Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World

28 de maio de 2021
Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World

Wonder Boy é uma série que certamente está guardada nos corações de muitos jogadores lá dos anos 90 que tiveram consoles da Sega, principalmente o Master System e o Mega Drive. E um dos grandes clássicos dessa época está de volta!

Wonder Boy: Asha in Monster World é um remake completo de Monster World IV, lançado originalmente lá em 1994 para o Mega Drive, recriando a aventura com um novo visual em 3D e muitas novidades! Então chame seu Pepelogoo e vamos conferir nossa análise completa!

Dos 16-bits para a 8ª geração

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World

Wonder Boy: Asha in Monster World é um completo remake, recriando todo o game original e adicionando vários tipos de melhorias e algumas mudanças em seus sistemas. A principal e mais óbvia é a transição do 2D para o 3D.

E de forma muito satisfatória esse remake é incrivelmente fiel a seu original. Tudo o que havia lá está aqui também, todos os personagens, diálogos, mapas, músicas e mecânicas de gameplay. Se você jogou o original, sentirá a nostalgia fluir com força total enquanto joga.

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World

As diferenças ficaram mesmo pela construção dos mapas. No original, como tudo era em 16-bit, portas e transições de áreas dentro de um mesmo local eram ligeiramente confusas. Usando como exemplo o castelo da Rainha Praprill XIII, em que no original seu castelo era composto de muitas escadarias e salas dentro de salas.

No remake, todo o castelo tem um layout bem simples e fácil de entender. E a exploração do local acontece em alguns pontos em que é possível andar para trás e para frente no mapa. Lembrando que Wonder Boy: Asha in Monster World mantém um estilo 2.5D, em que você anda para a esquerda e para direita, indo para cima e para baixo somente ao entrar em portas, ou durante a exploração do castelo e da cidade de Rapadanga.

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World
O Castelo agora é muito mais simples de explorar!

Há ainda algumas pequenas diferenças, como por exemplo o vendedor estrangeiro. No original ele vendia armaduras, mas no remake vende braceletes para Asha (sendo mais condizente com seu visual). E a principal mudança é que agora você pode salvar o game a qualquer momento abrindo o menu, com o game inclusive brincando com isso, com o personagem Sage of Save, que no original servia para salvar seu progresso, comentando que agora ele “está sem emprego” por conta disso.

(Uma dica: Salve sempre que achar necessário, não há autosaves aqui e se você morrer sem nunca salvar vai literalmente voltar pro começo do jogo!)

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World
Para salvar agora basta apenas abrir o menu de pausa!

No mais, o que temos aqui é um game incrivelmente fiel a seu original, sendo algo novo, mas que captura perfeitamente o espírito da aventura de Asha em sua luta para salvar o mundo de perigosos monstros. Ah, e o melhor de tudo é que o game é criado pela equipe original de 1994!

Monster Boy? Por favor, Monster Girl!

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World

Monster Boy: Asha in Monster World pode manter o padrão ocidental do nome da série, mas o nome mais apropriado (fora o original, Monster World IV) é o de Monster Girl, pois Asha, a protagonista, é simplesmente incrível.

O game conta a história de Asha, que começa como uma simples garota de uma tribo, que sonha em se tornar uma heroína. Ela ouve as súplicas da Rainha Praprill XIII, chamando por qualquer um que possa ouvir sua voz, pois um terrível mal está prestes a surgir.

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World

A garota então parte em sua jornada, primeiramente para se tornar digna de se tornar uma guerreira e então em direção à cidade de Rapadanga, para iniciar sua luta contra os monstros. Lá, ela descobre que algo estranho está acontecendo, os quatro espíritos que protegem a cidade desapareceram e uma escuridão maligna está se aproximando da cidade.

Sua missão então é resgatar os quatro espíritos para salvar a cidade, explorando diferentes áreas de Monster World, cada uma com seus próprios perigos. Mas ela não irá sozinha! Pois estará acompanhada de uma nova e inusitada companhia, uma criaturinha voadora chamada Pepelogoo.

O gameplay de antes no game de hoje

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World
O Pepelogoo é seu melhor amigo na aventura!

Wonder Boy: Asha in Monster World tem exatamente o mesmo gameplay do original de 1994. Jogar esse game, mesmo com seu visual em 3D e suas novidades ainda assim é uma viagem muito nostálgica pois o remake captou perfeitamente o “feeling” original.

O que temos aqui é apenas o básico e necessário, sem complexidade nem nada do tipo. Um botão de pulo, um de ataque, um que aumenta o poder de ataque, movimentação, defesa e um para usar as habilidades de Pepelogoo. Sem mais.

A maior diferença para o original está na velocidade. Monster World IV tinha um gameplay bem rápido, tanto na movimentação de Asha quanto dos monstros. Aqui as coisas são mais cadenciadas, sem pressa. Isso não necessariamente diminui a dificuldade pois o original era um game bem amigável. Mas essa redução de velocidade não deixa o game lento, de forma alguma, apenas não tão rápido quanto o original.

Apesar da simplicidade de gameplay, há uma boa variedade de ações que podem ser feitas. Pular e atacar para cima ou para baixo e principalmente o Magical Hit. Conforme você acerta golpes em inimigos um medidor é preenchido. Quando ele estiver brilhante, segure o botão do Magical Hit e ataque, causando muito mais dano a todo tipo de inimigo.

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World

Mas o mais criativo são as habilidades de Pepelogoo. O monstrinho azul voador tem duas ações básicas: Ao apertar um botão, Asha assovia e chama o monstrinho para si, segurando-o com as mãos. Com ele em mãos, você pode realizar um pulo duplo ou planar no ar, ou jogá-lo para frente ou para cima – sendo essa uma ação com diferentes efeitos dependendo a área em que você está.

E uma coisa bem legal é que o Pepelogoo tem ações exclusivas para as diferentes áreas do game. Na área vulcânica, por exemplo, você pode jogá-lo em jatos de lava que saem do chão. Ele então servirá de plataforma para você subir para áreas mais altas usando o jato de lava como elevador. Ou por exemplo congelá-lo numa área de gelo e usá-lo para acessar portas inacessíveis.

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World

Parece cruel, mas o game deixa bem claro que os Pepelogoos gostam de calor e frio, não se importando em serem jogados em lava, congelados e etc. A única coisa meio chata de usar o monstrinho é que você precisa segurar o botão para chamá-lo, e toda vez que precisar dele ouvirá Asha assoviando. E as vezes isso é meio chato, pois precisamos da ajuda de Pepelogoo praticamente o game inteiro.

Audiovisual

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World

O game possui um visual bem bonito e fiel ao original. Todo o game possui visual em 3D em cel shading, mas recria com total fidelidade os visuais dos personagens. Os personagens humanos recebendo muito mais detalhes e estanho idênticos a suas artes conceituais. Dando ainda mais identidade a cada um, pois no original eles não tinham tantos detalhes por conta das limitações da época.

Cada monstros e principalmente os chefões estão exatamente como antigamente, incluindo seus movesets e até mesmo as animações quando eles são derrotados. E o melhor de tudo é que há muito mais qualidade de animações, principalmente de Asha. No original, sempre que ela abria um baú, ela fazia uma dancinha, agora ela tem três dancinhas diferentes ao abrir baús, só pra dar um exemplo. Além é claro de expressões faciais, fluidez de movimentos em ataques e etc.

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World
Todo o game tem um visual bem legal!

Na parte sonora o game é pura nostalgia, recriado todos os temas clássicos de forma perfeita. O game como um todo não possui muitas músicas, sendo que a maioria delas são diferentes variações do tema original, mas todas as músicas são excelentes, daquelas que vale a pena parar para prestar atenção nelas.

O game conta com vozes em japonês e menus e legendas em inglês, infelizmente não possuindo localização em nosso idioma. Inclusive, há até alguns errinhos nos textos em inglês, que deixam algumas falas estranhas e um pouco sem sentido as vezes.

Conclusão

Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World

Wonder Boy: Asha in Monster World é uma verdadeira joia do passado que recebeu vida nova de forma gloriosa e muito divertida. Simplicidade e carisma são as palavras que eu creio que melhor descrevem o game. Isso sem mencionar a nostalgia, obviamente.

Se você jogou Monster World IV no Mega Drive na década de 90, ou mesmo se nunca sequer viu nenhum game da franquia, saiba que encontrará muita diversão aqui. E nostalgia, mesmo que você não tenha vivido a saudosa década de 90! O game possui inclusive uma boa duração para um representando do gênero de plataforma dos anos 90, chegando até a 4 horas ou mais de jogatina se o jogador decidir explorar tudo o que o game tem a oferecer!

Wonder Boy: Asha in Monster World está sendo lançado hoje, dia 28 de maio com versões para PC, Playstation 4 e Nintendo Switch. O game é produzido pelo Studio Artdink e possui versões digitais, distribuídas pelo mesmo estúdio. E conta ainda com versões físicas distribuídas pela ININ Games. E a versão física ainda vem com um brinde bem legal: Ela inclui o Monster World IV original de Mega Drive!

Uma resposta para “Análise Arkade: revivendo os anos 90 em Wonder Boy: Asha in Monster World”

  • 28 de maio de 2021 às 23:08 -

    Helinux

  • Bons tempos da era 8 e 16 bits da vida gamer!!!! valeu!!!!

Deixar um comentário (ver regras)

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *