RetroArkade – A épica conversão de Super Street Fighter 2 Turbo para o 3DO

16 de fevereiro de 2020
RetroArkade - A épica conversão de Super Street Fighter 2 Turbo para o 3DO

Street Fighter 2 foi um fenômeno dos anos 90 e isso é um fato. E como o sucesso que foi, recebeu inúmeras versões, para diversos consoles. E falo sério. Quase todos os dispositivos que tinham uma tela, nos anos 90, permitiam controlar Ryu, Ken, e os demais World Warriors.

E, com isso, tivemos de tudo. Desde as famosas conversões para Super Nintendo e Mega Drive, a conhecida conversão “made in BR” da Tectoy, até aberrações, como as versões de ZX Spectrum ou a de Commodore 64. Mas também tivemos ótimas versões. E uma das melhores, senão a melhor de todas, está em um console que não foi lá muito popular: o 3DO.

Super Street Fighter 2 Turbo – o Escolhido

RetroArkade - A épica conversão de Super Street Fighter 2 Turbo para o 3DO

Em 1994, Street Fighter já tinha consolidado todo o seu “estrago”. Consolidado como um dos nomes definitivos dos videogames em todos os tempos, o game chegou, um ano antes, na sua versão definitiva. Super Street Fighter 2: The New Challengers, era uma atualização, mas com cara de estreia.

Era o início da CPS-2, que rodaria Marvel Super Heroes, a série Versus e a série Street Fighter Alpha, entre outros. Além do novo hardware, que permitia um game mais completo, novos personagens chegavam: Cammy, Dee Jay, Fei Long e T. Hawk. Mas faltava algo: a velocidade. Item tão querido pelos jogadores, no game não se fazia presente.

A solução foi fazer, pela última vez, uma atualização. Ela deveria ser definitiva, afinal a Capcom já trabalhava em Street Fighter Alpha, e iniciava o desenvolvimento de Street Fighter 3. Mas, além da velocidade, era preciso mais. Foi introduzido, em caráter oficial, os Super Combos. Agora, era possível acertar golpes que tiram mais energia do adversário, com uma barra para encher.

RetroArkade - A épica conversão de Super Street Fighter 2 Turbo para o 3DO

E enfim, Akuma. O personagem, que desde anos antes era tratado como pegadinha de primeiro de abril da revista EGM, se tornou oficial. Para lutar contra ele, era preciso terminar o jogo em até 20 minutos e sem usar continues. No combate final, Akuma aparece, derrota M. Bison com apenas um golpe (tal momento foi incorporado na história oficial do game) e vira o “chefão” final. E, depois foi revelado como jogar com ele:

Na tela de seleção de personagem, você deve deixar o cursor por 3 segundos sobre os personagens a seguir: Ryu, T. Hawk, Guile, Cammy e Ryu  novamente. Depois de esperar pelos 3 segundos sobre o personagem Ryu pela segunda vez, você deve pressionar Start e também os botões de soco. Caso você faça tudo corretamente, a foto de Akuma irá substituir o de Ryu e você poderá selecioná-lo.

A melhor versão para o console mais poderoso

O Super Nintendo e o Mega Drive já possuíam uma versão de Super Street Fighter 2. Mas, obviamente, era mais limitado, em comparação aos arcades. Mas era possível levar para as casas, uma versão excelente. E o alvo, foi o 3DO. O console mais poderoso da época (Playstation e Saturn ainda não tinham chegado) contava com uma política amigável para publishers, além de oferecer mais poder para games em CD, o nome da vez naqueles dias.

Assim, a Capcom conseguiu levar um game graficamente quase idêntico ao arcade. Com mínimas alterações em cenários, o game é praticamente o mesmo. Incluindo a abertura clássica dos fliperamas. Outro elemento de destaque foi a trilha sonora. Aproveitando o poder auditivo dos CDs, a Capcom simplesmente refez toda a trilha sonora, com mais efeitos, arranjos e instrumentos. As músicas ficaram incríveis, dando um toque extra ao game.

É só ouvir:

Mas adaptações foram necessárias. Começando pelo controle. O 3DO não possuía seis botões e muito menos um “controle 2”. É preciso plugar o controle 2 no controle 1, em um meio meio bizarro de economizar espaço. Foi preciso adaptar os comandos o controle, que não foi desenvolvido pensado em game de luta.

Mas o gameplay é bem elogiado pelos jogadores. Mesmo com o lançamento posterior de controles com seis botões, o controle não é um dos elementos de críticas dos jogadores desta versão. Loadings também fazem parte aqui, mas com boa competência, são mínimos. Nem se compara, por exemplo, aos loadings demorados dos games da SNK nos primeiros anos do Playstation.

RetroArkade - A épica conversão de Super Street Fighter 2 Turbo para o 3DO
“A ação do arcade na sua casa” era a divulgação certa da Capcom

Assim, com a união de um console poderoso, um excelente desenvolvimento, e um visual impressionante para um game de arcade na tela das TVs nas casas das pessoas, a Capcom se superou nesta versão de Super Street Fighter 2 Turbo. Esta versão saiu em poucos consoles de sua época, mas não atingiram a excelência do 3DO.

E, até a chegada de coletâneas para consoles mais poderosos, e o lançamento de versões como a HD Remix, para Xbox 360 e Playstation 3, esta versão foi considerada a definitiva, para consoles, de um game Street Fighter. Infelizmente, o 3DO deixou de ser fabricado dois anos depois. Mas dá pra curtir o game na versão Hyper Street Fighter 2, para Arcade, Playstation 2 e Xbox, lançado entre 2003 e 2005.

2 Respostas para “RetroArkade – A épica conversão de Super Street Fighter 2 Turbo para o 3DO”

  • 16 de fevereiro de 2020 às 22:10 -

    Helinux

  • Era a época das locadoras para quem não tinha condições de comprar vídeo game…lembro até hoje quanto joguei Need for speed do 3DO, bons tempos!!!! Joguei Super Street Fighter 2 Turbo na casa de uma amigo meu, ele tinha a versão Goldstar…era um vídeo game caro e que poucos na época compraram. O 3DO para jogar de dois era muito estranho, o segundo controle era ligado no primeiro controle…uma espécie de ramificação ou extensão, escroto aquilo…acredito que era o meio para tentar evitar muitos cabos ligado no vídeo game. Tenho boas lembranças do vídeo game e dos poucos jogos que ali joguei!!!!

  • 7 de outubro de 2020 às 12:13 -

    Tadeu de Barcelos Ferreira

  • Bom, a melhor versão caseira de Super Turbo MESMO era a de MS-Dos: vindo em versões disquete ou CD-ROM (com uma nova remixagem das músicas), loadings milimétricos, e possibilidade de se jogar no teclado ou com joystick, ele ainda tinha a vantagem de ver sprites enormes na tela, apesar de isso fazer alguns golpes e colisões ficarem meio falhos segundo alguns, mas não vi muito disso que possa incomodar. Enfim, essa é a versão caseira que sempre quis ter na época e que só pude experimentar graças ao emulador Dos-Box!

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