Análise Arkade: Encare uma viagem entre os sonhos e pesadelos de Dreaming Sarah

17 de junho de 2014

Análise Arkade: Encare uma viagem entre os sonhos e pesadelos de Dreaming Sarah

Em meio a tantos jogos que trazem doses gigantes de adrenalina, os jogos de plataforma continuam tendo seu espaço com sua simplicidade e sua dificuldade. É hora se sonhar (ou ter pesadelos) com Dreaming Sarah.

Atualmente temos muitos jogos que nos levam a adrenalina máxima. Os maiores exemplos disso são os FPS e shooters em geral, que há todo momento tentam nos impressionar com muitas explosões, tiroteios e mil coisas acontecendo ao mesmo tempo. Mas também a adrenalina não se limita à esses estilos: Jogos de plataforma também gostam de nos fazer arrancar os cabelos de tanta raiva e nervosismo. Exemplos práticos disso são games como La Mulana, Guacamelee!, Mr. Bree + e Aritana e a Pena de Harpia. Os dois últimos inclusive com reviews na Arkade, clique sobre seus links para conferir.

Fugindo de todas essas regras citadas, nós encontramos um espaço com muito terreno ainda a se explorar e é justamente nesse espaço que Dreaming Sarah se encontra. Mas de que forma ele se encaixa nesse espaço? É o que vamos falar nesse review!

Dreaming Sarah é um indie de plataforma para PCs, que se mistura a elementos de exploração e puzzles, criado inicialmente pelo programador Andre Chagas em 2009 e contando com composições sonoras de Anthony Septim e artes de Devi Ever, formando o estúdio Asteristic.

Análise Arkade: Encare uma viagem entre os sonhos e pesadelos de Dreaming Sarah

Buscando influências em lugares exóticos, a maior inspiração do jogo, segundo Chagas, é Yume Nikki, um game de exploração com elementos de terror que assim como Dreaming Sarah, também preza pelo envolvimento e pela expêriencia do jogador.

A história de Dreaming Sarah é bem simples — pelo menos a principio — e faz com que o jogador vá se envolvendo com cada pequeno diálogo, expressado por balões como em HQs, até que você se pega imaginando o porquê das coisas que estão acontecendo. O enredo gira em torno da protagonista Sarah, que se encontra presa em seus próprios sonhos, já que é mantida em um profundo coma.

Análise Arkade: Encare uma viagem entre os sonhos e pesadelos de Dreaming Sarah

Sarah começa o jogo com poucos movimentos, que no início se limitam apenas a andar, pular e nadar. Conforme se avança, a protagonista vai encontrando itens que a auxiliam na sua aventura, como um guarda-chuva que a faz planar e consequentemente, chegar a lugares mais distantes. Existem outros itens durante a jornada, essenciais da mesma forma, que servem para serem entregues a outros personagens durante o jogo ou para serem usados em eventos específicos. O jogo porém, não conta com inimigos, bastando apenas puzzles e obstáculos para dar trazer a dificuldade para o jogador.

Os gráficos de Dreaming Sarah são um dos seus principais destaques: Modelos pixelizados, cenários bonitos, variados e coloridos, além de personagens bem carismáticos, como a nossa protagonista, ditam uma boa harmonia em alguns momentos e um total desconforto (proposital) em outros. Fases com vários olhos observando seus movimentos causam uma espécie de medo; Em outro exemplo, uma fase em que a imagem se assemelha a uma televisão antiga com uma antena quebrada. Tudo isso para dar o clima e o envolvimento que o título se propõe.

Análise Arkade: Encare uma viagem entre os sonhos e pesadelos de Dreaming Sarah

Mas uma das coisas que mais chamam a atenção durante a jogatina é a sua trilha sonora. Uma mistura de músicas ora calmas, ora densas e sombrias, até o completo silêncio. Nesse jogo o som faz parte do gameplay, que torna a aventura e exploração mais prazerosa, mesmo com tons que se repetem, mas que conseguem ditar o seu ritmo.

Como o próprio site do jogo diz: “Não corra. Vá com calma, olhe em volta, observe tudo. Se você não consegue avançar mais, tente voltar à áreas que você já visitou. Você provavelmente descobrirá algo novo que não tinha percebido antes.” Isso faz Dreaming Sarah ser um jogo diferente de muitos outros que existem por aí com seu mesmo estilo plataforma, em que prezam pela adrenalina e os inimigos implacáveis, enquanto aqui vemos um jogo que se dedica a fazer você entrar na vibe para que tudo seja aproveitado ao máximo.

Análise Arkade: Encare uma viagem entre os sonhos e pesadelos de Dreaming Sarah

Dreaming Sarah se encontra disponível no SplitPlay, a marketplace brasileira de jogos indies e recentemente cativou o interesse da comunidade Steam, recebendo sinal verde no Greenlight.

E sinceramente, se pudéssemos comparar Dreaming Sarah com outros tipos de mídia, diria que com certeza ele está numa mesma onda que discos como “Another Green World” de Brian Eno, ou filmes como “Brazil” de 1985, dividindo harmoniosamente o espirito “relax, chill out“.

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