Análise Arkade: Mario Kart 8 traz toda a diversão da série para o Wii U

28 de junho de 2014

Análise Arkade: Mario Kart 8 traz toda a diversão da série para o Wii U

O jogo de kart mais famoso de todos os tempos está de volta. Mario Kart 8 está acelerando até sem gravidade no Wii U, e a gente tem uma análise completa para você!

A série Mario Kart praticamente inventou o gênero “corrida de kart” no mundo dos games há mais de 20 anos, em 1992, no saudoso Super Nintendo. De lá para cá, o gênero se popularizou, e diversos outros mascotes resolveram tentar a sorte nas pistas.

Outras ótimas séries nasceram (e morreram), como Crash Team Racing, Sonic & Sega All Stars Racing e até outros que, mesmo sem a presença de personagens famosos, conseguiram ser muito bons, como Speed Punks, do Playstation 1. Nos últimos meses, até a turma do Chaves e os Angry Birds se aventuraram sobre rodas.

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Mas é fato que todo jogo de kart sempre será comparado à série Mario Kart, simplesmente por que ela foi a pioneira do gênero. Com nada menos que 8 games no currículo (cada um em uma plataforma diferente, jamais saíram 2 Mario Karts originais para um mesmo console), a franquia da Nintendo é referência de qualidade.

E a boa notícia é que essa qualidade continua: Mario Kart 8o primeiro game da série a rodar em HD à 60 frames por segundo — mantém o capricho que se espera da franquia, agregando algumas novidades (nem tão novas assim) e trazendo muita diversão para o Wii U.

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A premissa é a mesma de sempre: toda a turma do Mushroom Kingdom se reuniu para competir em corridas insanas que revisitam diversas pistas clássicas da série, mas também apresenta uma boa leva de pistas inéditas.

No total temos 16 pistas novas e 16 trajetos clássicos refeitos para o novo jogo. Todas as pistas são bonitas, coloridas e oferecem bons pegas, mas não dá para negar que o fator nostalgia deixa pistas como a Rainbow Road do N64 e a Cheep Cheep Beach do DS ainda mais mágicas em toda sua glória remasterizada!

NOVIDADES

Além da já mencionada alta definição, Mario Kart 8 tem duas grandes novidades: a presença de veículos diferenciados e os trechos sem gravidade em alguns circuitos. As motos (já presentes em Mario Kart Wii) estão de volta, e agora temos ainda quadriciclos, que acrescentam um novo tempero (ainda que sem muito sabor) à receita típica da franquia.

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Recursos anti gravitacionais não são necessariamente uma novidade no mundo das corridas de kart — Crash Nitro Kart já fez algo parecido em 2003 — mas trazem uma nova dinâmica às disputadas corridas de Mario Kart 8. E o mais legal é que a Nintendo não abusou desta novidade, salpicando-a de maneira balanceada e inteligente de modo a valorizar o inspirado design das pistas.

Direto de Mario Kart 7, estão de volta também os trechos subaquáticos, onde pequenas hélices mantém os carros em movimento, bem como as rampas que lançam os karts ao céu, e a disputa continua graças às asas-deltas acopladas aos veículos.

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O expertise da Nintendo se faz valer novamente aqui: nenhum destes trechos parece exagerado ou gratuito, o design das pistas é muito criativo e consegue unir asfalto, ar, água e anti gravidade com muita naturalidade. E antes que você pergunte, a gente te responde: salvo o enorme update visual, a maioria das pistas clássicas continua basicamente igual, e quando aparecem, os novos recursos geralmente conseguem torná-las ainda mais legais.

Na área de itens e power ups também temos algumas novidades, embora nenhuma delas seja necessariamente revolucionária. Velhos favoritos como o casco de tartaruga azul, o Bullet Bill e a casca de banana estão de volta, acompanhados de coisas inéditas como uma buzina que cria uma espécie de onda sonora ao redor do seu carro (que repele tiros e inimigos), o Crazy 8 que é uma roleta russa de outros itens e até o temível casco azul com espinhos, que persegue impiedosamente somente o primeiro colocado de uma corrida!

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O elenco conta com nada menos que 16 personagens iniciais (com direito a versões baby dos personagens principais) e mais 14 destraváveis (tais como Metal Mario, Rosalina, alguns inimigos secundários, como Lakitu e Ludwig, e você pode até assumir o volante com seu próprio Mii).

O visual dos personagens está mais bonito do que nunca, e nos replays você pode até ver as expressões faciais deles enquanto pilotam, como o já famoso Luigi’s death stare”, o olhar maligno do Luigi que se tornou uma febre na internet:

O departamento sonoro também cumpre seu papel com maestria: todas as músicas e efeitos sonoros clássico da franquia estão de volta lindamente orquestrados, acompanhados de novas composições e de motores que roncam de maneira muito mais agressiva. As vozes e canções são um banho de nostalgia para fã nenhum botar defeito, com a vantagem que agora estão soando mais claras do que nunca.

Ah, e outra novidade interessante é a interação com o Youtube: usando o app Mario Kart TV você pode upar de maneira relativamente simples aquele replay espetacular de sua vitória arrasadora direto para o seu canal, uma estratégia ideal para desmoralizar ainda mais seus adversários!

JOGABILIDADE

Aproveitando praticamente todos os controllers compatíveis com o Wii U, Mario Kart 8 pode ser jogado tanto com o Game Pad quanto com o Pro Controller e o Classic Controller, além do bom e velho Wii Remote, que pode (ou não) ser combinado com o Nunchuck.

Em todos o gameplay pode rolar tanto pelo direcional quanto movendo o controller para os lados para pilotar os karts, recurso já visto em Mario Kart Wii e que continua bem divertido aqui.

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Uma coisa que faz falta é o multiplayer usando o Game Pad e a TV como duas telas “separadas”: a tela touch do periférico sempre mostra a mesma coisa (um ícone do seu personagem ou o traçado da pista e a classificação da corrida).

Até rolar jogar remotamente só com o Game Pad, mas só jogando sozinho, o que é meio que um retrocesso, pois as possibilidades de gameplay e multiplayer diferenciadas que o Game Pad poderia oferecer mereciam ser melhor exploradas, como um multiplayer local entre TV e Game Pad.

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Apesar disso, diversão é a palavra de honra em Mario Kart 8: o multiplayer local pode ser curtido por até 4 jogadores simultâneos com tela dividida (nesse caso, a taxa de framerate cai pela metade, mas o jogo roda liso). E jogar Mario Kart com os amigos “no mesmo sofá” continua sendo uma das experiências mais divertidas e gratificantes que o mundo dos games é capaz de nos proporcionar.

As novas nuances nos trajetos — água, ar, trechos sem gravidade — somadas aos novos power ups deixam as corridas mais imprevisíveis do que nunca. Não é raro você estar em primeiro e já cantando vitória… até ser atingido por um dos temíveis cascos azuis com espinhos na reta final e ver seus oponentes te deixando para trás!

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A zoeira também rola solta nas partidas online, que suportam corridas de até 12 jogadores simultâneos. Embora sempre seja mais divertido jogar com os amigos no mesmo console, as corridas online também são absurdamente divertidas. Seja com desconhecidos ou com os amigos, as corridas de Mario Kart 8 sempre são disputadas.

Os servidores da Nintendo estão fazendo um ótimo trabalho com este jogo, pois é possível entrar em corridas e organizar torneios com muita facilidade. As corridas online são bem pareadas e mesmo com 12 jogadores usando 12 conexões diferentes ao redor do mundo, o índice de quedas de framerate, slowdowns e “travadinhas” é bem baixo.

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Porém, a Nintendo deixou de fora outros recursos online que facilitariam muito a vida dos jogadores: não há um jeito fácil de convidar seus amigos online para uma partida, e a falta de um sistema de notificações torna isso ainda mais frustrante. O fato de só podermos conversar por chat com quem já está em um mesmo lobby só piora as coisas, e você vai acabar tendo que combinar suas corridas com os amigos via Skype, Facebook ou outra rede social qualquer. Parece que a Nintendo esqueceu que o mundo online vai muito além de servidores estáveis e partidas com desconhecidos.

E já que mencionamos os problemas do game, vale ressaltar que o clássico Battle Mode também não está os melhores, seja online ou offline: antes os pegas deste modo de jogo rolavam não em pistas, mas em “arenas” pequenas e fechadas que favoreciam a pancadaria automobilística no melhor estilo Destruction Derby.

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Para o novo jogo porém, parece que faltou empenho para produzir essas arenas, de modo que as batalhas rolam nas mesmas pistas onde acontecem as corridas. Aí o que era para ser um quebra pau épico acaba se tornando uma bagunça desencontrada, onde karts com balões pendurados correm à esmo em busca dos oponentes em cenários desnecessariamente grandes (para esta modalidade). Perdeu-se boa parte da graça das batalhas.

CONCLUSÃO

Salvo algumas escorregadas (como o Battle Mode e a falta de alguns recursos online), Mario Kart 8 acerta em praticamente todos os pontos, reinventando com muita competência um gênero que a própria Nintendo criou décadas atrás.

Com novidades que conseguem trazer certo frescor à uma fórmula consagrada, um capricho excepcional na parte técnica e uma jogabilidade que continua funcionando muito bem, Mario Kart 8 traz toda a diversão e nostalgia que se espera desta grande franquia para o Wii U.

Mario Kart 8 foi lançado no dia 30 de maio, exclusivamente para o Wii U.

3 Respostas para “Análise Arkade: Mario Kart 8 traz toda a diversão da série para o Wii U”

  • 28 de junho de 2014 às 22:38 -

    Marcell

  • (Y)Melhor ainda pra quem comprou no lançamento ganhava mais um game da Nintendo. Só cadastra no Club Nintendo, eu peguei Zelda Wind Waker  :)

    • 29 de junho de 2014 às 23:33 -

      Glauber Andrade

    • Fiz questão de comprar por causa do game extra :D

  • 29 de junho de 2014 às 05:41 -

    Henrique Gonçalves

  • Nota:
    Luigi Death Stare/10

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