Análise Arkade: Redeemer é brutalidade, pancadaria e desafio de alto nível

31 de julho de 2017

Análise Arkade: Redeemer é brutalidade, pancadaria e desafio de alto nível

Prepare seus punhos e persistência para encarar Redeemer, um jogo cheio de ação, fácil de entender e difícil de dominar. Com um combate sangrento e brutal, o jogo tem uma boa apresentação, controles simples e muitos desafios!

O redimido se torna o vingador

No jogo controlamos Vasily, sujeito que atualmente é um monge, mas tem seu passado marcado por trabalhos sujos como mercenário. Eis que seus fantasmas do passado resolvem assombrá-lo quando capangas de uma poderosa fabricante de armas invadem o monastério isolado em que ele vive e matam seus companheiros monges.

O que rola é o seguinte: Vasily era muito bom no que fazia — basicamente todo tipo de serviço sujo como tortura e assassinatos –, mas quando a empresa resolveu transformá-lo em um mutante cibernético, ele fugiu e foi acolhido pelos monges, que lhe deram paz. Agora, sua única missão é se vingar, detonando completamente a corporação vilã que arruinou o monastério.

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Além de enfrentar ex-colegas de trabalho, Vasily vai encontrar capangas da organização que se tornaram criaturas mutantes e outras bizarrices. A apresentação da história em alguns momentos faz lembrar daquelas de jogos de luta como Street Fighter e Tekken.

Bruto e muito hardcore

Em Redeemer você tem uma dinâmica de batalha parecida com a de jogos clássicos de beat ‘em up como Double DragonStreets of Rage: podemos usar os punhos, mas também se equipar com armas brancas e de fogo que possuem vida curta mas são bem fortes. O game combina muito bem com a utilização de controles, e a produtora Sobaka Studio realmente tem planos de levar o game aos consoles da geração atual no futuro.

O diferencial é que você não conta com nenhum tipo de item de cura no cenário — deixe de desviar dos ataques dos inimigos e você está praticamente morto — e a câmera do jogo não é side scroller: toda a ação é vista em um mix de top view com perspectiva isométrica, lembrando um pouco a câmera da série Diablo.

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De modo geral o jogo não é para os fracos e vai exigir fibra e reflexos rápidos do jogador. Por não ter inimigos aleatórios nem nenhum elemento procedural, a repetição propiciada pela morte permite que você aprenda a explorar cada fase da melhor maneira possível, “decorando” a disposição básica dos inimigos para adequar sua abordagem. Na prática, acabamos “dominando” as fases conforme vamos passando por elas, mas em muitos casos você vai querer se ajoelhar e agradecer por ter conseguido finalmente vencer!

Para diminuir um pouco do seu trabalho, você pode em alguns momentos executar golpes na surdina ou então evitar de entrar em certas partes do ambiente para não despertar a atenção de mais inimigos. Para isso é bom usar a cabeça e ficar ligado para não perder boas oportunidades de despistar inimigos.

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Até existe uma seleção de modo Normal ou Hardcore, mas sinceramente não consegui notar diferenças entre elas, após jogar nas duas. A conclusão é de que é tudo muito difícil em Redeemer, e só aqueles que estão preparados para sofrer e superar seus próprios limites conseguirão seguir adiante no game sem dar o famoso “rage quit”.

O suor que compensa

Todo o processo de aprendizagem da movimentação dos diferentes personagens, onde estão as armas, quando usá-las e quando desviar é recompensado pelas cenas de brutalidade: quando você realiza um golpe mais forte nos oponentes, a ação fica levemente mais lenta e a tela que é top-down, se aproxima mostrando em detalhes o ataque sangrento sendo aplicado.

Confira um pouco de gameplay abaixo:

Esses efeitos trazem boas lembranças dos Fatalities e dos X-Ray Attacks da série Mortal Kombat. Mas não se preocupe: para jogar Redemeer você não vai precisar decorar sequências complexas de comandos, na prática é bem fácil se familiarizar com os controles do jogo, difícil é conseguir sobreviver para colocar seus talentos em ação!

Porém, não se pode negar que, como na série Souls, o sofrimento está diretamente ligado à satisfação de superarmos os desafios que o game entrega:como é maravilhoso derrotar todos os 20 inimigos que te atacam ao mesmo tempo após a décima tentativa e triturar as cabeças deles em instrumentos deixados convenientemente no cenário.

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Para os colecionistas de plantão, em Redeemer você pode se desafiar a encontrar pergaminhos muito bem escondidos nas fases, que desbloqueiam artes conceituais dos personagens e da história. Aliás, você vai poder conhecer mais sobre a trama do jogo através de arquivos do menu de extras, que conta um pouco sobre os personagens que você já teve contato.

Diversos modos para matar e morrer

Redeemer conta com o Modo História que é dividido em fases ou capítulos: se você desligar o jogo, terá que recomeçar pelo início da fase, cada uma delas tem seus pontos de checkpoint que não são assim tão frequentes. Portanto, mesmo com o checkpoint, pode ser que você tenha que repetir vários minutos de gameplay se morrer.

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Existe também o Modo Arena: nele você tem que sobreviver a hordas de inimigos o máximo que puder para fazer o máximo possível de pontos. É possível escolher em qual fase disputaremos a Arena, mas para desbloqueá-las, é preciso primeiro passar pela respectiva fase no modo história.

Independentemente do modo de jogo que você escolher, você sempre vai se surpreender com maneiras diferentes de matar o seu oponente: seja com chutes giratórios que os arremessam para longe ou até mesmo dar uma rasteira nele e esmaga-lo no chão com direito a muito sangue jorrando para todos os lados.

Os efeitos e desvantagens

Os efeitos e animações de Redeemer são ao mesmo tempo o ponto forte e fraco do jogo: apesar deles serem bem empolgantes e sangrentos, você não pode se dar ao luxo de usar eles a todo momento. É tradição no mundo dos games que, ao executar um ataque especial que requer mais tempo para a animação ocorrer, você fica livre de qualquer dano dos adversários.

Já em Redemeer isso não acontece, ao executar golpes mais brutos que demoram mais por conta da animação, você não está livre de ser atingido por outros inimigos, então esses movimentos não podem ser usados de forma descuidada, ou você pode acabar morrendo enquanto finaliza um oponente.

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O jogo também não está livre de alguns pequenos problemas, como você ficar preso em alguma porta porque demorou para sair dela ou ficar empacado em uma parte do cenário onde não devia ter entrado.  Felizmente, nada disso tira o restante do brilho desse jogo que vale a pena ser conferido.

Conclusão

Redemeer é um jogo de porradaria com efeitos empolgantes e alto nível de dificuldade, que mistura o ponto de vista de Diablo com o gameplay frenético dos bons e velhos beat ‘em ups. É uma experiência difícil e punitiva; você sentirá angustia por morrer, mas mais alegria ainda quando conseguir passar pelas fases.

A história de violência e vingança é bem no estilo dos jogos de pancadaria, e há fator replay caso você queira se tornar uma verdadeira máquina de matar, pois o jogo lhe dá a possibilidade de jogar várias vezes para conseguir desbloquear extras e bater recordes.

Redeemer estará disponível para PC na Steam a partir de amanhã, dia 1º de agosto. O game está com áudio, menus e legendas em inglês. Este review foi feito com base em uma cópia para imprensa, que recebemos antecipadamente da distribuidora para fins de análise.

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