A Escrava Isaura e a escravidão são abordados em Thralled, um jogo exclusivo para Ouya
Lembra aquele papo de que não tem nada na história ou cultura brasileira que poderia render um jogo interessante? Tudo conversa fiada, pois o Ouya irá receber com exclusividade um interessante jogo sobre a escravidão no Brasil durante o século 18, focada na icônica Escrava Isaura.
Thralled é o nome do jogo, um side-scrolling com a história focada na fuga de Isaura e sua busca pelo filho desaparecido. Isaura tem que lidar com traumas como a própria perda do filho, a condição escrava e a dor de seu passado. O jogo vai exigir movimentos silenciosos e vários obstáculos, hora reais, hora produzidos pela própria mente desesperada dela.
E como já diz o título, nada de smartphones nem consoles tradicionais, pelo menos por enquanto. A equipe de Thralled está certa de lançar o jogo exclusivamente para o pequeno console Android. “O plano é liberar o jogo apenas para o Ouya, por enquanto”, disse para o Polygon o diretor criativo Miguel Oliveira. “Foi o Ouya quem se aproximou de nós primeiro”, continua, “Kellee Santiago – o chefe de relações com desenvolvedores da Ouya – viu nosso jogo ano passado e nos deu uma chance de completar o desenvolvimento, oferecendo um acordo de exclusividade em troca de apoio financeiro”.
O jogo conta parte da história brasileira e parece ter sido desenvolvido apenas por brasileiros, mas não foi. Oliveira lidera um grupo de estudantes da Universidade do Sul da Califórnia. E uma demonstração de Thralled estará disponível no stand da Ouya no Game Developers Conference 2014.
Este vídeo mostra o que está por vir e fica a dica: nossa cultura tem sim elementos interessantes que podem gerar bons jogos:
(Via: Polygon)
May Ribeiro
Me lembrou LIMBO
Gean Carlo Loiola Cavalheiro
E UM JOGO SIMPLES E MUITO IMPORTANTE PARA MOSTRAR QUE DA PARA FAZER JOGO COM HISTORIA OU CULTURA BRASILEIRA.
Renan do Prado
Bem interessante!!!! Mas exclusivo pro Ouya……
LSSiqueira
Parece bacana. Espero que futuramente saia pra pc.
Hezrom
Achei bastante interessante a proposta do jogo, de tentar recriar uma das mais variadas experiências de vida dos africanos que foram sequestrados da sua terra natal e foram obrigados a trabalhar aqui no “Novo Mundo” na condição de cativos. Como Historiador sempre me surpreendi com as pesquisas realizadas pelos brasilianistas (pesquisadores estrangeiros da história do Brasil), porém pensei que eles ficassem restritos ao campo histórico, ainda bem que me enganei.
Só uma correção, a Isaura que se encontra na posição de escravizada no jogo não é a mesma Isaura do romance de Bernardo Guimarães (1871) e que foi adaptada para a televisão não. É uma outra mulher que foi capturada em um pequeno vilarejo no Congo e foi separada do seu filho recém nascido assim que chegou ao Brasil. (que é a trama do jogo).
Kubrick Stare Nun
O Ouya tem alguns exclusivos de nível altíssimo. Uma pena que seja um console tão ‘marginal’… ou talvez ele tenha esses exclusivos justamente por ser marginal.
Ana
Caramba, muito legal!
Agora, quem é a figura assustadora que está atrás da mulher com o bebê?? #piada# Pela palidez e pelas ~tendências~, eu não duvidaria se fosse um zumbi… #piada#