Primeiras Impressões: Kukoos – Lost Pets é uma promissora aventura brasileira

Em desenvolvimento pela empresa brasileira Petit Fabrik, Kukoos Lost Pets ainda está em alfa, mas tivemos a oportunidade de testar o conteúdo do game em primeira mão! O jogo com claras inspirações em Crash Bandicoot e até alguns elementos que lembram Donkey Kong, é uma aventura em plataforma 3D com ótimas mecânicas e conteúdo promissor, mesmo que com alguns ajustes ainda necessários.

O game coloca o jogador na pela de um casal de seres muito carismáticos e alegres, em um mundo colorido recheado de perigos. O ritmo descompromissado e, ao mesmo tempo, desafiador da aventura é seu maior trunfo. Mas temos também um bom trato principalmente no visual do jogo, que esbanja cores e brilhos. Mas vamos falar com mais calma sobre todos os detalhes que vimos nesse preview.

A árvore com portas mágicas

Toda a aventura do jogo acontece em um universo único, habitado pelas criaturinhas que dão nome ao jogo: Kukoos. Em seu mundo uma única ilha é habitada pelos simpáticos e peludos bichinhos, na qual existe uma árvore mágica.

Essa árvore, no caso, possui portais mágicos que podem levar os Kukoos para outros mundos. A aventura começa quando, logo no início do jogo, o vilão do jogo utiliza os animais de extimação dos Kukoos para causar um desastre, espalhando-os por todos os mundos dentro das portas mágicas.

Cabe a nós jogadores, então, vagar por cada um dos universos dentro das portas mágicas, recuperando os chamados Pets para salvar o mundo dos Kukoos e restaurar a paz na Árvore das Portas Mágicas.

A história do jogo é bem simples e básica, mas a forma que é contada é carismática. A interação dos Kukoos lembra bastante os simpáticos Minions, e dá pra imaginar que o game tem potencial para agradar o público mais jovem. Daí uma história tão simples não é nem um pouco negativa para o contexto.

Correr, pular e socar

Kukoos – Lost Pets aposta no básico dos games de plataforma em 3D: comandos simples de aprender com fases relativamente difíceis de se dominar. Pegando muito bem a aura de Crash Bandicoot, o jogo consegue abarcar tranquilamente vários públicos distintos com sua versatilidade.

Para os mais casuais, simplesmente superar cada fase e completar cada um dos mundos do jogo já é uma diversão garantida. Porém, para os mais ávidos por desafios nesse gênero, podem levar um tempinho a mais em cada fase, para descobrir os diversos coletáveis que o game apresenta.

Bebendo mais uma vez da fonte de Crash, ao final de cada fase temos uma contagem de alguns coletáveis, dando um parecer bem claro do quão perto chegamos de completar 100% da fase. Esse ritmo de jogo possui um potencial de replay bem grande, uma vez que você se sente meio convidado meio desafiado a repetir as fases anteriores para completar todos os coletáveis.

Tudo isso é feito com comandos básicos que são ensinados logo na introdução do jogo. Correr pelas fases, socar ou pular em cima de inimigos e, por fim, saltar obstáculos de diversas maneiras. Essa tríade não deixa nada a desejar no ritmo das fases, mesmo que os controles ainda precisem de certa precisão em algumas situações. Não foi incomum ter algumas respostas “erradas” por parte dos meus Kukoos durante a jogatina.

Os coloridos e simpáticos mundos do jogo

Durante os testes do game, pude ver a existência de quatro mundos distintos, mas com a possibilidade de mais no decorrer da exploração da grande árvore. Cada mundo, como todo bom Mario, Crash ou Donkey Kong, possui uma estética e identidade própria. Indo desde selvas cheias de ruínas que lembram os Maias e Astecas até universos futuristas meio cyberpunk.

O visual de Kukoos – Lost Pets chamou bastante a minha atenção. Não é algo absurdamente realista ou com partículas de tirar o fôlego. Mas as cores saltam aos olhos e cada uma das fases é envolvente e deslumbrante como todo game de aventura deveria ser.

Para além das cores e texturas, os efeitos de luz também me agradaram bastante. Não só por serem belíssimos, mas também por fazerem parte do level design em algumas fases. O jogo não brinca somente com plataformas e inimigos criativos, mas também nos faz brincar com a relação claro/escuro além de alguns efeitos bem chamativos.

Além disso, cada mundo do jogo apresenta uma jogabilidade própria bem variada. O “correr-pular-socar” se mantém, mas sempre com um item especial que dita a jogabilidade dos puzzles daquele mundo. Seja a habilidade de ser líquido, usar um vagalume como fonte de luz ou então poder andar nas paredes.

Cada mundo de Kukoos apresenta novos desafios e, mesmo que não seja tão criativo quanto It Takes Two nos mostrou no início do ano, trabalha com um conceito semelhante de descartar jogabilidades sem se preocupar. No resultado final, o jogo é um pouco contido em seu alfa, mas mostra que pode ter muito a oferecer nesse quesito.

Uma aventura despretensiosa e simpática

Kukoos – Lost Pets é um daqueles games brasileiros que muitos não vão nem perceber que são nacionais. Seja pela possibilidade de ser jogado em inglês, ou então pelo nível de qualidade que muitos atribuem erroneamente apenas a jogos gringos.

Kukoos pode não ser tão criativo e singular como Pixel Ripped nem tão nostálgico como Horizon Chase Turbo. Mas sem dúvidas tem potencial para ser lembrado como um dos melhores games nacionais, basta que continue na direção que já está: um jogo divertido, caristmático, com fases divertidas e que equilibram bem a diversão despretenciosa e o desafio colecionista.

Kukoos – Lost Pets ainda não tem previsão de lançamento, mas tem planos de ser lançado para Nintendo Switch, Playstation 4, Playstation 5, Xbox Series X, Xbox One e também para PC numa versão para Steam.