Análise Arkade: revisitando Monster Hunter World, agora no PC

14 de agosto de 2018

Análise Arkade: revisitando Monster Hunter World, agora no PC

Com alguns meses de atraso, a Capcom enfim trouxe Monster Hunter World aos PCs. Mas será que o jogo está a altura do que a galera “Master Race” esperava? Fomos caçar monstros no PC para descobrir!

Só para constar

Antes de mais nada, é válido ressaltar que já temos uma análise de Monster Hunter World publicada. Jogamos o game no Xbox One X, e aquelas opiniões continuam valendo. Hoje estamos aqui mais para uma análise dos aspectos técnicos do game no PC.

Até porque, na prática o jogo é o mesmo que já jogamos nos consoles: você assume o papel de um caçador que está desbravando o Novo Mundo, um enorme continente que é a casa de inúmeras espécies desconhecidas de animais e plantas. Nosso trabalho é explorar este Novo Mundo, aprender mais sobre ele… e caçar as feras que vivem por ali, é claro.

Análise Arkade: revisitando Monster Hunter World, agora no PC

Ainda que este seja supostamente um Monster Hunter mais acessível, é fato que o jogo é um tanto quanto burocrático, com muitos menus, tutoriais e rotinas com as quais o jogador deve se acostumar para ter um bom aproveitamento.

Caçando monstros no PC

Ok, mas como é a experiência de caçar monstros no PC? Para começar, é válido deixar claro que o jogo exige muito do CPU. Para oferecer uma experiência com o mínimo de loadings, a Capcom opta por carregar cada mapa por inteiro de uma vez. Além disso, o jogo mantém acompanhamento, em tempo real, dos monstros, itens e mais uma série de outras funções.

Análise Arkade: revisitando Monster Hunter World, agora no PC

Na prática isso quer dizer que players que usam processadores da linha i5/AMD Ryzen 5 podem sentir uma certa dificuldade em manter o jogo rodando em 60 fps simplesmente porque o processador pode não dar conta de segurar a barra de tudo isso (dependendo da resolução e opções gráficas escolhidas).

Para nossos testes, utilizamos uma máquina bem parruda — Processador Intel I7 8700K (stock), 16gb RAM – 3000Mhz e placa de vídeo Asus ROG Strix 1080 TI — e com tudo no ultra, o jogo nunca passou dos 90 fps, mantendo-se na maior parte do tempo na média de 70 fps.

Análise Arkade: revisitando Monster Hunter World, agora no PC

Este definitivamente não é um resultado ruim, porém pode ser um tanto quanto decepcionante para os PC gamers que esperavam um jogo melhor otimizado — ainda mais se levarmos em conta que ele chega com vários meses de atraso, justificados por um trabalho de otimização que estava sendo feito justamente para oferecer a melhor experiência aos PC gamers, que estão recebendo pela primeira vez um jogo da série.

Claro que rodar no ultra a 70 fps já é um resultado pra lá de bom, mas é algo que alcançamos graças ao hardware da máquina utilizada. Quem for jogar em um PC com configurações mais modestas provavelmente terá que abrir mão de alguns recursos se quiser manter o jogo rodando em um framerate aceitável.

E já que estamos falando da galera “Master Race”, vale ressaltar que utilizamos um monitor ultra wide 1440p (proporção 21:9) e infelizmente não pudemos desfrutar de toda sua glória: o jogo não dispõe de suporte nativo para tal resolução (pelo menos não agora).

Análise Arkade: revisitando Monster Hunter World, agora no PC

É assim que o jogo fica em um monitor ultra wide… :/

Entendemos que a porcentagem de usuários que utilizam monitores ultra wide deve ser pequena, mas esperávamos que um jogo AAA do calibre de Monster Hunter World oferecesse suporte ao formato 21:9. O resultado é esse da imagem ali de cima: bordas pretas nas laterais, e um mal aproveitamento do espaço do monitor.

Online e bugs

Tal qual a situação do jogo em seu lançamento no Xbox One, a parte online de Monster Hunter World ainda está meio capenga na Steam. A Capcom está ciente do problema e já está trabalhando para resolvê-lo, mas, por conta disso, foi inviável testarmos a parte online do game, tanto antes dele ser lançado oficialmente quanto nesses primeiros dias pós-lançamento.

Análise Arkade: revisitando Monster Hunter World, agora no PC

Quem conseguiu jogar online, porém, anda reclamando de muito stutter rolando, com “engasgos” e travamentos recorrentes. Este é mais um problema que deve ser corrigido com patches e atualizações, mas que maculam o aguardado lançamento do game para PCs.

Conclusão

Apesar de algumas escorregadas técnicas, poder jogar Monster Hunter World no PC — rodando acima dos tão sonhados 60 fps — com certeza torna o que já era incrível nos consoles (lembrando que, no PS4 Pro e no Xbox One X o jogador deve escolher entre resolução, desempenho ou gráficos) melhor ainda.

Fica claro que os fãs estavam ansiosos pelo jogo e o receberam de braços abertos: Monster Hunter World chegou aos PCs quebrando diversos recordes, já sendo o maior lançamento na Steam de 2018 até o momento, e também o melhor lançamento da Capcom na plataforma!

Análise Arkade: revisitando Monster Hunter World, agora no PC

O game faz por merecer todo esse sucesso, oferecendo uma jornada densa e imersiva por um mundo selvagem exuberante e misterioso — pontuada por algumas das batalhas mais intensas e empolgantes dos últimos tempos.

Com alguns ajustes, jogar Monster Hunter World no PC pode vir a ser a experiência definitiva que os jogadores mais exigentes da “Master Race” esperam. Ainda não é, mas ele acabou de ser lançado, então vamos ver como a Capcom lida com os problemas e aprimora o jogo para os PC gamers.

Monster Hunter World chegou aos PCs em 9 de agosto. O game possui menus e legendas em português brasileiro.

*Contribuiu com esta análise o convidado Ross Mesquita.

2 Respostas para “Análise Arkade: revisitando Monster Hunter World, agora no PC”

  • 15 de agosto de 2018 às 14:07 -

    DM_salazar

  • Fiquei impressionado com os recordes do game,a capcom deve está bastante satisfeita com o game.Eu não tive a sensação de poder joga-ló ainda,quem sabe num futuro próximo.

    Muito boa a analise.

  • 16 de agosto de 2018 às 20:02 -

    Raphael

  • O problema é o custo do hardware nesses últimos três ou quatro anos aqui. O preço das peças no Brasil subiu demais, fui fazer alguns orçamentos para o upgrade e o custo pra uma máquina intermediária, nada excepcional mesmo, ficou acima de 3,5k. Antes desse período você ainda conseguia fazer esse aporte por um valor menor na casa dos 2k, com um hardware comparativamente à época um pouco melhor. Algo entre intermédiário-alto desempenho. Os fatores são diversos; econômicos, políticos, tecnológicos (a mineração de bitcoin por exemplo, que contribuiu pro superfaturamento das GPUs devido a alta demanda no mercado externo), nentre outros méritos. Meu PC tá aqui parado devido à isso. Atualmente tô preferindo investir no console mesmo. Comprar uma 1080 pra jogar Monster Hunter no PC assim como muitos outros títulos um pouco mais redondo tá impeditivo.

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