Análise Arkade: Samurai Riot é um beat ‘em up com escolhas morais

16 de setembro de 2017

Análise Arkade: Samurai Riot é um beat 'em up com escolhas morais

Samurai Riot parece apenas mais um beat ‘em up 2D, mas ele tem um diferencial e tanto: escolhas morais. Conheça melhor o game em nossa análise completa!

Uma história feita de escolhas

Samurai Riot nos apresenta a 2 protagonistas: Tsurumaru e Sukane. Eles são membros do clã True Honor, e já no começo da história, Sukane informa o chefe do clã que sua missão de infiltração deu errado, ou seja: acabou a sutileza, o lance agora é chegar chutando a porta e descendo a porrada em todo mundo.

Esta é a premissa básica do jogo, e é assim que a história começa. Porém, como ela irá se desenrolar daí em diante depende muito das escolhas que você faz. Ao final de certas fases, você terá que fazer escolhas, que afetam drasticamente os rumos que a história toma.

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Prepare-se para encarar escolhas morais tensas.

Já no fim da primeira fase você deve decidir se continua no seu clã ou se solidariza com a rebelião. Isso define os rumos da narrativa dali em diante, e no decorrer da campanha, terá que fazer escolhas ainda mais cabeludas, que irão mudar as fases que você visita e os chefes que você encontra, culminando em nada menos que 8 finais diferentes.

Confira nosso gameplay da primeira fase abaixo, com uma escolha já bem crítica ao final:

Considerando que o gênero beat ‘em up é majoritariamente linear, é legal vermos jogos que contornam isso, colocando escolhas — algumas bem dramáticas — que alteram o andamento do game. Sem contar que isso, obviamente, agrega fator replay ao jogo.

Ah, e se estiver jogando em 2 players e cada um escolher um caminho diferente, vocês terão que brigar (no jogo, tá?) para decidir na marra qual escolha será levada em conta!

Pancadaria cooperativa

O gameplay de Samurai Riot é bastante simples, o que é algo comum ao gênero. Temos dois botões de ataque, um de defesa e outro de agarrão. Jogando com um amigo — o modo cooperativo só aceita jogatina local, por enquanto –, temos ainda um botão que assume a função de ataques especiais em dupla.

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A pancadaria em coop é muito mais legal.

Enquanto Tsurumaru é o clássico samurai que mistura golpes de espada com chutes e granadas (ok, granadas não são lá muito “clássicas” em samurais), Sukane usa majoritariamente seus punhos, mas conta com a ajuda de seu pet, uma raposa que ataca os inimigos e pode até acorrentá-los (?!) para sua dona poder espancá-los.

Um detalhe interessante é que você pode escolher diferentes “escolas” — estilos marciais diferentes, que afetam os stats do personagem e algumas de suas mecânicas. Eu não testei todas elas, mas há variedade o bastante para justificar inclusive as outras partidas que você vai jogar caso queira ver todos os finais.

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No geral, o gameplay traz a simplicidade típica do gênero; uma pancadaria honesta e sem muita frescura. Por mais que seja possível curtir a campanha em modo single player, o ideal é arrumar outro player para jogar contigo, pois o jogo fica mais divertido e os golpes combinados fazem muita falta quando se joga sozinho.

Na verdade o jogo é tão focado nisso que é capaz de julgar o desempenho cooperativo dos jogadores, avaliando fatores como trabalho em equipe, ajuda mútua e bom aproveitamento da tela. Ainda que todo mundo possa simplesmente sair “martelando” o botão de ataque, agir com um mínimo de sincronia acelera o carregamento barra do ataque especial duplo, e você definitivamente vai querer estar com ele carregado na hora de encarar os chefões.

Audiovisual

Com personagens “desenhados” que são puramente 2D e cenários “pintados” que possuem beleza e profundidade, Samurai Riot não exagera na “maquiagem” mas entrega um visual bacana, com personalidade e estilo condizentes com sua temática.

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Alguns cenários são muito bonitos.

Como em (dezenas) de outros beat ‘em ups, é comum vermos inimigos iguais na tela, que possuem diferentes padrões de ataque conforme a cor de seus trajes — os inimigos de roupas vermelhas costumam ser os mais apelões, cuidado com eles.

Há vozes apenas nas cutscenes principais (que também são desenhadas), e a trilha sonora é muito bacana, pois mistura elementos tipicamente orientais com batidas mais modernas, o que cria um contraste bem interessante e agradável de se ouvir.

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Os chefes são grandes e apelões, como tem de ser.

Acho que, em termos de audiovisual o que mais incomoda são as legendas dos diálogos comuns (que rolam durante o gameplay): elas são pequenas e a fonte não é lá das mais fáceis de ler, o que acaba obrigando a gente a espremer os olhos para conseguir ler o que está sendo dito. Ah, e o jogo não está localizado para o nosso idioma, viu? Áudio, menus e legendas, só em inglês.

Conclusão

Samurai Riot é um beat ‘em up bastante old scholl, mas traz elementos diferenciados — escolhas morais que afetam a narrativa — que acrescentam camadas extras de complexidade à receita básica. Seu gameplay é simples, mas possui nuances que garantem um mínimo de complexidade aos combates.

Análise Arkade: Samurai Riot é um beat 'em up com escolhas morais

Especialmente indicado para quem tem um player 2 disponível para jogar junto, o que temos aqui é um jogo sólido e bem produzido, que mostra todo o seu potencial quando jogado no modo cooperativo local, que é a cereja do bolo.

Samurai Riot foi lançado em 13 de setembro. O game é exclusivo para PCs (via Steam).

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