro game. Os povos de Rivellon seguiram suas vidas normalmente, e os eventos do primeiro game se tornaram lendas antigas. Apenas uma parte dos eventos do passado continuam frescas na mente de todas: A queda de Braccus Rex, um dos mais poderosos chefões do primeiro game.

A razão pela lembrança desse personagem ser tão forte se dá pelas inúmeras cicatrizes que ele deixou no mundo com suas maldades, uma das mais profundas cicatrizes sendo o medo e o preconceito contra os Sorcerers, pessoas que nascem com o dom mágico de poderem utilizar a Source, uma forma mística e especial de magia que existe no mundo do game.

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Por conta desse preconceito e da aparição dos terríveis Voidwokens, criaturas malignas vindas do Void, a dimensão do escuro e da maldade, que passaram a surgir em lugares em que a Source é usada, devorando os Sorcerers e matando todos ao redor, a Divine Order, a maior organização que existe no mundo iniciou uma caça sem precedentes a todos os que possuem os poderes da Source, não importando quem sejam: Adultos, crianças, Humanos e não-humanos.

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Todos os Sorcerers capturados são então levados para Fort Joy, uma isolada ilha que serve de prisão para os capturados, nesse lugar de puro sofrimento em que a Divine Order promete “limpar” a Source dos prisioneiros. E é aí que começa a sua história, no controle de um Sourcerer a caminho dessa terrível ilha, cuja vida será transformada por completo pela série de eventos que se seguirão nessa ilha.

Escolha seu personagem e monte sua história

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Divinity: Original Sin 2 tem uma história realmente fantástica, que se transforma constantemente de acordo com tudo o que acontecer em sua jornada. Começando pela escolha de seu personagem principal. O game mantém o sistema de party de até 4 personagens, sendo que um deles será o protagonista, com o qual você começará a aventura.

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O game oferece 6 personagens pré-estabelecidos, chamados de Origins, além de permitir que o jogador crie e customize seu próprio personagem. Os personagens Origins possuem histórias próprias que o jogador poderá seguir durante sua aventura. Esses personagens são: Lohse, uma cantora cuja mente é invadida por demônios, que busca uma forma de se libertar. Sebille, uma elfa ex-escrava com uma cicatriz que permite que sua mente seja controlada, que busca vingar-se de quem a escravizou. Ifan Ben-Mezd, um mercenário em busca de vingança pela morte de sua família e amigos. Beast, um anão que se rebelou contra sua rainha e fugiu para os mares, tornando-se pirata, cujo objetivo é deter os planos de sua antiga rainha. The Red Prince, um lagarto de pele vermelha, príncipe exilado de seu império, que tem como objetivo retornar ao trono. E por fim, Fane, um morto-vivo que despertou aeons depois de seu tempo, em um mundo totalmente diferente do que conhecia, com a missão de descobrir o que aconteceu com seu antigo povo.

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Cada personagem tem atributos, habilidades e características que os tornam únicos no mundo. E acredite, as diferenças são grandes! Ifan, por exemplo, é membro de um grupo mercenário inimigo dos elfos, o que prejudicará suas relações com membros dessa espécie. E Fane é um morto-vivo, por isso deve sempre esconder sua aparência esquelética dos vivos, para evitar assustar as pessoas e ser atacado gratuitamente.

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As interações vão muito além disso, cada NPC reagirá de diferentes formas a seus personagens, de acordo com suas ações, visual, raça, sexo e etc. Isso sem falar nas interações entre os personagens de sua própria party, algo muitíssimo divertido de se acompanhar! A minha party no game é composta dos seguintes personagens: O morto-vivo Fane como protagonista, acompanhado de Lohse, Beast The Red Prince. Cada um desses personagens possui sua própria quest pessoal, e cabe a você decidir ou não ajudar cada um a cumpri-la, criando diversas histórias com dezenas de acontecimentos diferentes!

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Mas lembre-se de tratar bem de sua party! Certas decisões que você pode tomar afetarão a atitude deles em relação a você. Se você ajudar os personagens em suas quests, eles gostarão mais de você, mas se você não ajudá-los e cometer atos questionáveis, como matar inocentes, por exemplo eles gostarão menos de você. E se a atitude deles for muito negativa eles poderão te abandonar definitivamente.

E assim, você seguirá em uma grande aventura para salvar o mundo dos perigos que estão escapando do Void, e para isso você deverá ascender o seu protagonista ao status de Divinity, o campeão dos deuses, dotado de imenso poder para encarar de frente o mal.

Monte sua própria aventura com total liberdade

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Sem dúvida alguma a melhor característica de Divinity: Original Sin 2 é seu novo modelo de quests, feito de uma forma tão genial e criativa que incentiva o jogador a interagir mais e mais com todos os personagens que encontrar. As quests do game são montadas de acordo com o progresso do jogador, abrindo diversos caminhos diferentes.

O primeiro game oferecia um sistema de quests simples, você recebia um destino para ir, e no meio do caminho conhecia personagens que lhe davam quests e sidequests novas, mas agora as coisas se tornaram bem mais dinâmicas. O game é composto de diferentes áreas exploráveis, começando pela ilha de Fort Joy. Você tem a ilha inteira pronta para ser explorada, mas primeiro, você deve conseguir fugir da prisão a céu aberto da ilha, confinada em um pequeno trecho da ilha.

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Existem dezenas de formas diferentes de se fugir dessa ilha, e cabe inteiramente a você decidir como fazer isso, bem como descobrir como fazer isso. A partir daí, você é livre para ir para onde quiser, a única restrição para seu progresso se torna simplesmente o level de seus personagens, pois muitas áreas terão inimigos bem mais poderosos do que sua party.

O sistema de quests do game funciona assim: O game agrupa as quests em um menu que lista quests relacionadas e atualizações de progresso, algumas quests são indicadas em pontos no mapa, mas outras não, ficando em aberto até que alguma interação a atualize. As quests não chegarão até você, elas lhe são apresentadas nos diálogos com personagens, o que é a melhor coisa presente no game!

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Quase todo NPC do game tem uma história interessante para contar, seja amigo ou inimigo. Você é livre para explorar os mapas do game do jeito que quiser, e as quests aparecem das formas mais criativas. Por exemplo, em Fort Joy eu parei para conversar com um simples cachorro, que me contou que sua parceira desapareceu e ele não conseguia encontrá-la, nos pedindo ajuda. Mais pra frente, fui atacado por um grupo de cachorros malvados, sendo obrigado a matar todos, só para então descobrir que um desses cachorros era a tal companheira, que eu não fui capaz de salvar.

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Em outro momento, encontrei um grupo de inimigos muito fortes que eu não conseguia vencer, deixei-os para trás e, explorando outros lugares, encontrei dois soldados querendo prender uma criança, resolvi ajudar a criança e matei os dois soldados. Mais pra frente, com meus personagens mais fortes, voltei ao grupo de inimigos que não conseguia vencer e derrotei todos, com isso, salvei um personagem que me contou que aqueles dois soldados que eu matei poderiam me ajudar em uma quest se eu falasse uma senha secreta para eles. As quests do game são assim, elas são dinâmicas, começam e terminam de formas diferentes de acordo com o como você interage com o mundo do game, abrindo inúmeras possibilidades!

O game incentiva a exploração livre e interação com NPCs. As quests surgem muitas vezes de simples diálogos, por exemplo ao conversar com um simples camponês que te dirá que viu algo estranho em certo lugar, ou falando até mesmo com um rato numa masmorra, que te dará dicas valiosíssimas. Aliás, uma dica de ouro: assim que possível, habilite o talento Pet Pal para pelo menos um de seus personagens, para que assim ele possa conversar com animais, que rendem diálogos muito divertidos e até mesmo várias quests!

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Dessa forma, a sua jornada no game será inteiramente sua, diferente da de outros jogadores, pois existem inúmeros fatores que influenciam as coisas de formas diferentes e únicas. E o melhor de tudo é que você não precisa sair lutando contra todo mundo na sua frente, mas se você quiser, você pode! Você pode escrever sua história da forma que você desejar, e o game não o punirá por isso (exceto é claro se você fizer muitas maldades), pois a evolução de seus personagens não acontece somente em batalhas, mas diálogos, itens chave, locais descobertos e avanços na história rendem XP a seus personagens, deixando-os cada vez mais poderosos.

Um gameplay cativante e seu excelente combate tático

Se você jogou o primeiro Original Sin, então vai se sentir em casa, pois o gameplay é essencialmente o mesmo. O game é um RPG tático em mapas ao estilo sandbox, em que você é livre para ir pra onde quiser, quando quiser. O game tem perspectiva isométrica, permitindo ainda que o jogador habilite uma perspectiva Top-down se quiser ter uma visão melhor de onde seus personagens estão pisando, algo bem útil em lugares com muitas armadilhas.

O combate do game segue o mesmo modelo de seu antecessor, mas com algumas atualizações muito bem-vindas. As batalhas ocorrem em turnos alternados entre membros da sua party e inimigos e funcionam através dos Action Points. Esses são os pontos gastos por turnos pare realizar ações, como andar, atacar, usar itens e habilidades especiais. O jogador é livre para realizar qualquer ação no turno de um de seus personagens, contanto que tenha Pontos suficientes.

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Uma das coisas mais divertidas do game original e que permanece aqui é utilizar a geografia e os elementos do cenário a seu favor. Há muito mais verticalidade aqui, quanto mais alto seu personagem estiver, mais bônus ele terá em ataques a distância, bem como maior alcance para esses ataques. A forma mais eficaz de dominar as batalhas é dominar o campo de batalha, de várias formas diferentes.

Se você estiver num cenário com água, por exemplo, poderá jogar uma magia de eletricidade, que se espalhará pela água no chão e afetará todos os personagens que estiverem molhados. Ou ainda você pode congelar a água, fazendo inimigos escorregarem ao andar. Você pode atirar num barril de óleo perto de um inimigo e soltar uma magia de fogo logo em seguida, gerando uma imensa explosão e espalhando chamas pelos cenários. Pode envenenar a água do cenário e causar dano em inimigos, e usar isso para sua vantagem caso você tenha um Morto-vivo em sua party, pois eles só podem ser curados usando veneno.

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As possibilidades de estratégia são muitas, e cada batalha poderá rolar de forma diferente, pois os inimigos também sabem usar todos esses elementos a seu favor. Saber não só quais ataques usar, mas também quando e como atacar fazem muita diferença. Incluindo o posicionamento inicial de sua party, você pode por exemplo separar os membros de sua equipe e fazer com que cada um entre numa batalha por um lado diferente, aumentando ainda mais a efetividade de suas táticas.

Audiovisual

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Divinity: Original Sin II tem um visual belíssimo. Os cenários do game são cheios de detalhes e visuais diferentes numa mesma área. Você pode estar andando por uma floresta verde e então encontrar ruínas de um antiga fortaleza, cheia de pedras e escombros, logo em seguida chegando a um pântano escuro e cheio de armadilhas e veneno.

E o mais legal é que, como já mencionado, os cenários são parte do gameplay, com todos os seus elementos podendo ser usados em combate, desde a menor poça de água até mesmo nuvens de vapor. Cada área do game é muito bem construída, com bastante profundidade, detalhes e muitos elementos deixando tudo muito bonito.

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O visual dos personagens também é muito bem feito, normalmente você jogará com a câmera afastada, para poder enxergar o máximo de elementos ao mesmo tempo, mas você pode aproximar a câmera e conferir bem os detalhes do game, em especial o visual das armaduras de cada personagem, cada uma com uma enorme riqueza de detalhes.

A trilha sonora do game continua no mesmo nível altíssimo do primeiro game, agora com um novo recurso muito interessante: Você pode escolher um instrumento tema para seus personagens! Funciona assim, na tela de criação de personagens, você pode escolher um entre quatro instrumentos: Flauta, Violoncelo, Viola e Violino. Quando você estiver no controle desse personagem, o instrumento selecionado adicionará melodias exclusivas durante as músicas! Em certo ponto do game, você terá a opção de re-editar todos os personagens de sua party, e poderá escolher um instrumento exclusivo para cada um!

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E um grande ponto positivo do game são suas dublagens. Todos os NPCs do game são dublados, todas as opções de diálogo, englobando todas as inumeráveis opções de falas, respostas e reações são dubladas, contanto inclusive com todos os diálogos entre os personagens de sua party. O trabalho de dublagem do game é simplesmente primoroso, contando ainda com um narrador que conta a história do game em todas as suas ramificações através das janelas de interação. Se há um game atualmente cujo trabalho de dublagem foi feito com real carinho e dedicação, acima de qualquer outro, esse game é Divinity: Original Sin II.

Infelizmente o game não possui localização para português brasileiro, então você precisará estar com seu inglês bem treinado, o que não é nenhum ponto negativo, pois o game é fácil de entender e acompanhar.

Conclusão

Análise Arkade: A experiência de um dos melhores RPGs já criados em Divinity Original Sin II: Definitive Edition

Divinity: Original Sin II Definitive Edition é sem dúvida alguma um dos melhores RPGs já lançados. Ele possui um enredo muito cativante, cheio de caminhos alternativos baseados em muitos fatores diferentes que tornarão a sua aventura realmente única.

O game oferece liberdade total para o jogador explorar e cumprir suas missões, contando com um mundo realmente vivo e com muitos personagens interessantes em todo o lugar que você passa. Esse é um game obrigatório para qualquer fã de RPG tático e principalmente para quem não é familiarizado com o gênero e quer ter uma primeira experiência.

Análise Arkade: A experiência de um dos melhores RPGs já criados em Divinity Original Sin II: Definitive Edition

A enorme quantidade de conteúdo que o game oferece, além de seu gameplay simples e viciante tornam toda a aventura do game muito prazerosa de se acompanhar, com um alto nível de desafio, quests muito divertidas e vários plot twists para todos os personagens que você puder controlar!

Divinity: Original Sin II Enhanced Edition chegou aos Playstation 4 Xbox One no dia 31 de agosto, o game foi originalmente lançado em sua versão básica nos PCs ano passado, mas agora sento atualizado para sua versão mais completa.

4 Respostas para “Análise Arkade: A experiência de um dos melhores RPGs já criados em Divinity Original Sin II: Definitive Edition”

  • 14 de setembro de 2018 às 03:05 -

    Plaza

  • Amei essa análise, apenas acho que podiam ter traduzido o game nessa versão completa, para atrair o público que gosta de RPG mas infelizmente só sabe o básico do inglês.

  • 7 de novembro de 2018 às 22:11 -

    THIAGO

  • Boa análise. Só esqueceram de algo importante: n tem legenda em pt

    • 3 de janeiro de 2020 às 06:28 -

      JOSINALDO J SILVA

    • O inglês do jogo não é fácil, são termos ber específicos que, em algumas vezes não encontramos no dicionário.

  • 3 de janeiro de 2020 às 06:27 -

    JOSINALDO J SILVA

  • Joguei o primeiro e gostei muito, e já comprei o a sequência mas, o que mais me incomoda é que não estamos mais na época do PS1, onde todos os jogos vinham em inglês ou japonês! O Brasil é o quarto país que mais consome jogos eletrônicos, sendo assim é inadimissível não ter o jogo, pelo menos com as legendas em português. Quem quiser jogar em inglês que jogue mas, o consumidor tem que ter a opção de jogar na sua própria língua!!! Por esse motivo não dou nota máxima ao jogo – pelo descaso com o gamer brasileiro!

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