Jogamos os melhores games indies do ano no BIG Festival, em São Paulo.

29 de junho de 2015

Jogamos os melhores games indies do ano no BIG Festival, em São Paulo.

Um evento apenas com jogos indies acontece em São Paulo, com palestras, eventos e vários games de primeira qualidade. Estivemos presentes no BIG Festival e apresentamos os bons jogos que ali estão.

Ainda rolando em São Paulo até o dia 4 de julho e com uma ida até o Rio de Janeiro nos dias 6 e 7, o BIG Festival se consolidou como o maior festival de jogos independentes da América Latina. Com 50 jogos disponíveis para conhecer e jogar, além de vários palestrantes do universo indie, quem gosta de bons jogos tem muito o que fazer.

Estivemos no BIG, que acontece no Centro Cultural São Paulo (na estação do metrô Vergueiro), no último sábado (27) e pudemos jogar alguns dos finalistas. O festival estimula a comunidade e premia jogos por vários aspectos, como arte, narrativa, gameplay e dedica espaço até para games educativos, além de oferecer prêmios para o melhor do ano e a revelação brasileira. Os presentes podem votar no seu preferido, inclusive.

Jogamos todos os principais jogos e aqui vai as impressões:

Revelação Brasil

Jogamos os melhores games indies do ano no BIG Festival, em São Paulo.

Momodora III

Com um jeito Mega Man de NES de ser, temos aqui um jogo simples porém bem desafiador. Do robozinho azul, temos aqui a influência do personagem pequeno em cenários grandes, uma dificuldade razoável e a possibilidade de atirar projéteis carregados.

Odallus

Homenagem aos clássicos jogos de NES como Castlevania, Odallus em um primeiro momento parece até ser um game legítimo daquela época rodando em um emulador. Mas ao conhecê-lo, você percebe que é um jogo atual, porém feito com muito cuidado para representar uma “continuação espiritual” com a mesma qualidade que o exigente gamer daquela época procurava.

Toren

Jogamos os melhores games indies do ano no BIG Festival, em São Paulo.

O jogo que levou quatro anos para ser produzido e um dos grandes no cenário independente brasileiro, estava presente. Nossa análise já citou suas virtudes e aspectos a melhorar, porém de fato foi um projeto audacioso e relevante para o desenvolvimento nacional.

Magenta Arcade

Um jogo de zumbi que é a cara dos anos 90, Magenta Arcade poderia ter sido lançado para 3DO ou algum outro console 32-bit no começo de suas existências, devido ao seu visual, animações que lembram muito jogos desta época e pela jogabilidade cartunesca, que consiste em resgatar figuras como cheerleaders de um casarão assombrado ao mesmo tempo que precisa protegê-los dos ataques das várias criaturas que ali estão.

Também está presente na disputa o Treeker, porém como também concorre ao prêmio de melhor jogo, vamos falar dele mais a seguir.

Melhor Jogo

Jogamos os melhores games indies do ano no BIG Festival, em São Paulo.

Representando o que há de melhor em criatividade, inovação e gameplay, o BIG Festival premia com prêmios de até 15 mil reais os vencedores. E quanto a votação, todos os games disponíveis participam, gerando premiação de 5 mil reais para o escolhido. Entre várias opções, estes foram os escolhidos para concorrerem ao título de melhor independente de 2015 no festival:

This War of Mine

Jogamos os melhores games indies do ano no BIG Festival, em São Paulo.

Neste jogo polonês, você está em meio a uma guerra, porém não como os clássicos soldados imponentes dos títulos de combate. Aqui você é apenas um sobrevivente, que tem que se virar para achar mantimento e tomar decisões que podem custar vidas, devido ao clima tenso que impera no local. Foi um dos escolhidos da Arkade como melhores de 2014 por ser bem humano, por isso não é a toa que concorre também em melhor arte e narrativa.

Lumino City

Feito a mão, o jogo britânico traz cenários bem construídos, em um point and click consistente. Os cenários são tridimensionais e exigem criatividade para resolver os problemas dos moradores da cidade, que pode ser explorada em vários aspectos. De longe, seu projeto artístico chama muito a atenção e concorre em melhor arte exatamente por causa disso.

Treeker: Os Óculos Perdidos

Jogo brasileiro feito por Fernando Paulo, seu personagem desperta em uma ilha e precisa encontrar um par de óculos para enxergar coisas não vistas a olho nu. Um adventure em primeira pessoa que traz exploração e frita cérebros com quase nada de informação para o jogador, mas ao mesmo tempo simples e divertido de ser jogado. Também concorre em melhor arte, além de participar da Revelação Brasil.

Event[0]

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Você conversava (ou convesa) com o Robô Ed? Pois você terá que “conversar” com a inteligência artificial deste jogo de exploração. O jogo é de exploração e investigação como muitos outros, porém o “evento” principal aqui é a inteligência artificial, que é um personagem com personalidade própria que tem muito a falar para você sobre o passado e o futuro daquele universo. Ou mesmo para passar um bom tempo apenas papeando com o computador.

Mekazoo

Um jogo de plataforma como qualquer outro, se não fosse as ideias diferentes que acompanham o título. Segundo a equipe do The Good Mood Creators (EUA), eles queriam implementar ideias as quais queriam que existissem quando eram crianças. Ou seja, apesar de ter que ir de um extremo ao outro da fase coletando “moedas”, você também pode passar por elas usando elementos de Sonic, rolando para continuar o trajeto, usando os barris “Donkey Kong Country” para se locomover e trocar “de poder”, em um jogo com boa trilha sonora.

Outros destaques

Jogamos os melhores games indies do ano no BIG Festival, em São Paulo.

Vários outros jogos estavam disponíveis, trazendo vários elementos interessantes. Entre a inovação que a liberdade indie pode oferecer e elementos clássicos, porém ignorados pelos grandes estúdios e implementados por estes desenvolvedores, muita coisa boa está disponível para quem gosta de jogos criativos e diferentes.

Find the Line

Divertido jogo de quebra cabeça onde você precisa “desenrolar” fios na tela para adivinhar qual é o desenho. Simples e intuitivo, não conta com quase nenhuma informação na tela e oferece muito desafio. Perfeito para quem gosta de passar o tempo nas filas, muitas filas de quase tudo nessa vida.

Dead Synchronicity: Tomorrow Comes Today

Jogamos os melhores games indies do ano no BIG Festival, em São Paulo.

Produzido pelo estúdio espanhol Fictiorama Studios, este point and click traz um universo semelhante ao de The Last of Us, aonde pessoas “infectadas” estão causando o fim do mundo que conhecemos. Porém ao contrário do clássico da Naughty Dog, a ação aqui é baseada em conversas e exploração. Muito competentes, por sinal.

Three Fourths Home

Que tal um jogo “sem ação” nenhuma? Aonde você apenas dirige para a frente e conversa sem parar? Esta é a proposta deste game. Com gráficos minimalistas e focado apenas na conversa da protagonista com sua mãe durante sua volta pra casa em uma violenta tempestade, sua única atividade é escolher as respostas (em enorme número) e ir participando do diálogo. Um livro interativo, diria. Obviamente concorre como melhor narrativa.

Aphoteon

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Este jogo é quando a Grécia Antiga encontra Metroid. Já falamos dele em uma análise, e ele de fato é um game bem competente de ação e exploração. E pelo seu visual único, que parece as pinturas antigas destas civilizações, chama muito a atenção de quem passa pelo corredor, meio que “chamando” para ser jogado.

O mundo encantado dos jogos independentes

O BIG Festival tem agenda em São Paulo (Centro Cultural São Paulo) ainda, e dos dias 1 a 4 de julho, além de poder conferir de perto estes títulos, também poderá participar de palestras, incluindo uma com a presença de alguns dos finalistas do festival, que contarão um pouco do desenvolvimento de seus games.

E depois, o evento viaja até o Rio de Janeiro, no FIRJAN nos dias 6 e 7 de julho, porém reservado para convidados e público pré-cadastrado. Para mais informações, vale a pena conferir o site do festival.

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