Jogamos HTR+, jogo brasileiro de autorama que está chegando ao Steam e 3DS

27 de maio de 2014

Jogamos HTR+, jogo brasileiro de autorama que está chegando ao Steam e 3DSGosta de autorama? Chegou a disputar corridas com os amigos naqueles carrinhos bacanas em pistas cheias de curvas? Se a sua resposta é sim, recomendo você a prestar atenção em HTR+, jogo de autorama nacional que está chegando ao Steam e no 3DS.

O jogo é feito pela brasileira QUByte Interactive e já tem uma versão para iPhone. Mas eles querem mais e agora estão com uma nova versão que já está para sair no Steam e estão aguardando o sinal verde da Nintendo para que o jogo apareça também na eShop do 3DS.

Jogamos a versão “quase” final do jogo, praticamente a versão que estará nas lojas virtuais e podemos falar que se trata de um jogo muito interessante, lembrando também do tema, que é criativo. Estúdios brasileiros geralmente sofrem com ideias para seus jogos e a QUByte conseguiu trazer algo que todo mundo gosta — jogos de corrida — com uma temática tipicamente brasileira (e que também agrada os estrangeiros) pois os autoramas foram uma verdadeira febre entre as décadas de 1970 e 1980.

Jogamos HTR+, jogo brasileiro de autorama que está chegando ao Steam e 3DSJogar HTR+ é tão simples quanto jogar no próprio brinquedo: apenas segure o botão esquerdo do mouse para acelerar, o mouse controla a velocidade e o espaço é o “freio”. Uma visita ao modo Practice é quase obrigatório para aprender a dominar o carro sem rodar com ele nas pistas do jogo. Em um dos testes, joguei com o botão do próprio trackpad do notebook e achei bem legal. Mas creio que a variedade de notebooks pode influenciar — para o bem ou para o mal — jogar dessa forma.

Visualmente falando, lembrei de Toy Story por toda aquela impressão de mini-mundo de brinquedo. A arquibancada tem brinquedos de plástico que colocávamos lá para “torcer” e ajuda a criar esse clima de corrida de brinquedo. São três câmeras, mas confesso que elas são bem semelhantes. Talvez uma câmera “de painel” — no melhor estilo Daytona USA — seria legal para ver o carrinho ou quem sabe, uma câmera mais aberta que mostre a pista por completo.

A música é genérica: são aquelas batidas eletrônicas de sempre que embalam as corridas e estão de bom tamanho. Os barulhinhos dos carros convencem e aquele zumbidinho que eles fazem vão trazer alguma nostalgia para aqueles que se divertiram com autoramas quando criança. Mas não espere nada mais do que isso. Não incomoda, mas também não é nada de novo.

Também temos um bacana editor de pistas, bem ao estilo dos jogos clássicos. E como seu jeitão lembra muito clássicos como Rock’n Roll Racing ou Bike Mice From Mars, nada mais legal que fazer nossas próprias pistas, não é mesmo?

O jogo no geral é bem divertido e mostra que sim, que o brasileiro tem mostrado uma evolução enorme em desenvolvimentos de jogos, principalmente na parte criativa. Correr com autorama é uma tarefa simples, mas que exige treino e muita prática e o HTR+ traz exatamente isso. E como nos dias de hoje é muito mais fácil para atualizar o jogo, trazendo correções e novidades — como novas pistas e carros — o jogo da QUByte tem tudo para evoluir, aprender com seus próprios erros — pequenos, diga-se de passagem —  e continuar chamando a atenção das gigantes do videogame.

HTR+ vai sair no Steam dia 29 de maio e está no aguardo do ok da Nintendo para ter o jogo na eShop no segundo semestre deste ano.

7 Respostas para “Jogamos HTR+, jogo brasileiro de autorama que está chegando ao Steam e 3DS”

  • 27 de maio de 2014 às 16:05 -

    Paulo Macedo Junior

  • Cara, os cenários desse jogo só me lembram as propagandas do Hot Wheels! =P

  • 27 de maio de 2014 às 17:39 -

    jean_alvesdeoliveira

  • Vale a pena por ser algo diferente e inovador, não me lembro de outro game nesse estilo autorama.

  • 27 de maio de 2014 às 17:55 -

    Rich-san

  • Parabéns aos desenvolvedores de games brasileiros pela iniciativa.É disso que o país precisa, vou torcer para que dê muito certo.

  • 28 de maio de 2014 às 07:20 -

    William Fabilim

  • Ta de brincadeira essa QUByte Interactive, heim??? No Steam está dizendo que haverá apenas o idioma inglês??? Uma empresa brasileira que sequer inclui o idioma pátria em seu jogo?? Tomara que não venda nada dessa porcaria e que seja fadado ao fracasso.

    • 28 de maio de 2014 às 13:52 -

      Guilhes Damian

    • Em primeiro lugar obrigado pelas críticas e sugestões de todos. : ) William, de fato poderíamos incluir nosso idioma. A questão é que o jogo já veio de uma versão para o mercado global, em inglês. Com muito pouco recurso e braços conseguimos portar para outra plataforma. A localização, querendo ou não significa custo. A realidade da industria de games no Brasil ainda é bastante difícil. As pessoas que estão na QUByte sacrificaram muita coisa para fazerem esse pequeno sonho acontecer e estão apostando muito no jogo ao mesmo tempo em que apoiam incondicionalmente toda iniciativa de quem está junto conosco nessa luta. Queremos uma indústria brasileira forte, saudável, digna e justa e contamos com o apoio de muita gente. Criticar ferozmente com palavras duras, vendo de fora é bastante confortável. Repito, entendo seu ponto. Está convidado a conhecer a QUByte quando quiser e esperamos, sinceramente que, se em algum momento, você resolver empreender em algum negócio, mesmo que não tenha relação com games, que tenha muito sucesso e muitas pessoas te apoiando e querendo seu sucesso. Um abraço.

      • 28 de maio de 2014 às 14:43 -

        Raphael Cabrera

      • Fica tranquilo Ghilhes, como editor-chefe do Arkade posso dizer que você e todos que fazem um excelente trabalho no nosso cenário nacional têm o nosso apoio! Sucesso ao HTR e aos próximos jogos da QUByte!

  • 28 de maio de 2014 às 19:52 -

    Diana Cabral

  • Pô, dá pra jogar com um fusquinha! Hehehhe
    Certamente muitos irão gostar de jogá-lo. Prncipalmente se depois rolar um 1×1 online ou local, hein? Corrida tem que ter rixa! :D

    Parabéns aos desenvolvedores, que abrem mais uma porta para o desenvolvimento de games no Brasil.
    A linguagem dos games não se resume a um idioma, é uma mistura de diversão, trabalho, criatividade, comprometimento e arte. Keep going!

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