Melhores Jogos do Ano Arkade 2016: The Quest

29 de dezembro de 2016

Melhores Jogos do Ano Arkade 2016: The Quest

The Quest é um RPG estilo retrô, direto dos anos 90 para 2016.

Quando ouvimos a palavra “jogo retrô”, é difícil imaginar uma referência. Com tantas gerações de games e consoles, um jogo retrô pode ser desde um do Atari, como Space Invaders, até Virtua Fighter, do Sega Saturn. No gênero de RPG a distância é ainda maior. Nos anos 80 — década que marcou o início da popularização dos consoles de mesa e dos computadores domésticos — jogar um RPG era uma experiência que exigia bastante imaginação: além dos RPGs de mesa, os RPGs digitais envolviam, em grande maioria, texto puro, onde o jogador tomava decisões e o jogo respondia com o texto de acordo.

Anos depois, na década de 90, o gênero de RPG evoluiu muito: o computador/videogame não fazia mais apenas o papel do Mestre do Jogo, mas exibia gráficos e sons cada vez melhores. Com a limitação da tecnologia na época, pré-jogos 3D, artistas e desenvolvedores tinham que utilizar muito a criatividade para conseguir produzir gráficos que ficassem interessantes. Valia de tudo: arte em pixels, desenhos à mão e até fotografias de atores de verdade, como nos primeiros jogos da série Mortal Kombat. Foi aí que surgiu um dos jogos mais interessantes que eu havia jogado até então…

Melhores Jogos do Ano Arkade 2016: The Quest

Meridian 59 – MMORPG de 1995

Em 1995, foi lançado um jogo diferente de tudo que existia; um MMORPG em primeira pessoa, com gráficos totalmente desenhados, chamado Meridian 59. Na época a sigla MMO sequer existia, mas a experiência de jogar online pela primeira vez era única. Hoje consideramos algo normal, mas poder na época participar de uma “caça ao PK (player killer)” e participar de uma comunidade viva, com jogadores de verdade, era realmente algo incrível. Meridian 59 entrou para a história, e deixou seu legado que inspirou outros grandes clássicos como Ultima Online, Asheron’s Call e Everquest.

Melhores Jogos do Ano Arkade 2016: The Quest

The Quest, lançado na Steam neste ano, segue a mesma linha de Meridian 59, Dark Spire, e outros RPGs com esse conceito: visão em primeira pessoa, arte desenhada, habilidades que se desenvolvem independente do personagem e um grau alto de complexidade e dificuldade. Apesar de não ser um MMORPG, The Quest honra a linhagem dos RPGs e cumpre com extrema competência a proposta.

Customização de personagem, batalha por turnos, níveis de magia, personagens interessantes e até prostitutas: está tudo lá. O game é tão rico em detalhes que é possível perder horas imerso em seu mundo aberto, que é repleto de criaturas, magias,  itens misteriosos, e uma infinidade de quests e possibilidades ao jogador.

O nível de atenção nesse jogo é tão grande que ele possui até um “meta-jogo” (jogo dentro de outro jogo) de cartas, em que você aposta nas tavernas para ganhar moedas. Por não ter gráficos 3D mas sprites desenhados à mão, o game é leve, e roda praticamente em qualquer computador moderno, entretanto, um aviso: os diálogos e história são importantes, então é necessário compreender inglês básico para jogar.

Melhores Jogos do Ano Arkade 2016: The Quest

Sem um PC robusto para jogos AAA neste ano, The Quest foi o game que eu mais joguei e é a minha escolha de jogo para 2016, pois além de ser um jogo complexo e com nível de dificuldade desafiador, não é apenas um jogo, mas uma obra de arte (neste caso literalmente, pois boa parte do jogo foi desenhada à mão).

P.S.: The Quest já existe para dispositivos iOS há algum tempo, mas apenas em 2016 encontrou seu verdadeiro público, os PC gamers na Steam.

P.S.²: O jogo foi recentemente lançado também para dispositivos Android, na Google Play.

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