Análise Arkade: Let Them Come é você, uma metralhadora e hordas de aliens assassinos

Acha que tem o que é preciso para sobreviver a hordas de alienígenas que invadiram sua nave? Pois chegou a hora de provar isso com Let Them Come, joguinho simples, mas estiloso e muito desafiador!

O último sobrevivente

Let Them Come coloca o jogador na pele de Rock Gunnar, mercenário que é o último sobrevivente de uma nave infestada de aliens malvados. A única coisa que separa você da morte é uma imensa metralhadora fixa– a famosa minigun — e algumas variações de explosivos e armas de curto alcance.

Sua missão é apenas uma: sobreviver, e impedir que os inimigos cheguem até você. As hordas de alienígenas são enormes e implacáveis, e seu arsenal é limitado. Boa sorte.

Mate. Morra. Equipe-se. Repita.

Let Them Come é um jogo tão simples — em termos de mecânicas — que parece até um jogo pensado para smartphones. O personagem fica parado no canto esquerdo da tela, e o que controlamos é basicamente a mira da metralhadora.

Você invariavelmente vai morrer, mas ao fazer isso consegue acessar seu inventário e dar uma turbinada no seu arsenal. Existem dezenas de coisas para você comprar, desde diferentes tipos de munições (explosivas, perfurantes) até granadas, coquetéis molotov e outros mimos com grande poder de destruição.

Isso tudo é para manter os inimigos afastados. Quando eles já estiverem em cima de você, será necessário usar algo para rechaçá-los. Aí entram em cena facas, bastões e até uma motosserra.

Conforme enche um medidor de dano, você pode liberar alguns perks que também são bem úteis: há um drone que aumenta seu poder de fogo, um segundo cano para sua metranca ou mesmo alguns arames farpados que atrasam o progresso dos inimigos.

Confira um pouco de gameplay abaixo:

O que você viu aí em cima é a rotina de Let Them Come: sobreviva o máximo que puder, e quando morrer, gaste sua grana em armas e perks e repita o processo. Depois de um número (bem grande) de hordas, você enfrenta um chefe, e se passar por ele, aquela área está “limpa”. Aí vemos Rock carregando sua minigun para outra área da nave, e tudo começa novamente.

Audiovisual

Let Them Come conta com um trabalho em pixel art realmente surpreendente. É incrível como os desenvolvedores conseguiram criar efeitos de iluminação e sombra tão bons usando apenas pixels de diferentes tonalidades. Esse é aquele tipo de jogo 2D que conta com muita profundidade, especialmente pelas técnicas de arte e animação empregadas.

Sem falas, tudo o que temos é o som dos tiros, explosões e urros dos aliens. A trilha sonora levemente retrô fica por conta do grande aparelho de som que Gunnar carrega pela nave. Conforme avançamos, encontramos fitas cassete (sim!) que adicionam novas faixas.

Um detalhe simpático e interessante é o medidor de energia do game: como no Doom original, temos o próprio rosto do personagem no rodapé, que vai ficando mais “detonado” e sangrento conforme ele toma dano. Porém, a cabeça dele é muito expressiva, fazendo caretas e parecendo gritar de ódio enquanto fuzila os aliens. Tipo assim, ó:

Legal, né? É apenas um detalhe, mas é bem charmoso.

Conclusão

Let Them Come é um jogo simples e repetitivo, mas acaba se tornando aditivo e até meio viciante por seu estilo cíclico — mate, morra, equipe-se, repita. Você sempre vai querer jogar “só mais uma partidinha” para ir um pouco mais longe.

Não é o tipo de jogo recomendável para jogar por horas a fio, mas cai bem para umas partidas rápidas. Ele sem dúvida funcionaria muito bem em smartphones e dispositivos mobile — e de fato, será lançado para tablets e smartphones em breve.

Let Them Come foi lançado em 3 de outubro. Por enquanto, o game está disponível apenas para PC e Xbox One. Algumas partes do jogo estão em português, outras só em inglês (vai entender).

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, podcaster e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.
Contato: rodrigo@arkade.com.br