Brasil Game Show 2018 – A história de Howard S. Warshaw, e do E.T. para Atari

4 de setembro de 2018

Brasil Game Show 2018 - A história de Howard S. Warshaw, e do E.T. para Atari

A Brasil Game Show 2018 terá neste ano um importante capítulo da história dos videogames, em carne e osso. Trata-se de Howard Scott Warshaw, um dos grandes nomes dos games nos anos 80. Mas que também teve seu nome marcado no que é conhecido hoje como o pior jogo de todos os tempos.

O homem que esteve por trás de E.T. para o Atari estará presente em sessões de Meet & Greet. Também compartilhará um pouco de sua vida e carreira no BGS Talks. Além de receber homenagens no Wall of Fame, junto a Hideo Kojima, Nolan Bushnell, Ed Boon e Phil Spencer.

O cara que fez o primeiro game baseado em filmes

Brasil Game Show 2018 - A história de Howard S. Warshaw, e do E.T. para Atari

Warshaw nasceu no Colorado, Estados Unidos, em 1957. Graduado em Engenharia do Computador, seu primeiro trabalho foi na HP, mudando-se em seguida, para a Atari, em 1981. Assim sendo, logo foi ganhando espaço na empresa, mostrando muito talento. Yars’ Revenge, adaptação de Star Castle, é querido até hoje, e reconhecido como um dos melhores games feitos para o Atari 2600.

E, quem pensa que o game de E.T. foi a primeira adaptação de filmes para games, está equivocado. Warshaw já havia trabalhado em um game, que curiosamente, tinha o envolvimento de Spielberg. Aos 24 anos, ele havia desenvolvido o game baseado em Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida. Seu nome já estava sendo escrito na história, pois esta é o primeiro game baseado em filmes.

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Seu prestígio era alto. Por isso, recebeu a missão de trabalhar com outro fenômeno de bilheteria. E.T. o Extra Terrestre, trouxe junto com seu sucesso de bilheterias um problema que seria comum, em games inspirados no cinema. No entanto, o tempo curto de desenvolvimento, que, na pressa de lançar o jogo em data próxima a estreia, diminuiu a qualidade.

Problemas, tempo curto, e o pior game de todos os tempos

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No entanto, o tempo disponível para fazer o jogo era absurdo. Cinco semanas. O resultado da “pressa” não poderia ter sido pior. Surpreendentemente, o jogo era feio, confuso e levou a Atari a perder milhões e milhões de dólares. Mas é claro que a crise na Atari não foi culpa de Warshaw. O game, que foi, de fato, problemático, foi apenas um de muitos fatores, que envolviam más decisões e uma condução equivocada nos negócios, que levaram a companhia a ser vendida e dividida anos mais tarde. E nunca mais recuperar os seus dias de glória.

Howard ainda desenvolveu mais um game antes de deixar a Atari. Ele entregou um game chamado Saboteur. E assim, saiu da companhia. Ainda haveria tempo para mais um game. Baseado na série Esquadrão Classe A (passava no SBT durante os anos 80), mas o game nào foi lançado, pois os problemas na companhia já eram gravíssimos.

Brasil Game Show 2018 - A história de Howard S. Warshaw, e do E.T. para Atari

“E.T. precisa de ajuda.”

Em matéria da BBC, Warshaw explica muitos dos problemas. Com a Atari perdendo terreno no mercado para os computadores pessoais, era preciso fazer que E.T. fosse, primordialmente, um fenômeno nos games, assim como foi no cinema. Por isso, tal pressão o levou a “o trabalho mais difícil de sua vida”, como o próprio afirma. Ele precisou montar uma estação de trabalho em casa. Trabalhando, assim, quase 24 horas por dias, comendo e dormindo pouco.

A Atari achava que apenas pelo E.T. na capa seria sinônimo de vendas altas. E isso de fato aconteceu, no início. No entanto, relatos de descontentamento, matérias com críticas negativas em jornais e devoluções, fizeram com que a tiragem inicial de 4 milhões de cartuchos vendesse apenas 1.5 milhão. O que rendeu o famoso episódio de fitas enterradas no deserto.

Mas Warshaw, com razão, se defende de não ser o grande culpado da crise dos videogames que este episódio ocasionou. “É incrível ser responsabilizado por ter derrubado sozinho uma indústria bilionária, com apenas 8 kb de código. A verdade é um pouco mais complexa”. A história o defendeu, anos mais tarde.

Fora da Atari: Hora de mostrar os muito talentos

Brasil Game Show 2018 - A história de Howard S. Warshaw, e do E.T. para Atari

Já fora da Atari, foi a vez de escrever. Primeiramente, com um guia de cartas para o jogo PAN, de baralho, e um outro feito para as técnicas do sucesso acadêmico, chamado Conquering College. Também trabalhou com documentários, como o From There to Here: Scenes of Passage. O vídeo falava sobre duas mulheres russas que imigraram aos Estados Unidos, uma em 1920, e a outra em 1980.

Ele também produziu o documentário Once Upon Atari, com entrevistas e histórias de pessoas envolvidas com a empresa no final dos anos 70 e início dos 80 (ou seja, antes do caos). E participou do documentário Vício e Consentimento, que fala sobre a cena BDSM em São Francisco.

Brasil Game Show 2018 - A história de Howard S. Warshaw, e do E.T. para Atari

O site oficial de Warshaw, onde presta consultoria e terapias no Vale do Silício.

Voltando aos games, Warshaw esteve presente no PhillyClassic 5, em 2004, para autografar cartuchos de Saboteur, produzidos pelos fãs. O game também foi melhor distribuído naquele ano, afinal o primeiro Atari Flashback havia sido lançado. Posteriormente, ele ainda interpretou a si mesmo em 2008, na série Code Monkeys, e, através de sua formação posterior em psicoterapia (o que rendeu os documentários acima expostos), dá palestras e atende casais em consutório particular.

Entretanto, mesmo distante dos games, no que diz respeito ao desenvolvimento, Warshaw segue querido pelo público. Participou do filme Angry Video Game Nerd: The Movie, baseado no canal de Youtube do Angry Video Game Nerd. E, no filme, o tema era o famoso episódio das fitas de E.T. enterradas no deserto do Novo México. Seu legado, envolveu grandes games, um capítulo polêmico, mas importante na história dos games, e também uma contribuição incrível ao estudo dos comportamentos humanos.

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O novo lote de ingressos para a Brasil Game Show tem 19% de desconto. E segue com a meia entrada para os que doarem 1kg de alimento não-perecível na entrada do evento, além de estudantes, idosos, professores e pessoas com deficiência. Também estão disponíveis com desconto o passaporte, que dá acesso aos quatro dias de evento, e o Fast Pass, que garante entrada com uma hora de antecedência.

Você pode adiquirir ingressos para a Brasil Game Show em www.brasilgameshow.com.br.

Serviço – BGS 2018

  • Quando: 10 a 14 de Outubro (1º dia exclusivo para imprensa e negócios)
  • Onde: Expo Center Norte
  • Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo – SP
  • Horário: 13h às 21h

Ingressos  – até 11/9

Individual (meia-entrada) – R$ 89 (ingresso individual para 1 dia de evento aberto para público – 11, 12, 13 ou 14 de outubro)

Individual Fast Pass (meia-entrada) – R$ 178 (ingresso individual para 1 dia de evento aberto para o público – 11, 12, 13 ou 14 de outubro, com entrada 1 hora antes do público geral)

Passaporte (meia-entrada) – R$ 267 (acesso a todos os dias de evento abertos ao público – 11, 12, 13 e 14 de outubro)

Premium – R$ 549 (acesso a todos os dias de evento, incluindo o dia exclusivo para imprensa e business – 10, 11, 12, 13 e 14 de outubro)

Sobre a Brasil Game Show – realizada pela primeira vez em 2009 na capital carioca como Rio Game Show, a BGS está a caminho de sua 11ª edição. Em 2018, a maior feira de games da América Latina será realizada de 10/10 a 14/10, no Expo Center Norte, em São Paulo.

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