Análise Arkade: Impostor Factory (ou To the Moon 3) e suas profundas emoções

4 de outubro de 2021
Análise Arkade: Impostor Factory (ou To the Moon 3) e suas profundas emoções

Demorou, mas o novo game de Kan Gao e da Freebird Games finalmente foi lançado! Impostor Factory, ou “To the Moon 3“, já está disponível com sua nova história pelo mundo das memórias!

Venha conferir nossa análise completa do game, e já deixe alguns lenços preparados pois essa é mais uma aventura carregada de sentimentos!

Um misterioso assassinato num loop temporal

Análise Arkade: Impostor Factory (ou To the Moon 3) e suas profundas emoções

Impostor Factory se inicia de forma bem diferente de seus antecessores, colocando o jogador para encarar um verdadeiro caso de detetive. No controle de um homem chamado Quincy, você é convidado para uma festa em uma luxuosa mansão de uma família muito rica.

Chegando lá, tudo parece normal, apesar de estranho. Quincy é recebido pelos empregados da família e é instruído a ir até a sala de visitas para conhecer os anfitriões da festa. Ele então se depara com uma misteriosa mulher chamada Lynri. E alguns momentos depois, Quincy encontra os anfitriões da festa mortos, de forma extremamente brutal.

Análise Arkade: Impostor Factory (ou To the Moon 3) e suas profundas emoções

E não apenas isso, sempre que ele vai ao banheiro e lava suas mãos, o tempo reinicia, transportando-o para o início de tudo, no momento em que entra na enorme mansão. E agora ele precisa entender o que está acontecendo, pois os assassinatos continuam, cada vez de uma forma diferente.

Quincy então deve tentar descobrir quem é o assassino, por que o tempo está sendo reiniciado, que segredos Lynri está escondendo e… o que realmente está acontecendo por trás de tudo isso!

Uma sequência de To the Moon, ou não?

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Os trailers e a própria página de Impostor Factory na Steam levantam esse questionamento deixando mais perguntas do que respostas. Afinal, esse game é mesmo To the Moon 3?

Bom, não tem forma fácil de responder essa pergunta sem entrar no campo de spoilers. Então desde já peço desculpas por isso. Mas sim, Impostor Factory é realmente uma sequência. E uma sequência muito bem feita que consegue transformar a história em algo totalmente novo, mas familiar. E é claro, já deixando espaço para mais continuações (que estou genuinamente ansioso para jogar!).

Análise Arkade: Impostor Factory (ou To the Moon 3) e suas profundas emoções
Rozbô é completamente hilário!

O game não exige que você tenha jogado os games anteriores, To the Moon, A Bird Story e Finding Paradise, mas é altamente recomendável que você jogue, pois há muitos elementos e referências diretas a esses games, além é claro que esse game faz parte da história completa da série.

E, se você ainda não jogou esses outros games, então não perca tempo e jogue-os! Além de serem bem baratinhos, são games curtos, simples e incrivelmente emocionantes. E esse último quesito é o ponto principal de análise de qualquer game da Freebird Games.

Feels… Feels para todos os lados

Análise Arkade: Impostor Factory (ou To the Moon 3) e suas profundas emoções

Impostor Factory continua seguindo a brilhante tradição da Freebird Games de criar games simples mas imensamente imersivos e emocionantes. Misturado com doses enormes de humor, memes e muitas coisas bastante inesperadas!

O game prende de uma forma muito poderosa, pois a todo momento nos deparamos com alguma situação completamente inesperada enquanto jogamos, como por exemplo ver uma enorme sequência de plot twists um seguido do outro, ou participar de diálogos incrivelmente hilários e absurdos, dar de cara com um gato que anda em duas patas e se estica indefinidamente. O game tem de tudo!

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Quincy, Rozbô e o gato que estica. A melhor e mais improvável party!

E na parte emocionante o game consegue atingir profundamente e causar uma verdadeira cachoeira de lágrimas. A história contada em Impostor Factory é tão simples e tão bonita, regada a muitos momentos de muita alegria e profunda tristeza, que nos faz torcer por seus personagens pixelados a cada novo diálogo e informação compartilhada.

Acompanhar tudo sem entender nada, com Quincy indo para um lado e para o outro e tentando desvendar os segredos de Lynri, até finalmente entender tudo o que está acontecendo ali, é realmente mágico. O game dura cerca de 3 ou 4 horas, jogando de forma direta e explorando bastante os cenários e diálogos. Mas essas poucas horas são muito bem aproveitadas.

Audiovisual

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Não há muito sobre o que falar em questão de visual, pois assim como seus antecessores, Impostor Factory foi criado usando a clássica engine RPG Maker, dessa forma, seu visual como um todo é bem simples. Porém, o game oferece várias animações diferentes para seus personagens, nada muito elaborado, mas que deixam as coisas mais interessantes.

Porém, os cenários são bem feitos, principalmente os trechos com campos de flores e de natureza aberta que aparecem de vez em quando. Mas, nada muito além disso. Afinal, o propósito do game não está em focar num visual incrível, mas na história que conta. E nesse ponto, as animações combinam muito bem com os diálogos e cenas.

Análise Arkade: Impostor Factory (ou To the Moon 3) e suas profundas emoções

Na parte sonora o game mais uma vez é incrível. Sua trilha sonora inteira é impecável e incrivelmente emocionante, composta e performada pelo próprio Kan Gao. Com diversas músicas em piano e algumas em estilos bem cômicos e divertidos, sempre combinando com o momento.

O game conta com localização em português brasileiro! Há alguns erros de tradução e ortografia, bem como confusão de idiomas em algumas falas, mas o trabalho foi bem feito, principalmente nas gírias e expressões, sendo a mais comum de se ver é “Mas que cachorrada!” quando Quincy fica irritado ou assustado.

Conclusão

Análise Arkade: Impostor Factory (ou To the Moon 3) e suas profundas emoções

Impostor Factory é mais uma bela história contada pela Freebird Games. Sem fugir muito de seu padrão ou inovar em suas mecânicas, em termos de gameplay ele segue na mesma fórmula de seus antecessores, com puzzles bem simples para o jogador resolver para seguir em frente.

Mas sua história surpreende e emociona de formas grandiosas. Não há como “medir” emoção, principalmente em relação aos games anteriores, visto que cada um deles possui um tema, mas Impostor Factory é incrivelmente emocionante e cativante do começo ao fim, principalmente quando os segredos da história começam a ser desnvendados.

E apesar de você não precisar jogar To the Moon e Finding Paradise, é altamente recomendável que você faça isso, principalmente para ter uma compreensão mais completa de sua história.

Impostor Factory foi lançado no dia 30 de setembro na Steam. Essa análise foi escrita com base na versão de review que nos foi gentilmente cedida por Kan Gao e pela Freebird Games.

2 Respostas para “Análise Arkade: Impostor Factory (ou To the Moon 3) e suas profundas emoções”

  • 4 de outubro de 2021 às 20:40 -

    Carlo Henrique

  • Achei ótimo que fizeram uma dedicatória pro Jordan Baer nos créditos, nos créditos do To The Moon Minisode 2 aparece uma mensagem pedindo apoio pra tratar a doença dele. Se eu não me engano, ele acabou morrendo em Maio de 2020, inclusive [SPOILER!!!!]………….. Aquele lance todo de doenças terminais no jogo eu achei que talvez fossem referências a ele, que até onde eu sei, já era muito doente desde 2000. [FIM DO SPOILER] A celebração de Impostor Factory não deixa de ser um adeus e uma homenagem a esse pixel artist que ajudou tanto a série a emocionar e contribuiu com o mundo dos videogames.

  • 7 de outubro de 2021 às 11:03 -

    João

  • Como é o nome da doença da linry?

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