O criador de The Evil Within e Resident Evil defende personagens femininas fortes e independentes

25 de outubro de 2014

O criador de The Evil Within e Resident Evil defende personagens femininas fortes e independentes
Em uma entrevista recente de Shinji Mikami, o assunto foi a respeito de suas personagens femininas que marcam presença em vários jogos no qual ele produz. O que ele pensa a respeito delas você confere bem aqui.

É inegável que The Evil Within está dando o que falar e em uma entrevista recente (com o título de “o Poderoso Chefão dos jogos de Horror”) para o The Guardian, Shinji Mikami, o homem por trás desse grande título e da franquia Resident Evil, entre outros assuntos disse que investe em personagens vulneráveis, que não tem vergonha de mostrar seu lado humano. Ele alega que a experiência do jogador se torna muito mais aterrorizante quando há duvidas se seu personagem vai viver ou morrer (seja no jogo em si ou na história que se desenrola).

“A morte e a sobrevivência precisam estar em uma constante gangorra. Se há uma situação em que você não está 100% certo de que você pode evitar ou derrotar os inimigos, é onde reside horror. Criar essa situação é vital. Além disso, eu não quero ficar ali atirando em dezenas de inimigos. Eu não tenho a energia para isso“, explica Mikami.

O criador de The Evil Within e Resident Evil defende personagens femininas fortes e independentes

Quem conhece seus jogos sabe como suas personagens femininas são fortes e independentes. Na entrevista, diz que não gosta de personagens submissas, além de se recusar a retratá-las dessa maneira: “Em alguns jogos, elas são representadas com seios ridiculamente enormes. Eu evito esse tipo de erotismo óbvio”, provoca.

Mikami também mostra seu descontentamento com a personagem Rebecca Chambers. “Ela é submissa, não é independente. Eu não queria incluí-la, mas a equipe queria esse tipo de personagem no jogo (da franquia RE, incluindo o RE Zero, no qual ela é protagonista) por algum motivo. Tenho certeza de que fazia algum sentido para eles. E no Japão, essa personagem acabou se tornando muito popular”.

O criador de The Evil Within e Resident Evil defende personagens femininas fortes e independentes

E você? Já jogou algum dos títulos de Shinji Mikami? Concorda com o que ele pensa a respeito das garotas que aparecem em seus jogos? Você também acha que Rebecca Chambers não é independente como Jill Valentine?

E fique ligado na Arkade que em pouco tempo teremos uma análise de seu novo jogo The Evil Within, e se você já está jogando, nos diga o que está achando de uma das maiores febres do ano!

Via (The Guardian)

16 Respostas para “O criador de The Evil Within e Resident Evil defende personagens femininas fortes e independentes”

  • 25 de outubro de 2014 às 15:09 -

    Will

  • Engraçado ele falar que não gosta de personagens submissas, e criticar a Rebecca Chambers, sendo que anos depois de dirigir o RE1, ele dirigiu o RE4 com uma das personagens mais submissas e irritantemente dependente do mundo dos games, Ashley Graham.Não entendo esse senhor Shinji Mikami.

    • 27 de outubro de 2014 às 04:44 -

      Onigumo

    • Ajudaria se fosse acompanha-se a tragetoria do artista e muito esclarecedor…..

    • 27 de outubro de 2014 às 11:43 -

      Albert_Dark

    • A Ashley é praticamente uma ferramenta de roteiro pra história do Leon.

  • 25 de outubro de 2014 às 15:10 -

    Joanna Lipe

  • Precisamos tbm de mais personagens trans, pra ontem. Quero alguém em que eu possa me identificar e não só gente cis…

  • 25 de outubro de 2014 às 15:18 -

    Joanna Lipe

  • Rebecca Chambers não tem nada de submissa, se as pessoas gostam dela (assim como eu a amo) é pq ela é humana, e vejo essa coisa de criar personagens femininas fortes como algo que pode fatalmente pegar o caminho errado. Força e independencia nao significa personagens indestrutíveis, mas de personalidades verossimeis, com fraquezas e pontos fortes. Como todo mundo, o que falta é uma representação honesta sobre personagens mulheres, e sexo e generodiversas.

    • 27 de outubro de 2014 às 04:50 -

      Onigumo

    • Cara concordo quando voce fala que os jogos ( assim como qualquer midia e arte) podiam se propor a ajudar na luta contra o preconceito, ate porque sao justamente estes que tem maior poder de influenciar o comportamento das pessoas, contudo quando voce começou a traçar diretrizes sobre como os jogos devem ser feitos acho que voce errou feio. Nao se deve dizer a um artista ou a um grupo deles como se expressar, e errado, voce gosta de personagens mais reais, eu tambem, como tambem adoro os exagerados, nao podemos determinar como deve ser produzido, nosso julgado e pessoa e qualitativo e devemos lutar para que seja assim sempre!

    • 27 de outubro de 2014 às 11:40 -

      Albert_Dark

    • Eu concordo com seu ponto de vista, mas no caso da Rebeca (principalmente no RE Zero) não faz sentido ela ser a bonequinha frágil, ela é parte do time de Elite de resgate da cidade, a personalidade dela deveria ser muito mais forte do que é mostrado.

  • 25 de outubro de 2014 às 18:16 -

    Carlos Schneider

  • Esse é o estilo do Shinji mas discordo com ele  em certo ponto, a mulher pode sim se mostrar bem sexy e ao mesmo tempo ser fodona, tipo a Bayonetta, Ivy . RE pelo o enredo em si ficaria meio estúpido com mulheres semi nuas e peitudas, vai de cada franquia.

    • 25 de outubro de 2014 às 21:02 -

      joanna lipe

    • Pera lá, campeão. As desenvolvedoras tem responsabilidades nessa coisa, em hipótese alguma deveria ter objetificação feminina aí. Aliás, hiperssexualização de corpos.

      • 26 de outubro de 2014 às 02:09 -

        Carlos Schneider

      • N entendi direito, por acaso vc quer q os games sejam padronizados a teu gosto pessoal doq vc acha certo ou errado? É isso mesmo? Vc tá misturando ficção com mundo real? Então acho q vc tá no lugar errado. Oq acontece nos jogos seja violência gratuita, objetificação de homem e mulher, crimes e várias coisas ficam por lá, misturar isso com a realidade seria no mínimo esquizofrenia. Ou vc gosta e consome o produto ou não, simples assim, como filmes, HQ’S entre outras mídias.

      • 26 de outubro de 2014 às 09:07 -

        Giovani

      • Joanna.Esta posição autoritária sua é muito prejudicial ao artista e ao desenvolvedor de jogos.As empresas têm responsabilidades,sim,dentro da lei.Se um jogo é ruim,deve ser ignorado,se este jogo efetivamente fere a lei de algum país,deve ser punido no âmbito dela.Mas nunca,NUNCA devemos impor “como um jogo deve se comportar”.A liberdade é combustível do bom e do mau artista.

      • 26 de outubro de 2014 às 16:32 -

        joanna lipe

      • Quer dizer que é autoritario eu cobrar uma representação respeitosa sobre generos em detrimento do ego de um suposto “criador”? aff…

      • 26 de outubro de 2014 às 18:16 -

        Carlos Schneider

      • Não Joanna, vc tem todo direito de querer personagens que vc se identifica e tudo mais, acho até enriquecedor pro mundo dos Games, mas se entrar dentro doq é e n é respeitoso entre gêneros dentro de da FICÇÃO é meio complicado sabe, vc poda a fonte artística do cara. Tem coisa q n acho coerente mas jogo por ser DIVERTIDO exemplo GTA, n saio por aí atropelando e matando inocentes gastando tudo q tenho com várias prostitutas, da mesma forma q tem quem odeio e n consome. O fator do jogo é somente esse, divertir e mais nada. Abs,

  • 26 de outubro de 2014 às 18:18 -

    lucas_fiorentino

  • Que estranho. Achei meio contraditório. Ele disse que gosta de personagens que possam mostrar seu lado humano, defeitos, etc. Mas o que vejo nos seus últimos jogos é totalmente o contrário. Qualquer personagem de RE nos últimos jogos sai atirando que nem um doente e não tá nem aí pra isso. Não há questionamentos sobre a vida e essas coisas.

    • 27 de outubro de 2014 às 04:37 -

      Onigumo

    • Man, ele andou afastado da franquia por um bom tempo, foi ai que a coisa desandou, na verdade esse “efeito” tem acontecido em muitos jogos nos ultimos anos, se mikami tem culpa de alguma coisa ele tem culpa de ter se ausentado quando ninguem pode substitui-lo.

  • 27 de outubro de 2014 às 18:09 -

    Ana

  • Acho que o que ele quis dizer sobre a Rebecca é que a personalidade dela é incompatível para quem faz parte de um esquadrão de elite. Se ela fosse, sei lá, uma estudante de faculdade presa num apocalipse zumbi, se ela fosse uma garçonete, uma aeromoça (acho que nem aeromoça, já que essas meninas sabem sobreviver na selva o_O), uma professora, faria total sentido ela ser emocionalmente frágil com picos de coragem.Sobre o ponto de personalidade forte: é facilmente confundível com “síndrome-do-bloco-de-gelo”, que a Viúva Negra sofre no Vingadores. Todos os personagens fazem piadas, todos os personagens tem um momento de descontração, menos ela. E apesar de ela ser a personagem com o maior desenvolvimento na história (de agente da Shield sem o menor interesse em ajudar de fato os Vingadores para uma assassina interessada em limpar sua ficha), ela tem apenas uma faceta de personalidade apresentada.Sobre a Bayonetta, que citaram nos comentários acima: acho que é um dos poucos casos que eu não consigo imaginar a personagem sem sua sensualidade. Todos os seres humanos são sexuais em algum nível (alguns possuem nível 0, como os assexuais) e simplesmente existem mulheres donas de sua própria sexualidade. Acho o caso da Bayonetta bem ímpar porque é algo bastante inerente a ela. Ela é sexy, dona da sua própria sexualidade, seduz X inimigos ao seu redor com sua sensualidade e da mesma forma que os conquista, os derrota. É como se fosse o Alpha dominante e a grande dominadora de todos no ambiente.

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