E-Sports começa a abrir as portas para as mulheres

3 de janeiro de 2022
E-Sports começa a abrir as portas para as mulheres

Os ventos parecem mais favoráveis para as mulheres nos últimos anos. Lugares que antes eram predominantemente masculinos, como a política e alguns jogos, estão ganhando a presença delas.

Porém, ainda existe um longo caminho a ser percorrido. Nos jogos eletrônicos, as jogadoras ainda sofrem assédio e preconceito. Para muitos, elas não deveriam estar ali, apenas por serem mulheres e, consequentemente, menos capazes.

A boa notícia é que os jogos eletrônicos já possuem competidoras de peso para provar o contrário. Aliás, a presença delas não para de crescer!

Mulheres já são maioria de casual gamers

De acordo com a Pesquisa Gamer Brasil 2020, 61,9% dos casual gamers são mulheres. Ou seja, elas são o principal público de jogos digitais acessíveis, como Candy Crush, Tetris, etc. Além do mais, os casual gamers são aqueles que não dedicam tanto tempo à prática.

Por outro lado, as mulheres representam 38,7% do público hardcore gamer – um número já considerável e que tende a aumentar. Nesse tipo de jogo, é possível citar vários exemplos, como Counter Strike e GTA.

Além de haver maior incentivo para a participação feminina, é importante destacar que existe uma maior divulgação dos jogos. Os próprios casual games podem ser uma porta de entrada para as mulheres. Por exemplo: meninas podem começar em jogos simples e depois se desafiarem para outros mais complexos.

Desafio é provar o próprio valor

Apesar de ter mais oportunidades para as mulheres nos jogos eletrônicos, elas ainda precisam vencer o primeiro degrau, que é demonstrar o próprio potencial. Em entrevista sobre e-Sports e o público feminino, para o site eSports bets Betway, Amanda “AMD” Abreu afirma que sempre quis ser uma jogadora profissional. Porém, o primeiro passo foi encontrar referências para mostrar à família.

“Desde muito cedo, eu sempre quis que a minha profissão fosse ser jogadora de CS. O problema é que lá em 2010 tinham pouquíssimos exemplos femininos que tiveram sucesso. E foi por isso que foi difícil para minha mãe acreditar que eu chegaria a algum lugar”, afirma a competidora.

Vale notar que a mãe de Amanda jogava Tomb Raider. Esse foi o primeiro referencial da jovem, e o que a impulsionou a entrar no mercado. Mas os desejos de Amanda eram ainda maiores e, depois de conhecer algumas profissionais, ela percebeu que era possível, além de ter feito grandes amizades.

“Eu tive oportunidade de jogar com as melhores do cenário. É uma experiência muito doida porque muitas dessas meninas eu assistia no começo da minha carreira e sonhava em jogar junto, a santininha é um exemplo desses. Eu tenho contato com todas, inclusive com as que não eram minhas amigas. Eu acho que o mais gostoso desse mundo é isso daí: como a gente cria laços de um trabalho que ficam para a vida.

Elas também são especialistas

Em muitos esportes, quando o atleta se aposenta, ele se torna comentarista. Assim, ele utiliza o conhecimento adquirido, ainda que deixe de competir. Nos jogos eletrônicos, isso também está se tornando uma tendência, inclusive para as mulheres.

Aos 26 anos, Amanda Abreu já é uma especialista dos jogos em que possui mais prática, CS:GO e Valorant. Aliás, ela fez a cobertura do último mundial do jogo de tiro tático da Riot Games, o que comprova sua expertise e talento.

Para o futuro, a jovem afirma que possui projetos voltados para o público feminino, e que deseja seguir analisando os jogos. “Quero me consagrar na carreira de comentarista. Espero ir muito longe nessa profissão porque eu literalmente me apaixonei por esse mundo”, afirma.

Seja em uma posição jornalística ou com os olhos nos próximos lances, o fato é que o mercado de e-Sports começa a se abrir para as mulheres. Por isso, a expectativa é que o público feminino continue crescendo!

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