Análise Arkade: Dragon Quest Builders 2, agora mais do que um Minecraft

19 de julho de 2019
Análise Arkade: Dragon Quest Builders 2, agora mais do que um Minecraft

Dragon Quest Builders é uma franquia recente, mas que mostrou que um jogo de aventura combina com uma temática de RPG e com mecânicas de construção ao estilo Minecraft. Desenvolvido pela Square Enix em conjunto com a Omega Force (uma subdivisão da empresa KOEI Tecmo) que é responsável pela série de jogos Dynasty Warriors, a série chega à sua segunda edição, provando que é capaz de ir além do básico.

História

Como no primeiro game, o jogador assume o controle de um criador (Builder), que tem a capacidade de criar as coisas simplesmente “rascunhando” uma criação em seu caderno — conhecido como Builderpédia ou enciclopédia do criador.

Começamos o jogo como prisioneiros, em um navio. Vou explicar: após os eventos do primeiro jogo, todo tipo de criação ou pessoa que se autodenomina criador/construtor é considerado um herege, pois uma nova ordem de clérigos decidiu que quem cria coisas é um fora-da-lei e precisa ser eliminado. Conhecidos como os Filhos de Hargon, estes clérigo eles estão à procura de todos os criadores para serem levados sob sua custódia.

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Após a cena inicial somos convocados por um dos guardas do navio para começar a entender como o jogo funcionará daqui para frente — um mini-tutorial. Aprendizado feito, o jogador vai parar em uma ilha deserta chamada “Ilha do Despertar”.

Lá, encontraremos 2 personagens: Malroth , um sujeito que não se lembra do seu passado; e Lulu, que estava no mesmo navio que você e irá lhe  ajudar em sua jornada. Eles serão grandes aliados em nossa aventura pelo mundo de Dragon Quest Builders 2.

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Conhecendo Malroth e Lulu

Após este encontro, estabeleceremos um local improvisado para dormir e ficaremos sabendo que existe mais uma presença nessa ilha, que, obviamente, precisamos averiguar.

Jogabilidade

Assim como no primeiro jogo, em Dragon Quest Builders 2 precisamos atender às demandas dos NPCs que encontramos para progredir. Houve um pequeno refinamento na jogabilidade: agora contamos com uma barra de experiência indicando o quanto falta para subirmos de nível, e muitas mecânicas do jogo vão sendo destravadas conforme o personagem evolui.

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Outra adição foi visão em primeira pessoa, que pode ser habilitada a qualquer momento. Ela ajuda bastante quando estamos em algum local fechado e/ou apertado. Além disso, agora podemos nadar — existe até combate subaquático! — e também planar, usando uma espécie de capa.

Combate

Com o refinamento da jogabilidade em si, também veio o de combate: agora atacamos com um botão específico que é próprio para o tipo da arma que utilizamos, e usamos as ferramentas de construtor através de outro botão, o que facilita bastante a vida da gente e evita confusões.

Outros tipos de armas e ferramentas serão liberadas conforme seu progresso no jogo, assim como algumas habilidades que ajudarão no combate, como o Spinning Attack que retorna do primeiro jogo. Também podemos criar armas para Malroth, que será de grande ajuda nos combates que teremos pela frente. 

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No geral, o combate tornou-se muito mais importante em Dragon Quest Builders 2, de forma que temos sempre que dar uma pausa nas construções e ir atrás de monstros para farmar um pouco de experiência. Por conta disso, é bom ver que o gameplay evoluiu para tornar esta área do jogo mais interessante.

Ensinando às pessoas a importância da criação

Assim como no primeiro jogo, aqui temos várias missões para cumprir. Quando chegamos à Ilha do Despertar, a quest principal é reconstruir um reino por ali… masnão podemos fazer isso sozinhos: para construir um reino, precisamos de ajuda. Assim que adquirimos a habilidade de criação, podemos ajudar os outros reinos a se reerguerem e se tornarem autossuficientes novamente, e é daí que nossa ajuda virá.

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Explicando: para aumentar o nível da Base (no caso, a cidade) precisamos fazer as missões que forem aparecendo. A maioria delas vai surgir na medida em que exploramos os locais, então exploração é a chave para o avanço na campanha em si.

A cada missão completada, os aldeões vão ficando mais inspirados a continuar trabalhando, o que nos rende pontos de afinidade. Esses pontos são pequenos corações que podem ser coletados para aumentar o nível da aldeia e assim avançar mais na história. São esses aldeões, devidamente ajudados e felizes, que irão nos ajudar em nossas construções.

Algo que achei interessante no game é que quando estamos no nível máximo da base (cidade) e precisamos reconstruir muros por conta de ataques dos inimigos, os próprios aldeões é que fazem o trabalho, poupando um pouco de tempo e mão de obra ao jogador.

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Quando seus domínios pela Ilha do Despertar já estiverem prósperos, você pode sair para explorar outras regiões. O mundo de Dragon Quest Builders 2 não parece ser tão grande, mas também não é pequeno demais. Há muitos locais que parecem ter sido inspirados na série Dragon Quest, e para liberar novos locais e áreas exploráveis, precisamos acumular pontos de inspiração, ou seja, o loop de gameplay “amarra” o cumprimento de missões à exploração de forma simples e eficiente.

Multiplayer Online

Uma das novidades do game agora é o modo multiplayer online. Após determinados eventos, somos apresentados a um portal de luz que aparece na Ilha do Despertar.

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Nesse portal é preciso criar uma ID de jogador, para que o sistema adicione você e sua ilha à rede, abrindo a possibilidade de que outros jogadores venham até a sua ilha para jogarem juntos.

Infelizmente não consegui achar ninguém ainda, mas é mais uma adição interessante ao jogo. Considerando que o jogo acabou de ser lançado no ocidente — e o portal só aparece depois de um tempinho de jogatina –, logo devem começar a surgir novas ilhas e visitantes.

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Também temos um Quadro de Avisos na ilha — foto abaixo…

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Por onde podemos ver as notícias da comunidade dentro do jogo: lá há concursos com as melhores fotos do dia e as melhores construções feitas pela comunidade — com a possibilidade de visitarmos estas ilhas para ver tudo de perto (lembrando que nessas visitas, não podemos mudar os arredores nem interferir nas criações dos outros players, ou seja, o intuito é apenas explorar e tirar fotos).

Audiovisual

No geral, a trilha sonora e gráficos se mantém quase inalterados se comparados ao do primeiro jogo, ou seja, um 3D bonitinho e colorido, com aquele traço estilo Akira Toriyama que é característico da franquia Dragon Quest.

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A cópia que recebemos para esta análise foi a de PS4, mas testei a demo do jogo no Nintendo Switch, e praticamente não há diferenças muito gritantes entre as duas versões. Claro que o console da Sony roda em uma resolução mais alta, mas no geral o game no Switch não deve nada à versão do PS4 em termos de desempenho, e o fator mobile “jogar em qualquer lugar” sem dúvida é um diferencial muito positivo para a plataforma da Nintendo

A trilha sonora se altera de forma dinâmica quando saímos de alguma cidade para o mapa aberto sem nenhuma intrusão de loading ou coisa do tipo, o que ajuda a manter o jogador imerso. Aliás, a+ trilha foi composta pelo compositor original da série Dragon Quest, Koichi Sugiyama, e traz o mesmo nível de qualidade que estamos acostumados a ver nos JRPG da saga.

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Infelizmente o jogo (mais uma vez) não recebeu localização para o nosso idioma, então, se não quiser ficar boiando na história — ou mesmo nos menus e tutoriais –, é importante que você consiga se virar no inglês.

Conclusão

Dragon Quest Builders 2 é aquele famoso caso de como uma receita já comprovadamente boa pode ficar ainda mais saborosa com novos ingredientes: trazendo boas novidades em termos de gameplay, multiplayer online (para até 4 players) e um refinamento geral da experiência, o jogo evolui a fórmula e expande a proposta original, tornando-a maior e melhor.

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Ou seja: quem curtiu o primeiro Dragon Quest Builders com certeza também vai gostar desse aqui, que tem um core bastante semelhante, mas traz novos elementos que potencializam a experiência, melhorando e aprimorando os conceitos apresentados no jogo de 2016. Se você curtiu essa curiosa mistura nipônica de JRPG com sandbox de construção, está aí uma boa pedida!

Lançado no Japão em 20 de dezembro de 2018 e no ocidente somente agora 12 de julho de 2019, Dragon Quest Builders 2 saiu para Nintendo Switch e Playstation 4.

* Quem assina esta análise é o convidado Stéphano Luiz.

Uma resposta para “Análise Arkade: Dragon Quest Builders 2, agora mais do que um Minecraft”

  • 19 de julho de 2019 às 20:38 -

    Helinux

  • Muito Bom!!!!

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