Portal 2 (PC, PS3, X360) Review: Criatividade, raciocínio e diversão

15 de junho de 2011

Portal 2 (PC, PS3, X360) Review: Criatividade, raciocínio e diversão

O primeiro Portal, lançado originalmente dentro de um pacote com outros jogos, foi curto e descompromissado, mas conseguiu deixar aquele “gostinho de quero mais” na mente de jogadores do mundo todo, com seus puzzles complexos e seu bom humor. Aos poucos o game assumiu um status de “cult”, sendo venerado por público e crítica como um dos melhores games de 2007.

Na premiação Video Game Awards de 2010, Portal 2 foi eleito o “Jogo Mais Esperado” deste ano, o que aumentou a expectativa dos fãs, e transformou o que era um simples puzzle em um dos maiores lançamentos da indústria de games.

Se você tinha medo de a Valve ficar empolgada com a fama e errar a mão no desenvolvimento de Portal 2, fique tranquilo: o game é tão bom quanto o original, e os acréscimos e inovações que o novo jogo traz tornam esta nova aventura por Aperture mais rica, mais profunda e muito mais divertida.

Tecnicamente, o jogo cumpre bem o seu papel. Não apresenta gráficos de última geração, mas os cenários são amplos e muito dinâmicos. Por ser parte integrada da consciência da temperamental  GLaDOS, o cenário é bem instável, e cada vez que você adentrar uma nova sala verá partes da estrutura sendo construídas em tempo real, com braços mecânicos carregando cubos e placas para lá e para cá.

A jogabilidade é simples e funcional como sempre, propiciando uma movimentação fluida e eficiente. Há muita física envolvida na jogabilidade, pois o timing, a progressão do movimento entre portais e a própria gravidade influenciam diretamente na aceleração dos corpos transportados.

No quesito som, Portal 2 também se destaca: a trilha sonora é fantástica, e você pode perceber sutis diferenças na música enquanto progride. É como se a trilha acompanhasse em tempo real o seu jogo, e cada ação que você executa pode acrescentar um novo instrumento na música, que é sutil, mas muito presente.

Portal 2 (PC, PS3, X360) Review: Criatividade, raciocínio e diversão

Além disso, as dublagens do game são simplesmente perfeitas. Ellen McLain retorna para interpretar a onisciente GLaDOS, e novos nomes como Stephen Merchant – que é o co-diretor do seriado britânico The Office – e J. K. Simmons – o eterno J. Jonah Jameson dos filmes do Homem-Aranha – chegam para abrilhantar ainda mais o inspirado elenco de dubladores. O jogador pode ainda habilitar comentários dos produtores, para saber um pouco mais sobre todo o desenvolvimento de Portal 2.

Por ser uma sequência, o fator surpresa que impressionou todo mundo no primeiro game se foi, mas a Valve conseguiu incorporar muitos novos elementos no gameplay para tornar Portal 2 um game tão criativo e ousado quanto seu antecessor.

O modo single player está mais longo, e garante uma campanha que pode durar entre 6 e 8 horas de jogo. A protagonista Chell está de volta, e desta vez o roteiro está muito mais elaborado, o que permite que o jogador se aprofunde na história da Aperture Science e da própria GLaDOS.

Portal 2 (PC, PS3, X360) Review: Criatividade, raciocínio e diversão

A resolução de puzzles continua sendo a base do game, e a Valve incrementou o jogo com novos apetrechos para a resolução dos desafios.  Além da óbvia arma que cria portais, Chell poderá utilizar alguns tipos de gel que permitem ao jogador pular mais alto, correr mais rápido, ou lançar portais em locais que normalmente não seriam permitidos.

Muitas vezes será preciso utilizar os portais ou cubos para levar um feixe de laser de um ponto a outro do cenário, e a solução nunca é tão simples quanto parece. Raciocínio lógico, reflexos rápidos e agilidade nos comandos serão habilidades essenciais para ultrapassar os puzzles mais avançados, que envolvem plataformas em movimento e variados tipos de obstáculos pelo caminho.

Depois que você terminar o modo single player, poderá se aventurar no multiplayer, que começa logo onde termina a campanha solo, e definitivamente é a cereja do bolo de Portal 2. Presente pela primeira vez na série, o multiplayer é tão legal, e combina tão bem com a proposta do game, que chega a ser estranho lembrar que o primeiro jogo não contava com este recurso.

Portal 2 (PC, PS3, X360) Review: Criatividade, raciocínio e diversão

Neste modo de jogo – que pode ser jogado tanto online quanto offline – a protagonista Chell é deixada de lado para dar lugar a uma simpática dupla de robôs, Atlas e P-Body. O game leva o “cooperativo” ao pé da letra, e aqui você não terá de caçar o outro jogador, mas trabalhar junto com ele na resolução dos desafios.

Jogando com outra pessoa a mecânica de jogo é drasticamente alterada, pois os puzzles foram pensados para quebrar a cabeça de dois jogadores. Você terá que ter uma química muito boa com seu companheiro, pois utilizar 4 portais simultâneos pode deixar a coisa um pouco confusa de vez em quando.

Felizmente a Valve pensou em algumas ferramentas que facilitam a comunicação entre os jogadores. Com alguns comandos simples você pode sugerir ações para o seu parceiro, ou indicar lugares para ele mirar, interagir ou lançar um portal. Se vocês acabarem se separando no decorrer da fase, há um botão que permite que você enxergue pelo ponto de vista do seu companheiro, o que ajuda para que vocês se encontrem.

Portal 2 (PC, PS3, X360) Review: Criatividade, raciocínio e diversão

É claro que sempre rola um pouco de trollagem no multiplayer, mas mesmo não sendo aconselhável, zoar um pouco com o outro jogador rende boas risadas. Deixando seu companheiro ir na frente, você pode criar singelas armadilhas com os seus portais, apenas pela diversão.

E já que falamos  no fator diversão, vale ressaltar que Portal 2 é muito divertido, e o carisma dos personagens contribui muito para isso. Além do sempre afiado humor da GLaDOS, desta vez temos Wheatley, um robô (dublado por Stephen Merchant) que vai te fazer rir muito, pois está sempre soltando algum comentário engraçado.

Portal 2 merece todo o hype e as boas críticas que vem recebendo da mídia internacional. O game é inteligente, criativo e divertido como poucos, e garante uma diversão acima da média, aliada a um poderoso teste raciocínio e um modo multiplayer imperdível. Se você curtiu o primeiro game, Portal 2 definitivamente é um título obrigatório para sua coleção.

18 Respostas para “Portal 2 (PC, PS3, X360) Review: Criatividade, raciocínio e diversão”

  • 15 de junho de 2011 às 20:18 -

    Bruno

  • Eu nunca joguei Portal. Mas como estão elogiando muito ele eu acho que bou baixar o primeiro. Ai se eu gostar pego o 2 :)

    • 15 de junho de 2011 às 20:37 -

      tits

    • compra… 9.90 no steam(portal 1).. vele a pena

      • 15 de junho de 2011 às 21:05 -

        Bruno

      • É, eu tava olhando agora. Vale a pena mesmo

  • 15 de junho de 2011 às 22:05 -

    KING OF KINGS

  • esse portal 2 é até interessante sim, mas pelo oque eu vi parece que tem hora que voce tem que fazer oq o outro robo manda e como tá em ingles se fica perdido, até descobrir

  • 16 de junho de 2011 às 00:00 -

    Renan

  • Tenho muita vontade de jogar Portal, vou ver se consigo o 1!!!!!!

  • 16 de junho de 2011 às 00:07 -

    Icaro Silva

  • É um excelente jogo para quem gosta de puzzles. Mas eu não consigo passa mais de 1 hora jogando ele direto. Começa a enjoar.

    • 16 de junho de 2011 às 00:12 -

      Rodrigo Pscheidt

    • Cara, eu também tenho esse problema. Jogos estilo FPS muito “intensos” me fazem passar mal desde os tempos de Wolfenstein 3D.
      Não pude jogar muito Mirror’s Edge, e olha que eu sou fã da ideia do game.
      Sofrer de “labirintite gamer” é triste. =P

    • 16 de junho de 2011 às 00:56 -

      Raphael

    • vcs estão falando de enjoar do jogo ou de se sentir enjoado? heheh

    • 16 de junho de 2011 às 10:53 -

      HaroldO

    • Eu também tenho um pouco de problema com vertigem e motion sickness, mas consigo jogar Portal. Mirror’s Edge que não. Mas odeio toda parte em que tenho de cair olhando pra baixo.

      • 19 de junho de 2011 às 01:37 -

        Alan Carlos

      • Caramba, e eu pensava que era o único!! A propósito, certamente o Ícaro falava de enjoar do jogo, mas agora um ponto interessante. Uma vez passei umas 8 horas seguidas jogando Battlefield bad company on-line e… Cara, passei a noite em claro, sentindo o estômago revirando!!!

  • 16 de junho de 2011 às 00:18 -

    Leilinha7

  • vontade de jogar portal 0
    vontade de jogar portal 2 – ainda
    enfim, gostei nenhum pokin desse jogo..

    • 25 de outubro de 2011 às 18:36 -

      Pedro

    • Concordo PLENAMENTE!

      Não consegui entender como um jogo deste conseguiu 95 equanto GEARS 3 consegui 87 (se não me engano)!

      Estas notas destes Reviews não me passaram muita credibilidade não…!

  • 16 de junho de 2011 às 00:33 -

    RyogaBr

  • jogo pica um dos melhores “fps” que ja joguei na minha vida muito gostoso de jogar inovador demais, e eu sou chato pra achar um fps bom. da ateh tristeza quando o jogo acaba

  • 16 de junho de 2011 às 18:18 -

    NinjaCaolho

  • Sem duvida nenhuma um dos melhores jogos da Valve, perdendo somente para Half Life.
    A história é interessante, o jogo te mantém preso ao enredo que constantemente te surpreende.
    Explorar Aperture é particularmente uma experiencia inigualável, visto que no primeiro jogo se vê muito pouco da mesma.
    Aos que não compraram/jogaram, recomendo.
    Comprei o jogo pouco depois de lançar e não me arrepende até hoje.

  • 22 de junho de 2011 às 22:29 -

    Musaranho

  • Game ultra-foda, não é à toda que tem um Metacritic de 95, perdendo por um ponto para Half-Life e Half-Life 2.

    Comprei na pre-order e não me arrependi nem um pouco. O Singleplayer é ótimo, mais complexo e mais engraçado que o original. O co-op é foda também, sendo ainda mais difícil que o SP, além de contar com a zoação entre os gamers que sempre acontece.

    Além disso, a Valve disse que lançaria alguns DLCs grátis pro game, então estou no aguardo.

    Recomendo pra todo mundo. Vale cada centavo.

  • 22 de junho de 2011 às 22:50 -

    Marcel

  • O jogo oferece uma proposta muito interessante.
    Ele agrada principalmente gamers que gostam de puzzles e desafios de lógicaXhabilidade, pois ele te faz pensar.

    Quando conheci Portal (ano passado), não me interessei pela proposta de jogo, só após ler um review num blog(Retina Desgastada), e depois de ficar sabendo da ótima opnião do blogueiro foi que tive interesse e passei a me interessar pelo jogo.

    Hoje em dia sou fã do jogo e acho a GLaDoS um dos vilões mais criativos e divertidos que já vi, o jogo pode parecer pouco, mas certamente pode surpreender qualquer um.

  • 30 de março de 2012 às 23:35 -

    Igor Costa Thomaz

  • muito legal esse jogo

  • 30 de março de 2012 às 23:37 -

    Igor Costa Thomaz

  • joguem

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