Análise Arkade: as diferentes facetas de um vilão em The Walking Dead: In Harm’s Way (Season 2 Ep. 3)

25 de junho de 2014

Análise Arkade: as diferentes facetas de um vilão em The Walking Dead: In Harm's Way (Season 2 Ep. 3)

Mais um mês se passa e mais um episódio da excitante jornada Clementine continua. Confira a análise do novo capítulo de The Walking Dead Season 2, intitulada In Harm’s Way na sequência!

Finalmente chegamos no que pode ser considerada a metade da história desta segunda temporada de The Walking Dead. Clementine continua sua jornada encontrando novos personagens (porém, conhecidos pelo jogador se você jogou o conteúdo adicional 400 Days), enfrentando o mais novo vilão desta temporada e driblando novos obstáculos enquanto tenta atingir o simples objetivo de sobreviver em um mundo infestado de zumbis e uma ameaça pior ainda: os próprios sobreviventes.

Antes de começarmos a discutir sobre In Harm’s Way, quero avisar que esta análise não revelará nenhum spoiler importante deste episódio, porém alguns momentos pequenos serão discutidos a respeito dos últimos dois episódios, All That Remains e A House Divided, cujas análises você pode ler clicando nos links.

Agora vamos para a análise!

Análise Arkade: as diferentes facetas de um vilão em The Walking Dead: In Harm's Way (Season 2 Ep. 3)

In Harm’s Way continua horas após o emocionante e tenso embate contra o mais novo antagonista, Carver, indo para a base de operações onde Clementine e seu grupo irão ter que se adaptar, querendo ou não, a esta nova família.

Os primeiros momentos do game começam a demonstrar como a nossa protagonista está indefesa diante desta nova ameaça. Clementine pode ser bem madura e perspicaz para sua idade, mas ela ainda não havia encontrado ninguém tão frio, cruel e ardiloso como Carver.

Este episódio se apoia na força do vilão e em todas as suas facetas, desde seus objetivos, como ele lida com pessoas que discordam de suas regras e acima de tudo, como ser um líder competente — de seu próprio ponto de vista, claro — e pulso firme diante de todas as adversidades.

Assim como os vilões já vistos na série e nos quadrinhos, Carver também ganha o seu lugar na lista de personagens que amamos odiar. E o fato de ter sido dublado por Michael Madsen (Mr. Blonde em Cães de Aluguel, Budd em Kill Bill) ajuda muito na construção da personalidade do sujeito.

Análise Arkade: as diferentes facetas de um vilão em The Walking Dead: In Harm's Way (Season 2 Ep. 3)

Porém Carver não é o único personagem cativante nesta nova comunidade: conhecemos melhor um sobrevivente que detalha um pouco mais da história deste novo grup, em ais alguns personagens acabam se destacando e ganhando um lugar permanente para o futuro da jornada, como é o caso de Bonnie, que apareceu em um dos mini-episódios do DLC da primeira temporada, 400 Days.

O diálogo esta impecável como sempre; a Telltale consegue fazer um trabalho impressionante com o roteiro, tornando suas escolhas cada vez mais tensas e gerando consequências cada vez maiores em relação a maneira como Clementine é vista pelos outros sobreviventes. Isso para não mencionar o “…” — opção de ficar em silêncio” — presente em praticamente todos os diálogos do game até aqui, mas particularmente pouco utilizada, pois eu sempre tentava escolher uma opção que se encaixava no que a “minha” Clem faria.

Desta vez a ideia de que nenhuma resposta é boa o bastante e o sentimento de “é melhor eu ficar calado” se intensifica muito, especialmente durante as conversas mais importantes e cruciais entre Clementine e o persuasivo Carver.

Análise Arkade: as diferentes facetas de um vilão em The Walking Dead: In Harm's Way (Season 2 Ep. 3)

Assim como The Wolf Among Us, o terceiro episódio desta série se torna uma ponte de transições nas histórias de vários personagens, utilizando, como sempre, a morte como a ferramenta principal. Desde a morte literal de alguns personagens até a morte simbólica da inocência de outros, no final tudo se resume à morte.

The Walking Dead: In Harm’s Way novamente acerta em praticamente todos os seus pontos, introduz novos personagens, intensifica a psique de um vilão carismático, apresenta um contraponto notável à Clementine, e ainda deixa um gancho insuportavelmente tenso para o início do próximo episódio.

Faltando apenas dois episódios para o fim desta temporada, o futuro de Clem e seus amigos ainda é incerto, mas a narrativa mantém o jogo mais empolgante do que nunca…  e nos deixa empolgados para ver os novos projetos da Telltale, como Tales of the Borderlands e Game of Thrones.

The Walking Dead: In Harm’s Way está disponível para PC, PS3, X360, PS VitaiPhone e iPad.

Nota do editor: sabemos que essa resenha está “um pouco” atrasada, mas assuntos como a cobertura da E3 e o preview de Destiny acabaram deixando as coisas meio corridas por aqui. Mas, como diz o ditado, “antes tarde Duke Nukem“. =)

6 Respostas para “Análise Arkade: as diferentes facetas de um vilão em The Walking Dead: In Harm’s Way (Season 2 Ep. 3)”

  • 25 de junho de 2014 às 18:29 -

    Kubrick Stare Nun

  • No final eu nem saí. Quem mais?

    • 25 de junho de 2014 às 22:08 -

      Diego

    • [2] Só não tenho certeza se foi pelo Gore ou pra saber a reação da Clem. Pior do que a cena é a espera pelo próximo episódio.

    • 26 de junho de 2014 às 00:42 -

      Henrique Gonçalves

    • Kubrick, eu não saí na hora do grande massacre e até agora estou dividido com a minha escolha hahaha. Eu quero ver se isso vai realmente afetar as escolhas da Clem nos próximos episódios, se é que ela vai ficar mais fria e séria com suas escolhas depois de ver uma cena tão grotesca.

    • 26 de junho de 2014 às 08:49 -

      Rodrigo Pscheidt

    • Eu saí, cara. Mesmo o cara sendo um FDP, minha Clem não é sádica a ponto de ficar para ver o que ia rolar. =P

      E como disse o Diego, o pior é a espera. SEMPRE é a espera… ainda mais da maneira como terminou esse episódio!

      • 26 de junho de 2014 às 10:34 -

        Henrique Gonçalves

      • O Rodrigo é um cara gente boa com a Clem dele, a minha tá ficando cada vez mais sádica e fria, e o pior, totalmente por acidente D:.

  • 30 de junho de 2014 às 21:38 -

    André Aquino

  • Eu também deixei minha Clementine ver o Kenny acabar com o Carver, mas eu não acho que isso deixará ela mais fria, tipo o cara matou muita gente, o mundo a qual eles vivem não tem lugar para criancinhas indefesas como aquela garota mais velha que não me recordo seu nome no momento que é filha do médico. O tempo todo, desde que eu controlei Lee na 1ª temporada e Clementine na 2ª temporada, eu estava controlando eles como se fosse eu mesmo no lugar deles, e a Clementine ver o Kenny acabando com Carver seria uma coisa boa de se ver, para lidar melhor com as coisas naquela realidade. Com certeza se aquela garota medrosa continuar daquele jeito, ela vai morrer rapidinho se não já morreu e por culpa dela seu pai foi morto, mas a culpa foi do pai dela porque protegeu demais. Ainda bem que eu segui o conselho daquele velho que disse que ela não duraria, que ele sugeriu ao Lee no primeiro jogo para cortar o cabelo dela e ensinar a atirar e assim eu fiz…

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