Análise Arkade: Life is Strange (Season 1 Ep. 1) não inova, mas é bem executado e nos deixou curiosos

30 de janeiro de 2015

Análise Arkade: Life is Strange (Season 1 Ep. 1) não inova, mas é bem executado e nos deixou curiosos

Hoje está sendo lançado Chrysalis, primeiro capítulo do novo game episódico da Square Enix em parceria com a Dontnod Entertainment, Life Is Strange. Confira nossa análise sobre o início da jornada de Max e Chloe.


Jogos episódicos estão se tornando uma tendência no mercado dos games. Títulos como The Walking Dead: The Game e The Wolf Among Us, ambos da Telltale Games, trouxeram muito respeito a esse “novo” formato de distribuição de jogos. Até mesmo D4: Dark Dreams Don’t Die, exclusivo para Xbox One, merece uma menção honrosa pela proposta, apesar de ter algumas semelhanças com Life Is Strange.

Um dos fatores que torna Life Is Strange um game promissor é seu conceito que aborda viagem e manipulação do tempo. Apesar de não ser algo genuinamente inovador, este é um tema que geralmente rende boas histórias, se bem construídas, é claro. Felizmente, até aqui, parece que houve capricho nesta área.

Sinopse

Life Is Strange se passa na cidade fictícia de Arcadia Bay, Oregon, onde assumimos o papel de Max Caulfield, uma jovem estudante de fotografia que, ao ir ao banheiro após uma aula nem tão produtiva, testemunha um acontecimento sinistro envolvendo alguns colegas. Neste momento ela sem querer descobre que tem uma habilidade muito especial: ela é capaz de voltar no tempo e alterar acontecimentos no passado, o que muda a linha temporal natural.

Análise Arkade: Life is Strange (Season 1 Ep. 1) não inova, mas é bem executado e nos deixou curiosos

A partir daí, todo o game é baseado nessa premissa: podemos retroceder o tempo em diversas situações para tomar outra decisão e/ou seguir por um outro caminho, o que afeta diretamente o presente/futuro. Aliás, lembre que toda escolha tem uma consequência, então alterando qualquer coisa, por mínima e irrelevante que possa parecer, haverá uma consequência.

O primeiro capítulo é ambientado em sua maior parte na escola de Max, mas já está claro que algo maior está por vir: em uma espécie de “visão/sonho”, Max vê uma tempestade gigante de proporções catastróficas está por vir.

Análise Arkade: Life is Strange (Season 1 Ep. 1) não inova, mas é bem executado e nos deixou curiosos

Por conta disso, é de se presumir que o desfecho dessa primeira temporada será de alguma forma evitar ou minimizar os estragos causados pelo desastre natural iminente, enquanto tentamos resolver questões dramáticas e cotidianas da vida de Max e de sua exótica colega Chloe.

Somado a tudo isso, temos ainda outra situação, que nos é apresentada de maneira bem contextual nesse primeiro episódio: o desaparecimento misterioso de uma garota chamada Rachel, amiga fiel de Chloe.

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Visual e gameplay

A mecânica do jogo segue o estilo dos point and clicks; há objetos com os quais podemos visualizar e/ou interagir nos cenários, e Max geralmente tem algo a dizer sobre tudo: pôsteres, objetos, pessoas, etc.

Passada a introdução, o jogador se torna capaz de usar os poderes temporais de Max após praticamente qualquer evento ou decisão importante. Ao clique de um botão, você “rebobina” o tempo e revive o momento em questão, podendo ter outra atitude e/ou dizer outra coisa, o que afeta os acontecimentos e a maneira como outros personagens encaram Max.

Análise Arkade: Life is Strange (Season 1 Ep. 1) não inova, mas é bem executado e nos deixou curiosos

No geral, o game é linear e bem objetivo, até podemos explorar o cenário em que nos encontramos, mas com as limitações clássicas desse gênero.

A interface do jogo é bem interessante, com setas, marcações e destaques que parecem rabiscos típicos do caderno de um adolescente. Os gráficos são bem bonitos, coloridos mas não tão cartunescos quanto em outros games episódicos atuais.

Análise Arkade: Life is Strange (Season 1 Ep. 1) não inova, mas é bem executado e nos deixou curiosos

A trilha sonora é simplesmente espetacular, fazendo com que a imersão do jogador seja ainda maior. A maneira como Max coloca os fones de ouvido para “se desligar” de um mundo no qual ela se sente deslocada é demais e é algo muito natural, que todos nós fazemos de vez em quando.

A real profundidade dos personagens é algo que veremos no futuro, mas nossa parceira Chloe parece ter uma construção interessante baseada muito na perda de pessoas queridas, o que a fez mudar drasticamente, não só suas atitudes, mas também seu estilo de vida.

Análise Arkade: Life is Strange (Season 1 Ep. 1) não inova, mas é bem executado e nos deixou curiosos

O tom da protagonista, Max é de alguém perdida tentando se encontrar no mundo. Ela sentia-se deslocada na cidade em que morava antes, sente-se deslocada em Arcadia Bay e no colégio… talvez esse seu novo dom possa dar-lhe um real sentido para sua vida.

Conclusão

Por razões óbvias, ainda está cedo para dar um parecer final sobre Life Is Strange. Este primeiro episódio serviu basicamente para nos introduzir ao mundo do game, nos apresentar a alguns de seus personagens e aos dilemas e mistérios que aguardam Max e Chloe.

Mas, tal qual um bom livro que prende o leitor já nas primeiras páginas, ficou claro que a história tem potencial, e as maneiras como ela deve se modificar conforme o jogador toma decisões é algo que promete fortes emoções.

Análise Arkade: Life is Strange (Season 1 Ep. 1) não inova, mas é bem executado e nos deixou curiosos

Se a história por si só não é necessariamente inovadora (já vimos filmes, séries e games com propostas parecidas… a própria DontNod já brincou com algo parecido no mediano Remember Me), o charme do jogo sem dúvida é capaz de fisgar o jogador.

Como tantos outros jogos, o ideal é experimentar para ver se o jogo é para você ou não. Para nós, este início de Life Is Strange funcionou, e conseguiu nos deixar ansiosos pelo próximo capítulo.

Life Is Strange está sendo lançado hoje, com versões para PS4, Xbox One, PS3, Xbox 360 e PC.

8 Respostas para “Análise Arkade: Life is Strange (Season 1 Ep. 1) não inova, mas é bem executado e nos deixou curiosos”

  • 30 de janeiro de 2015 às 19:31 -

    Kubrick Stare Nun

  • Só da personagem principal ser uma adolescente colegial americana eu já vi que esse daí é pra passar longe.

    • 2 de fevereiro de 2015 às 10:25 -

      victor

    • Passe longe mesmo só de você julgar o  jogo pela personagem ser tal sem saber o quão espetacular é o jogo e o quão adoravel é Max. Por favor quando o jogo estiver no pico de popularidade não venha dar um de fanboy. Ps: antes de falar merda jogue o jogo, analise, viva o jogo em suas horas de gameplay, abraços. O jogo é ótimo dou nota 10. Ambientação, caracteristica dos personagens, trama realmente nada a reclamar. Vejo um grande futuro e espero que tenha muitos episódios.

  • 31 de janeiro de 2015 às 09:57 -

    Denis Guilherme

  • Esta em português?  Ou ds para deixar em espanhol?  

    • 31 de janeiro de 2015 às 14:43 -

      Rodrigo Pscheidt

    • Pior que não, Denis. Único idioma disponível tanto pro áudio quanto pra legenda é inglês.

      Mancada da Square isso, que andou entregando bons jogos com legendas em português ultimamente. =P

  • 2 de fevereiro de 2015 às 11:06 -

    Ricardo

  • Estou baixando da PSN agora, pensei que fosse ao menos legendado. 

  • 3 de fevereiro de 2015 às 12:56 -

    Luiz Augusto

  • Realmente é um grande jogo. Mas, só porque a Square-Enix não seu deu o mínimo trabalho de disponibilizar pelo menos as legendas em português, algo tão comum hoje em dia, não vou jogá-lo. Espero que a empresa corrija essa grande mancada e lance posteriormente uma atualização com as legendas, em respeito ao grande público brasileiro que tanto adora seus jogos.

    • 19 de fevereiro de 2015 às 13:00 -

      Bauer

    • Tudo hoje em dia é motivo de reclamação e “falta de respeito da empresa com o cliente brasileiro”.Falta de respeito é essa comodidade do brasileiro em querer tudo mastigado. Passei minha infância inteira jogando jogos apenas em inglês e não me fez mal algum. Pelo contrário, me ajudou a aprender o idioma. Invés de ficar reclamando deles, vá estudar e aprender inglês que tu vai ganhar muito mais.

      • 20 de fevereiro de 2015 às 15:57 -

        wilson araujo

      • cara o  jogador brasileiro merece respeito,assim como os da espanha,frança,itália e não serem tratados como lixos pelas empresas…..O brasil merece mais atenção sim .vlw flw

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