Análise Arkade: F1 2014 engata uma marcha para a frente e duas para trás, mas ainda diverte.

2 de dezembro de 2014

Análise Arkade: F1 2014 engata uma marcha para a frente e duas para trás, mas ainda diverte.

A tradicional franquia da Codemasters se despede da geração passada trazendo praticamente o mesmo jogo de 2013, com algumas mudanças, algumas legais outras nem tanto. Vem acelerar com a gente em F1 2014.

Junto com FIFA, PES, Madden e tantos outros, o jogo da Codemasters sobre a Fórmula 1 lançado “todos os anos anualmente” já está disponível para os jogadores, mas como sempre chegando ao final da temporada, já que as mudanças de regras e dos próprios carros das equipes durante a temporada impossibilitam a atualização constante.

Impossibilitavam, pois em 2015 Playstation 4 e Xbox One (além dos PCs) terão à disposição logo em março o F1 2015 com a tão necessária atualização de regras. A partir do ano que vem, se no meio da temporada a Ferrari trocar de motor ou inventarem de largar igual na Indy (com os carros em movimento), as atualizações conseguirão dar conta do recado.

E F1 2015 significa a despedida da franquia na geração passada que tem o seu adeus com este jogo o qual estamos analisando, o F1 2014. Pode até ser que outros jogos continuem a ser lançados, mas se tirarmos de base que antes do primeiro F1 para o PS3 e o Xbox 360 houve uma versão simplificada para PSP e Wii com os mesmos princípios técnicos, tudo que podemos entender é que se trata mesmo da despedida.

Então vamos lá juntos ver o que a temporada de 2014, vencida por Lewis Hamilton tem a nos oferecer nos videogames?

Cadê o modo Clássico?

Análise Arkade: F1 2014 engata uma marcha para a frente e duas para trás, mas ainda diverte.

Essa pergunta resume um pouco do que é o jogo em suas modalidades. Muito foi tirado ou simplificado do jogo para ficar mais “enxuto” e talvez mais rápido de se lançar. O modo carreira também está muito simplificado, desta vez você nem tem a “escalada” da equipe pequena para as de ponta, você já pode começar guiando uma Mercedes ou uma Red Bull. Claro que de acordo com a equipe, as metas e desafios são diferentes, mesmo assim poderia andar lado a lado com o modo carreira “tradicional” e oferecer ao jogador a possibilidade de escolher.

Por outro lado, os menus estão mais diretos ao ponto e práticos, só que ainda não inventaram um botão para pular os longos e chatos tutoriais dos jogos da Codemasters (principalmente quando você já está acostumado com eles).

Visual de primeira e som de segunda (igual no ano passado)

Análise Arkade: F1 2014 engata uma marcha para a frente e duas para trás, mas ainda diverte.

O jogo continua impressionante em seu visual, porém não mudou nada. Provavelmente eles alcançaram o limite no ano passado e preferiram manter o “time que ganha não se mexe”. Os carros estão bem detalhados, com todos os adesivos e peças que tem direito e dois carros que são bonitos na pista continuam bonitos em especial nos consoles: a McLaren e a Lótus.

Já na dublagem, derrapagens. Ela é competente e cumpre seu papel de informar e direcionar o jogador. Quem não tem prática com o inglês vai curtir muito as dicas dos mecânicos e as ordens de visita aos boxes. Porém a impressão de clima de corrida é zero! Não tem um chiado de rádio, uma voz mais “arranhada” pelas frequências, nada. É alguém com voz de narrador de canal de televisão falando pra entrar nos boxes e isso não dá clima nenhum.

A maioria das mudanças foi por causa do regulamento

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Sim, o jogo teve algumas mudanças, mas a maioria delas foi por causa do próprio esporte e este ponto a Codemasters merece sempre aplausos por conseguir lidar com tanta regra confusa e que muda a todo tempo. Entre as mudanças, temos a introdução do ERS (substituto do KERS) que coloca por 33 segundos 160cv a mais nos carros e os novos bicos. Com isso, mesmo no modo mais fácil as corridas conseguem ganhar um pouco mais de intensidade.

Com isso os carros estão mais equilibrados e parecidos com seus desempenhos reais. Se você viu em 2014 uma temporada com mais ultrapassagens e disputas por posições, nos videogames a situação ficou semelhante. As mudanças, embora malucas, ajudam a manter o equilíbrio e evitar “monopólios” no grid, embora mesmo assim isso sempre acontece (Aconteceu com a McLaren de Senna em 1988-1991, com a Williams entre 1992-1995, com a Ferrari na “era Schumacher”, com a Red Bull e hoje com a Mercedes). E trazer estas mudanças, incluindo os novos motores V6 com barulho de cortador de grama, ajudaram o jogo em sua competitividade.

E quanto as pistas, agora temos além dos tradicionais Interlagos e Mônaco, as novas pistas de Sochi na Rússia e de Austin, nos Estados Unidos. De novo, o real influencia no videogame: enquanto as pistas tradicionais garantem desafios interessantes, as novas são muito chatas. Sim, Yas Marina é bela e fantástica, mas enquanto pista não tem o mesmo charme que Monza, por exemplo.

Divertido de se guiar, mas sem muitos desafios pra quem quer algo mais

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Sabe aquele papo de colocar no easy, sair acelerando ultrapassando todo mundo e chegar em primeiro com um minuto na frente do segundo? Acabou. Mesmo dominando os controles, você só conseguirá isso se for de fato um ás dos volante caso seja bom de verdade. Uma coisa interessante aqui é que logo quando se começa a jogar, o game te coloca em uma volta para ver o seu desempenho para sugerir uma dificuldade para começar.

Mesmo assim, F1 2014 se mostra limitado para quem quer um “algo mais”: se você procura algo pra jogar sem pretenção nenhuma, tem um jogo muito divertido com a jogabilidade Codemasters de sempre, mas se quer algo que faça seu volante exigir o máximo de seu desempenho, esqueça. A sensação de que está seguindo um trilho ainda acontece mesmo quando está com tudo desligado. Sim, é divertido e gostoso guiar um F1 aqui, mas quem procura mais desafios pode se decepcionar.

Até 2015!

E em breve teremos o F1 2015 chegando na nova geração. Como falei anteriormente, o mesmo “laboratório” que foram as versões de Wii e PSP para o lançamento posterior de PS3 e X360 foram sentidos aqui. Não vemos evolução, pois elas devem estar sendo preparadas para a futura versão. O que temos é um F1 2013 com capa de 2014, sem muitos de seus recursos mas com ideias que podem ser o novo padrão daqui pra frente. Divertido como jogo de corrida, mas decepcionante como um real simulador da categoria, F1 2014 já está nas prateleiras e vale uma olhada para aqueles que gostam dos jogos da Codemasters e de corrida em geral.

3 Respostas para “Análise Arkade: F1 2014 engata uma marcha para a frente e duas para trás, mas ainda diverte.”

  • 2 de dezembro de 2014 às 20:42 -

    Evaldo

  • O padrão de qualidade da franquia caiu muito com o 2014. Eu posso até entender a ausência do logo de bebidas, mas os outros detalhes são imperdoáveis: a falta do logo da SAP na McLaren, as telas de LCD genéricas, a Lotus com o display no volante, a Ferrari overpower, a Williams com o volante de 2013 (ridículo!), além de outros detalhes citados na matéria. O 2014 acabou com a imersão de quem busca uma experiência mais profunda, espero que o 2015 seja melhor, afinal é um bom simulador.

  • 3 de dezembro de 2014 às 08:30 -

    zecarlos

  • na verdade a serie comecou a  ir ladeira abaixo a partir do f1 2012….que particularmente ainda acho  o ponto alto da serie…..pra mim …..a pior coisa foi o jogo comecar a facil,mesmo na dificuldade maxima….que de maximo nao tem muito nao hehehee infelismente a serie esta se tornando so mais um game de corrida na prateleira…o que na verdade ja era de se esperar

  • 19 de fevereiro de 2018 às 17:13 -

    Luiz Olavo R. Pereira

  • Achei o F1 2014 muito legal mesmo, só tem um porém, a jogabilidade, no sentido de direção é muito dura, bem que poderia ser mais malheável, pois muitas vezes o carro não faz curva como deveria ser, como jogo com o teclado, tem quer forçar muito para conseguir fazer as curvas, e não estou conseguindo uma maneira de deixar a direção mais leve.

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