Inteligência Artificial ajudou Paul McCartney a terminar a “última música” dos Beatles

Paul McCartney afirmou, para a BBC, que conseguiu criar a “última música” dos Beatles, com o auxílio da Inteligência Artificial. Para o Today Program, da BBC Radio 4, o ex-Beatle explicou que a IA o ajudou a extrair vocais de John Lennon de uma faixa demo antiga.

Com isso, esta música demo, já muito antiga, poderia ser completada de forma profissional. McCartney não comentou sobre qual seria a demo que encontrou, mas deixou claro que ela já está em processo de conclusão.

A BBC especula que a música seja a Now And Then, feita por Lennon em 1978. A música foi entregue a McCartney em 1994 por Yoko Ono, viúva do cantor falecido em 1980.

Now And Then estava em uma fita cassete gravada por Lennon pouco antes do triste evento de dezembro de 1980, e estava cogitada para fazer parte do Anthology, disco da banda de 1995 que celebra o legado dos fab four. Mas como era uma faixa que exigia um grande trabalho para incluir no projeto, foi engavetada.

A música tinha um refrão, mas é quase totalmente carente de versos. Fizemos a faixa de apoio, uma tentativa difícil que realmente não terminamos,” afirmou o produtor Jeff Lynne (via BBC), responsável por Anthology.

Assim, com a IA e os recursos atuais, que serviram inclusive para ajudar a criar músicas “inéditas” do Oasis, McCartney enfim conseguiu trabalhar a música, para que ela fosse finalizada e lançada, em um contexto semelhante a trabalhos como o Made in Heaven, disco do Queen lançado após a morte de Freddie Mercury, mas que conta com faixas cantadas pelo vocalista em anos anteriores, e retrabalhadas pela banda.

E ainda falando de Beatles, fique sabendo que encontraram uma fita cassete com o primeiro registro realizado de um show dos fab four, e aproveite para conhecer o dia em que o Mauricio de Sousa quis fazer a sua própria versão da banda, em quadrinhos.

E se você gosta da banda, confira este livro, disponível na Amazon, que aborda o ano de 1966, considerado por muita gente como o “divisor de águas” do quarteto.

Junior Candido

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