Análise Arkade: Pegue sua pá e venha se aventurar no épico e nostálgico Shovel Knight!

29 de abril de 2015

Análise Arkade: Pegue sua pá e venha se aventurar no épico e nostálgico Shovel Knight!

Inspirado por diversos clássicos do mundo dos games, indo de Mega Man à Dark Souls, a aventura de um pequeno guerreiro munido de uma pá conquistou o mundo, e agora chega à nova geração de consoles com conteúdos exclusivos. Confira nossa análise na sequência!

Shovel Knight já foi lançado há quase um ano no Steam e em outras plataformas, como o WiiU e o 3DS. A Arkade meio que “deixou o jogo passar” no ano passado, mas não vamos repetir o erro: testamos o jogo no PS4, no Vita e no Xbox One, e trazemos nossa opinião sobre esta pérola indie na sequência!

O guerreiro, a feiticeira e a pá

Análise Arkade: Pegue sua pá e venha se aventurar no épico e nostálgico Shovel Knight!

Shovel Knight conta uma história nada complexa, mas carregada de personagens carismáticos que dão charme ao jogo. Contando a história do homônimo Shovel Knight, um guerreiro que possui a poderosa Shovel Blade, uma pá multiuso capaz de derrotar os mais poderosos oponentes, o game nos leva em uma jornada em resgate à Shield Knight, companheira de Shovel que foi raptada por um grupo de guerreiros do mal, a misteriosa Order of No Quarter, a serviço de uma impiedosa e misteriosa feiticeira.

Durante a empreitada, Shovel encontra diversos personagens pitorescos: dos cidadãos dos vilarejos — que se dividem entre NPCs com informações preciosas até bardos em busca de suas partituras e vendedores com diversos itens e melhorias pro seu personagem –até aventureiros que estão em sua própria viagem, vez ou outra encontramos até seu arquirrival, Black Knight.

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O Shovel Knight por si só já é um personagem muito divertido e cativa o jogador. Apesar de falar pouco, ele é um sujeito de atitude e cheio de princípios, e sua simples determinação na busca da sua querida Shield Knight é uma demonstração e tanto de perseverança, e a relação dos dois é mais profunda do que parece, e rende momentos tocantes durante a jogatina.

Gameplay nostálgico

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Seguindo à risca a sua inspiração máxima — os clássicos do NES –, Shovel Knight possui uma jogabilidade simples e eficaz que lembra bastante o bom e velho Ducktales: apenas dois botões são o suficiente para nosso bravo cavaleiro da pá realizar todos os seus movimentos, como nos velhos tempos.

Usando simplesmente um botão de pulo, outro de ataque e o direcional (que, combinado com o botão de ataque, solta magias e usa itens), Shovel parte para diversas fases em um mapa que lembra muito Super Mario 3: a progressão depende do término dos estágios anteriores, e com a diversidade de fases, a complexidade testa a habilidade de novatos e veteranos.

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Do moderno Dark Souls chega a punição por morte: sempre que morre, uma parte de seus tesouros é derrubada, mas fica esperando no lugar onde você morreu. Os checkpoints são relativamente escassos dependendo da fase, e você ainda pode destruí-los para ganhar mais tesouros, mas aí eles deixam de funcionar, o que não é necessariamente um bom negócio pois caso destrua checkpoints e morra, você terá que refazer uma parte maior da fase.

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As fases são muito distintas entre si, variam de minas repletas de labaredas de fogo e lava, passando por uma maldita fase aquática (quem aqui não as odeia?) meio steampunk dentro de um submarino (?!) e chegando até aviões onde a força do vento influencia a movimentação do personagem e mansões mal assombradas, castelos, masmorras, florestas  e muito mais.

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Os inimigos e armadilhas também são muito interessantes, gerando um grande desafio e até uma aura de puzzle, fazendo você pensar duas vezes antes de matar um inimigo, pois ele pode se tornar um atalho para plataformas superiores.  Há também centenas de segredos pelo caminho, como paredes secretas e salas escondidas que revelam tesouros, segredos e mercadores com bom itens.

O fator replay do jogo também se torna alto, já que um modo New Game+ é disponibilizado depois que o game é zerado, gerando mais desafio para quem achou a primeira jogatina fácil e também diversos coletáveis, entre itens usáveis, armaduras e músicas perdidas, a serem encontrados.

Os gráficos e a trilha sonora

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Shovel Knight é carismático não apenas pela sua história: a sua parte audiovisual é simplesmente incrível, se destacando dos demais games no estilo retrô que tem saído, mesmo tendo a mesma raiz 8-bit pixelada.

O gráficos do game são muito bonitos, muito coloridos e paletas que não se tornam repetitivas, além de desenhos de personagens e cenários muito bem feitos. Apesar da aura oitentista, o game tira certa vantagem do hardware moderno, criando efeitos de parallax que enriquecem ainda mais o visual do jogo. Não é difícil você acabar se pegando olhando a beleza de algum cenário, como Pridemoor Keep.

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Como se isso não fosse o bastante, a trilha sonora é seu maior triunfo: pegando a essência de games como Mega Man, Contra e Castlevania, a trilha composta por Jake Kaufman (o mesmo do cult retrô Shantae and the Pirate’s Curse) é digníssima de se ter uma cópia física em casa, para ouvir a hora que quiser.

As músicas variam de temas medievais, como “No Weapons Here“, temas com cara de música eletrônica como “Of Devious Machinations“, músicas que empolgam a aventura como “Strike The Earth!“, além de melodias mais calmas, que quebram o ritmo frenético mas também são ótimas. E o melhor: encontrando as partituras espalhadas pelo mapa e devolvendo-as ao simpático bardo da vila, ele irá tocar as músicas do game para você, basta pedir!

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Como curiosidade, vale lembrar que todas as músicas de Kaufman são feitas com hardware do Nintendinho e, como ele mesmo diz em seu site, podem ser emuladas em um console através de cartuchos específicos. Para a trilha de Shovel Knight, ele ainda teve a colaboração de outra lenda das músicas de videogames, Manami Matsumae, que trabalhou na inesquecível trilha de Mega Man 2 e que atualmente trabalha no aguardado Mighty No. 9.

“Uma pá” de chefões

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E se tem algo que não poderia faltar e Shovel Knight dá conta do recado muito bem são suas Boss Battles, todas no melhor estilo do já citado Mega Man. Todas elas são super divertidas e oferecem um ótimo desafio. Cada chefe requer uma estratégica específica para ser derrotado e, como antigamente, têm padrões de ataque que mudam no decorrer da batalha.

O jogo oferece uma grande variedade de chefes: temos um viking monstruoso, um inventor e seu robô gigante, um cavaleiro em traje de mergulho digna de um Big Daddy e até a própria Morte. Todos eles possuem golpes distintos e são bem diferentes entre si, gerando aquela sensação de expectativa quando passamos de uma fase para outra.

Análise Arkade: Pegue sua pá e venha se aventurar no épico e nostálgico Shovel Knight!

Além dos chefões obrigatórios, o jogo conta também com vários chefes opcionais, chamados Wandering Travelers, que encontramos pelo caminho e adicionam um pouco mais ao enredo do game, desafiando . Aqui, as batalhas são tão bacanas quanto as contra os chefes tradicionais e sempre terminam em alguma surpresa para o jogador!

E não podemos esquecer que, com a chegada do game à nova geração, fomos brindados com algumas participações especiais incríveis! Nas plataformas da Sony, temos a presença do Fantasma de Esparta, Kratos, protagonista da franquia que todos nós conhecemos, God of War. A batalha é uma das mais longas do game, possui três rounds e impressiona pela boa dose de desafio.

Análise Arkade: Pegue sua pá e venha se aventurar no épico e nostálgico Shovel Knight!

Na versão Xbox One, que chegou ontem ao console (mas nós já jogamos), temos a presença ainda mais nostálgica dos Battletoads! Pimple, Zitz e Rash dão as caras em uma fase opcional pra lá de nostálgica, que resume alguns dos melhores momentos de seu jogo — incluindo a traumática fase da motinho — e culmina em uma batalha insana!

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Se você não se importa com spoilers, confira esta batalha retrô-épica no vídeo abaixo. Bote um reparo especial na trilha sonora e na movimentação dos sapos, retiradas diretamente de seus jogos das antigas:

Por essas bem-vindas e bem executadas surpresas e homenagens, não há como negar que Shovel Knight conseguiu ficar ainda mais épico em sua chegada aos consoles!

“Uma pá” de diversão e nostalgia

Análise Arkade: Pegue sua pá e venha se aventurar no épico e nostálgico Shovel Knight!

Shovel Knight é com certeza um dos indie games mais divertido que surgiu ultimamente. O game acerta em cheio em tudo que se propõe, graças a criatividade  e talento do pessoal do Yacht Club Games.

Se você está em busca de um game simples, desafiador, carismático e (principalmente) nostálgico, Shovel Knight é a pedida certa. O game ainda receberá alguns updates gratuitos no futuro, que adicionarão mais modos e personagens jogáveis. Então pegue sua á e não deixe de embarcar nesta aventura!

Shovel Knight foi lançado no último dia 21 de abril para Playstation 4, Playstation 3 e PS Vita, e chegou ontem (28 de abril) ao Xbox One. Desde junho do ano passado, o game está disponível para PC, Wii U e Nintendo 3DS.

4 Respostas para “Análise Arkade: Pegue sua pá e venha se aventurar no épico e nostálgico Shovel Knight!”

  • 29 de abril de 2015 às 16:41 -

    Manoel - pepê

  • Clássico muito bom!

  • 30 de abril de 2015 às 15:53 -

    Leandro alves

  • comprarei esse jogo numa Summer Sale da Steam. não que o jogo valha menos, é que já tenho que me ocupar com os jogos que tenho. boa a analise

  • 1 de maio de 2015 às 00:06 -

    Raony

  • Gosto muito do site , shovel knight é magnífico e tudo que dito na matéria está perfeito mas vcs , e infelizmente é a tendência que vejo no meio gamer ultimamente, sabem que é imperdoável demorar tanto pra falar de um jogo dessa magnitude só agora , e digo só agora que foi lançado para ps4 xbox , vcs até admitiram a falha no início mas será que todos dizem que gostam da Nintendo porém ninguém joga-o de verdade

  • 1 de maio de 2015 às 13:54 -

    Andrews Lutz

  • Pra quê gráficos ultra realísticos, se eu me divirto pra caralho com jogos desse gênero.

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