Análise Arkade: revisitando um amado mundo mágico em Ni No Kuni II: Revenant Kingdom

13 de abril de 2018

Análise Arkade: revisitando um amado mundo mágico em Ni No Kuni II: Revenant Kingdom

Após vários adiamentos, finalmente o esperado Ni No Kuni II: Revenant Kingdom foi lançado! Trazendo uma nova história para o mundo mágico apresentado no primeiro game com novos personagens, novos perigos e novas esperanças! Então venha com a gente nessa nova viagem mágica e acompanhe nossa análise completa do game!

Crie seu novo reino, onde todos podem viver felizes para sempre

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Ni No Kuni 2 trás uma história completamente nova para o universo criado no primeiro game. Nesse novo game temos um novo par de protagonistas, começando por Roland, presidente de uma das maiores nações do mundo “normal”, que acaba sendo misteriosamente transportado para um novo mundo que está prestes a ser transformado.

E temos o segundo e principal protagonista: Evan Pettiwhisker Tildrum, o jovem rei de Ding Dong Dell, cujo pai falecera pouco tempo antes dos eventos do game e que ainda não assumiu o trono de verdade. O encontro dos dois personagens acontece na melhor e pior hora possível, pois um ataque a Ding Dong Dell obriga Evan a fugir de seu reino e ser forçado a abandonar seu reinado.

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E agora, sem família, reino ou amigos, Evan decide que não deixará que a situação continue assim, e decide construir um novo reino, onde ninguém teria que sofrer o que ele sofreu. Um lugar para unir todos os povos do mundo e colocar um fim a todas as guerras de uma vez por todas e cabe a você tornar isso realidade, enquanto um novo e misterioso perigo começa a surgir nas sombras ameaçando o mundo inteiro. E nessa jornada ele encontrará muitos novos amigos e aliados para ajudá-lo

O mesmo mundo, uma nova história

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Ni No Kuni foi um game muito criativo e emocionante na época de seu lançamento, de forma que quando sua sequência foi anunciada, muitos ficaram curiosos para saber se haveriam ligações entre ambos os games, se teríamos talvez alguma aparição de Oliver, protagonista do game original e de seus amigos. A resposta é Não e Sim.

Não, pois essa é uma nova história independente, sem ligações com as aventuras de Oliver, que salvou esse mesmo mundo lá no primeiro game. A história é focada em Evan e em sua luta para unir todo o mundo em uma só nação pacífica. E sim, pois existem pequenas referências aqui e ali ao primeiro game. Essas referências estão em alguns pequenos detalhes, como em um determinado puzzle do game que faz referência direta a Olives, Esther, Swaine, Marcassin Drippy.

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Outras referências dão um pouco de ambientação ao game, indicando que Ni No Kuni 2 se passa muitos anos (entre centenas e milhares) depois do primeiro game, ao ponto que tudo o que aconteceu no passado se tornou uma antiga lenda esquecida. O que é um pouco triste, mas que por outro lado permite que essa nova aventura não se prenda obrigatoriamente ao passado.

Ni No Kuni 2 possui uma história mais leve, mas ainda assim emocionante, com personagens carismáticos e um enredo simples de se acompanhar. Em comparação ao primeiro game, Ni No Kuni 2 é menos profundo, indo mais direto ao ponto, sendo inclusive mais rápido na sequência e suas missões. Se você jogar o game sem muitas enrolações indo apenas nas missões principais, terminará a aventura bem rapidamente.

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O centro da história é o novo reino de Evan, o reino de Evermore, em seu desenvolvimento e nas relações com os outros reinos existentes no game, até que o grande vilão da história é revelado. E sendo parte muito importante do desenvolvimento desse novo reino temos Lofty, o pequenino e hilário Kingmaker, que ajudará Evan em suas batalhas e a encarar os perigoso desse mundo.

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Pouco é revelado em termos de conteúdo até que a aventura chegue a seu fim, mas isso não significa que as coisas sejam superficiais. Como já dito, essa é uma aventura mais leve, mais diluída e fácil de digerir. E que diverte e cativa bastante, graças a seu visual e estilo de anime do estúdio Ghibli.

Construa seu novo reino e viaje pelo mundo inteiro

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Ni No Kuni 2 como já dito tem como foco a construção do reino de Evermore. As missões que você encontrará no game, tanto missões principais como a maioria das sidequests tem como objetivo trazer recursos para seu reino. Além de progredir na história, você precisa coletar materiais, construir edifícios e trazer mais e mais cidadãos para Evermore. E para isso, você deverá viajar o mundo inteiro.

O mundo do game é realmente enorme e cheio de coisas para se explorar, com várias dungeons espalhadas por cada parte do mapa, muitas sidequests para serem feitas, monstros poderosos para serem derrotados e muito loot para ser encontrado. Existe muita coisa para ser coletada no game e tudo tem sua utilidade, seja diretamente em combate ou em seu reino.

Para trazer cidadãos a seu reino, você precisará cumprir sidequests para cada um deles, algumas fáceis, outras bem complicadas. Mas assim que as fizer, NPCs únicos espalhados por todo o mundo do game se mudarão para seu reino. Para prosperar, você deverá construir edifícios para seu reino, como uma fábrica de armas, de armaduras, um laboratório de magia, lojinhas, bazares, fazendas, pontos de mineração e tudo mais. Quanto mais você desenvolver seu reino, mais cidadãos conseguirá recrutar, mais poderá construir e cada vez mais belo e poderoso Evermore se tornará.

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A evolução de seu reino é refletida no gameplay, pois você poderá criar e melhorar seu equipamento, criar novas magias para os seus personagens, comprar itens consumíveis a menores preços e muito mais. Você sempre estará revisitando o seu reino, e é muito gratificante ver que ele realmente está crescendo e ficando cada vez melhor graças a sua ajuda.

Novidades de gameplay

O primeiro Ni No Kuni tinha um gameplay único, um pouco confuso em um primeiro momento mas bastante divertido, misturando batalhas em turnos com ação em tempo real. Já em sua sequência, o gameplay é inteiramente em tempo real. Dessa forma os combates acontecem ao estilo hack ‘n slash. Cada personagem de sua party pode carregar até três armas brancas e uma arma de longo alcance, e o combate acontece de forma rápida e intensa.

Sua party consiste em apenas 3 personagens que podem ser controlados em combate, com os outros ficando na reserva, podendo ser trocados a qualquer momento fora das batalhas. A exploração do mundo e das dungeons continua da mesma forma. No mundo os personagens ficam com visual chibi, e os monstros caminham por todos os lados. Se um monstro mais forte que você te ver, ele tentará te atacar e se ele encostar em você, ou o vice versa, você é transportado para a arena onde a batalha ocorrerá. Já nas dungeons, basta se aproximar dos monstros que, sem nenhuma transição de tela, as batalhas começam.

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Um recurso que havia no primeiro game eram os familiares, pequenos monstrinhos que podiam ser capturados, evoluídos e levados para as batalhas, bem ao estilo Pokémon. Aqui não temos mais eles, em seu lugar temos os Higgledies, pequenas criaturinhas coloridas que são adicionadas a sua party e te dão ajuda em combate, como buffs de força, recuperando sua vida e magia e até realizando ataques especiais. Quando um Higgledie começar a pular e um círculo aparecer em volta dele, você pode ativar sua habilidade especial, como conjurar canhões ou magias para atacar seus inimigos ou criar campos de defesa, recuperação de HP e etc.

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Uma novidade interessante é um medidor para cada arma. Conforme você ataca com suas três armas brancas, um medidor enche até chegar a 100%, ao chegar nessa marca, você pode desbloquear efeitos especiais para suas magias e skills, causando efeitos altamente destrutivos em combate. E como já dito, todos os personagens possuem uma arma de longo alcance, que consomem MP e te dão uma boa ajuda para atacar inimigos tentando fugir ou que se movem muito.

E também temos a adição das Skirmish Battles, batalhas de exército que acontecem no mapa do game. Nesse modo, Evan controla até 4 unidades de soldados com diferentes habilidades, com o objetivo de enfrentar exércitos inimigos em diferentes tipos de batalha, como batalhas de defesa de seu reino, de ataque de bases inimigas, lutas contra o tempo e etc. Esse é um modo interessante, divertido e difícil no começo, mas que vai ficando mais fácil e um pouquinho tedioso conforme você vai jogando.

Audiovisual

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Assim como seu predecessor, Ni No Kuni 2 é um game simplesmente belíssimo! Seu visual ao estilo dos filmes do estúdio Ghibli não só é único, é extremamente lindo, cativante e muito bem feito. As expressões faciais de cada personagem, dentro e fora de cutscenes, o visual dos monstros e os efeitos de magias, tudo é simplesmente belo.

Um detalhe sobre o game é que em seus créditos não há menção sobre a participação do Estúdio Ghibli, mas não deixe isso te enganar. Alguns produtores do estúdio participaram do game, entre eles Yoshiyuki Momose, que criou as animações de Porco Rosso A Viagem de Chihiro, além de ter sido o responsável pelas animações do primeiro game. O que acontece é que devido a alguns problemas internos no Estúdio Ghibli, com casos de demissões e outros fatores, ela não foi creditada na criação do game, mas teve participação na produção do game. Infelizmente não há nenhuma cena em anime no game, mas para compensar isso, temos várias CGs animadas de excelente qualidade!

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O departamento sonoro novamente mantém sua excelência, com a volta do compositor Joe Hisaishi criando a trilha sonora do game. Se você jogou o primeiro game perceberá o trabalho de Hisaichi logo de cara, pois a música tema principal do game é uma recriação do tema principal do primeiro game, que por si só é inesquecível. E todo o seu trabalho em todas as músicas do game ficou novamente excelente.

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O game infelizmente não possui dublagem ou legendas em português, mas sua dublagem e efeitos sonoros é excelente, inclusive em inglês. Os personagens possuem um sotaque britânico, assim como no primeiro game, com vozes que combinam perfeitamente com seus personagens, principalmente com Evan, um menino bonitinho, com orelhas de gato e que busca sempre ser forte em relação ao mundo e aos perigos em sua frente.

Conclusão

Análise Arkade: revisitando um amado mundo mágico em Ni No Kuni II: Revenant Kingdom

Ni No Kuni 2 é uma belíssima continuação para um marcante game do PS3. Apesar de ter uma história menos profunda e ter um formato mais leve de se envolver, isso não tira nem um pouco seus méritos. Ele trás algumas novidades interessantes e se torna um título único por si só, não sendo apenas uma sequência, ainda que se houvessem mais referências diretas ao primeiro game tudo teria um brilho ainda maior.

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Apesar de sua história curta, que pode ser terminada em cerca de 40 horas de jogatina, o game ainda possui muitas coisas para serem feitas além disso, com muitas sidequests para mantê-lo ocupado e entretido, além de dungeons secretas e muitos monstros especiais para serem caçados, e que serão um enorme desafio para serem derrotados!

A espera por Ni No Kuni 2 valeu a pena. O game é belo, emocionante, simples e muito envolvente. E quanto mais games com temática do estúdio Ghibli vierem, melhor! Aliás, se depender da Level-5, a produtora do game, poderemos ter ainda mais games assim no futuro!

Ni No Kuni II: Revenant Kingdom foi lançado no dia 23 de março com versões para PC e Playstation 4.

Uma resposta para “Análise Arkade: revisitando um amado mundo mágico em Ni No Kuni II: Revenant Kingdom”

  • 13 de abril de 2018 às 17:26 -

    Carlos Schneider

  • Joguei o primeiro Ni No Kuni q pra mim é o melhor RPG de Ps3 ao lado de Demons Souls até a platina e exaustão. Certamente farei o mesmo com esse.

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