Campus Party 2013: palestra discute o desenvolvimento de games no Brasil

1 de fevereiro de 2013

Campus Party 2013: palestra discute o desenvolvimento de games no Brasil

A paixão pelos games e a vontade de participar deste mercado é o que motiva o nascimento de muitas novas produtoras. Porém, como o Brasil ainda engatinha neste cenário, é comum que os novatos errem a mão, e várias iniciativas sejam canceladas muito antes de ter produzido algo. Nada melhor que a opinião de alguns especialistas para evitar este problema!

Para ajudar a esclarecer este cenário, a Campus Party trouxe Mauricio Tadeu Alegretti, diretor da Smyowl Desenvolvimento de SoftwaresJuliano Alves, gerente de marketing da Intel, consultor da Abragames e antigo CEO da Oniria. Com experiência no ramo, ambos ajudaram os campuseiros a lidar com a difícil missão de se desenvolver games no Brasil.

A falta de planejamento é citada como o primeiro e maior erro dos novos desenvolvedores: geralmente eles se preocuparem apenas em montar uma equipe e não cuidam de todo o resto. O valor do projeto também merece atenção, baseado no tamanho do game, que também vai envolver o tamanho de sua equipe e a atenção dedicada ao game, seja ele grande ou pequeno.

Outro ponto analisado é a necessidade de saber vender o jogo. Saber se vale a pena colocar em uma caixinha ou usar as já muitas lojas online para download direto.

Campus Party 2013: palestra discute o desenvolvimento de games no Brasil

O mercado de games no Brasil e no mundo: temos muito o que fazer

Foi apresentado o tamanho do mercado de games no mundo e a nossa posição dentro dele. Somos apenas o 15oº mercado do mundo. Apenas 2% das casas brasileiras têm um console (nos EUA esta porcentagem vai para 45%) e temos apenas 2% de fatia do mercado mundial de games.

Mas isto não é motivo para desânimo, segundo os palestrantes: para melhorarmos nossa posição, temos que encarar nossos problemas, que são a alta carga tributária sobre os jogos, a pirataria, a burocracia e a falta de uma classificação etária decente.

Temos ainda um problema de mão de obra: existem muitos profissionais qualificados no Brasil, mas a falta de oportunidades por aqui faz com que este povo seja levado por empresas estrangeiras.

Claro que nossa situação está melhorando, pois hoje já existem alguns  incentivos do Governo Federal (poucos, é verdade, mas pelo menos existem) que andam atraindo algumas empresas para o Brasil, temos também a possibilidade do diálogo, além de mercados que estão aí sem muita atenção e são bons investidores, como os árabes e os chineses.

O mercado nacional de games tem caminhado a bons passos, mas ainda precisa amadurecer muito e se estabelecer.

Para isso, um trabalho conjunto entre empreendedores, desenvolvedores, a comunidade gamer e o governo federal poderá fazer do nosso videogame um produto tão – ou até mais – competente do que os concorrentes globais, pois talento nós já temos. Falta apenas o incentivo.

7 Respostas para “Campus Party 2013: palestra discute o desenvolvimento de games no Brasil”

  • 1 de fevereiro de 2013 às 10:18 -

    Renan do Prado

  • Eu acho que ainda vai demorar um certo tempo até o Brasil se firmar nesse mercado como produtor. Mas acredito que vamos chegar lá!!!

  • 1 de fevereiro de 2013 às 11:17 -

    leandro leon belmont alves

  • espero que tenhamos empresas de games AAA brasileiras um dia. mas desde que as Indies não sumam também. já fizeram bons games com pouco investimento.

  • 1 de fevereiro de 2013 às 11:41 -

    Eder

  • Não digo que espero do Brasil um grande potencial na produção, mas, ao menos ser um grande país na comercialização, distribuição, fabricação e uma mente mais aberta quanto ao desempenho de games no dia-a-dia, seria ótimo. De fato vai demorar, no Brasil, a política fecha Bingo, e os mesmo que proibiram vão para Las Vegas se divertir, é o mesmo que ser contra às drogas e fumar um baseadinho de vez em quando. Bom, aguardemos.

  • 3 de fevereiro de 2013 às 14:43 -

    Arthur

  • bem senhores, eu curso administração para isso, meu sonho é juntar dinheiro para criar um estúdio de produção e desenvolvimento de jogos e animações.

    ate lá vou juntando e investindo dinheiro para a empreitada.

    • 3 de fevereiro de 2013 às 16:19 -

      Arthur

    • e por deus, quero que o governo fique o mais longe possível dos desenvolvedores de jogos brasileiros.

  • 20 de março de 2013 às 15:38 -

    Juliano Barbosa Alves

  • O mercado de games já superou barreiras e hoje já é uma indústria reconhecida e séria. Ainda temos muitas coisas a serem superadas e infelizmente trabalhar com o Governo e com a indústria ainda é um dos passos essenciais.

    Entendo a frustração de muitos, mas continuo acreditando que é essencial que os desenvolvedores de games encarem de frente a missão de mudar a cabeça e a percepção dos políticos e de toda a sociedade. Foi assim nos grandes mercados (EUA, Europa e Japão) e aqui devemos fazer o mesmo. :)

    Inclusive, agradeço pela matéria feita pelo Arkade mas gostaria de afirmar que deixei de ser CEO da Oniria em 2011. Atualmente sou gerente de marketing da Intel mas continuo apoiando todos os desenvolvedores de games. ;)

  • 12 de junho de 2013 às 15:46 -

    Severino

  • Olha eu estou começando agora no desenvolvimento de games, e acho que podemos sim ir longe com nosso projetos e criar uma indústria forte e séria no Brasil, se no unirmos e falarmos que queremos assim assim será, eu como desenvolvedor independente, tenho em mente que tudo irá melhorar ainda. e acreditem muitos aqui no Brasil ainda vão ver meu nome se pronunciado, e todos se perguntando, como simples técnico em eletrônica e informática mudou sua vida com desenvolvedor de games para PC e afins…. este ai é meu comentário obrigado.

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